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31/05/2004 - 19h22

"Frente Alternativa" atrai o PL para eleições em SP e "federaliza" discurso

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SILVIO NAVARRO
da Folha Online

Com a adesão do PL e do PPS, a chamada "Frente Alternativa" para disputar a Prefeitura de São Paulo, que deverá ser formada pelo PMDB, PSB e PDT, adotou hoje o discurso "federalizado" de críticas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Dos cinco partidos, apenas o PDT não integra a base do governo no Congresso.

No grupo, há quatro pré-candidatos: os deputados federais Luiza Erundina (PSB) e Michel Temer (PMDB), o estadual Arnaldo Jardim (PPS) e o líder da Força Sindical, Paulinho (PDT). Dos quatro, o nome de Erundina é o mais cotado para encabeçar a chapa devido ao melhor desempenho nas pesquisas --Datafolha aponta 11% das intenções de voto.

"Não será fácil [definir um nome], porque somos de partidos diferentes, com perfis diferentes. Mas temos consciência de que é preciso um consenso e que é preciso dividir o poder em São Paulo, uma cidade muito grande, que não pode ter uma administração centralizada", afirmou Erundina, que admitiu, no entanto, que sua candidatura sozinha não seria competitiva com a prefeita Marta Suplicy (PT) e o tucano José Serra.

Em reunião hoje na capital paulista, dirigentes das cinco siglas fixaram prazo de dez dias para se chegar a um consenso sobre a chapa que concorrerá nas eleições de outubro. Um novo encontro foi agendado para quinta-feira, no qual serão listadas propostas que sustentarão a candidatura.

A reunião também teve a participação do presidente do PSB, Miguel Arraes, e do ex-governador paulista Orestes Quércia (PMDB), segundo Erundina o "grande arquiteto da proposta". Os presidentes do PDT, Leonel Brizola, doente, e do PPS, Roberto Freire, em viagem ao exterior, enviaram representantes.

PL

O presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto, reforçou suas críticas à condução da política econômica e também reclamou da participação da sigla no governo. Disse que o ministério do partido, dos Transportes, "é responsável por tapar os buracos do Brasil, mas que as estradas estão uma vergonha por falta de recursos". "É preferível não termos ministério."

No final da reunião, Costa Neto, que dissera ter sido "intimado" a participar do encontro", disse que seu partido "está solidário à frente e vai participar da comissão [que analisará propostas de governo]". "Temos independência, nossos compromissos em Brasília estão honrados."

Costa Neto disse ainda que a política econômica do governo federal prejudica o desempenho da prefeita Marta Suplicy. "Se o governo estivesse bem estava todo mundo quieto. O pessoal começa a se manifestar quando as coisas vão mal". O PL é o partido do vice-presidente, José Alencar.

2006

Os líderes e pré-candidatos dos partidos afirmaram que o resultado das eleições deste ano na capital paulista refletirá na política nacional e nas eleições de 2006.

"A presença do [Miguel] Arraes reflete bem o caráter dessa candidatura. A política nacional passa por São Paulo e o resultado dessa eleição terá impacto no Brasil", disse Erundina.

"A campanha em São Paulo abrangerá a discussão nacional, vamos colocar o que aprovamos e o que não concordamos no governo federal, a política econômica, por exemplo, está errada", disse Quércia.
 

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