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31/05/2004
-
20h53
da Folha Online
O Ministério Público de São Paulo solicitou nesta segunda a Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal da família do ex-prefeito Paulo Maluf (PP). O pedido abrange a mulher de Maluf, Sylvia, os filhos Flávio, Lígia, Lina e Otávio, o genro Maurílio Curi e a nora Jacquelline. O sigilo de Maluf já havia sido quebrado em 2001.
A Promotoria pediu também dados de empresas no exterior supostamente pertencentes à família do ex-prefeito e que funcionariam para a lavagem de dinheiro público, desviado de obras construídas durante a administração Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000).
Em meio às investigações, Maluf lançou há duas semanas sua pré-candidatura à Prefeitura paulistana nas eleições de outubro. Pesquisa Datafolha realizada no último dia 19 de maio aponta que ele tem 20% das intenções de voto e índice de rejeição de 50%. O tucano José Serra tem 26%, e a prefeita Marta Suplicy (PT), 20%
Outro lado
Em nota à imprensa, a assessoria de Maluf disse que "como se não bastasse atacar Paulo Maluf, investem também contra a família do ex-prefeito de São Paulo".
"O desqualificado promotor Silvio Marques inventa mais uma ação contra Paulo Maluf, de cunho unicamente eleitoreiro", diz a nota.
Acusações
Paulo Maluf é acusado de movimentação não declarada de milhões de dólares no exterior. A assinatura do ex-prefeito aparece em um cartão de abertura de conta, em 5 de julho de 1985, no Citibank de Genebra, na Suíça. A conta tinha o nome de Blue Diamond, que em junho de 1994 foi alterado para Red Ruby. Na ocasião, ele negou possuir conta fora do país e não se lembrar ter assinado o documento.
De acordo com o cartão de assinatura, o ex-prefeito tinha poder para movimentar a conta sozinho, uma vez que podia assinar sem a necessidade da rubrica de outra pessoa.
O ex-prefeito manteve essa conta até janeiro de 1997. Depois, os recursos foram transferidos para Jersey, paraíso fiscal no canal da Mancha, onde estão bloqueados pela Justiça.
Os documentos demonstram que somente em uma única data a conta recebeu US$ 200 milhões em depósitos. Em 31 de março de 1995, por exemplo, também de uma única vez, foram movimentados US$ 117 milhões. Na ocasião, a conta tinha um saldo de US$ 154 milhões. Outros US$ 37 milhões também foram retirados, e o extrato do Citibank naquela data deu como resultado final um saldo de US$ 10 mil.
Na edição de 10 de junho de 2001, a Folha revelou que as autoridades de Jersey haviam bloqueado cerca de US$ 200 milhões em contas que tinham como titulares ou detentores de direitos o ex-prefeito, sua mulher, seu filho Flávio, e sua nora Jacqueline.
Ministério Público pede quebra de sigilos da família Maluf
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O Ministério Público de São Paulo solicitou nesta segunda a Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal da família do ex-prefeito Paulo Maluf (PP). O pedido abrange a mulher de Maluf, Sylvia, os filhos Flávio, Lígia, Lina e Otávio, o genro Maurílio Curi e a nora Jacquelline. O sigilo de Maluf já havia sido quebrado em 2001.
A Promotoria pediu também dados de empresas no exterior supostamente pertencentes à família do ex-prefeito e que funcionariam para a lavagem de dinheiro público, desviado de obras construídas durante a administração Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000).
Em meio às investigações, Maluf lançou há duas semanas sua pré-candidatura à Prefeitura paulistana nas eleições de outubro. Pesquisa Datafolha realizada no último dia 19 de maio aponta que ele tem 20% das intenções de voto e índice de rejeição de 50%. O tucano José Serra tem 26%, e a prefeita Marta Suplicy (PT), 20%
Outro lado
Em nota à imprensa, a assessoria de Maluf disse que "como se não bastasse atacar Paulo Maluf, investem também contra a família do ex-prefeito de São Paulo".
"O desqualificado promotor Silvio Marques inventa mais uma ação contra Paulo Maluf, de cunho unicamente eleitoreiro", diz a nota.
Acusações
Paulo Maluf é acusado de movimentação não declarada de milhões de dólares no exterior. A assinatura do ex-prefeito aparece em um cartão de abertura de conta, em 5 de julho de 1985, no Citibank de Genebra, na Suíça. A conta tinha o nome de Blue Diamond, que em junho de 1994 foi alterado para Red Ruby. Na ocasião, ele negou possuir conta fora do país e não se lembrar ter assinado o documento.
De acordo com o cartão de assinatura, o ex-prefeito tinha poder para movimentar a conta sozinho, uma vez que podia assinar sem a necessidade da rubrica de outra pessoa.
O ex-prefeito manteve essa conta até janeiro de 1997. Depois, os recursos foram transferidos para Jersey, paraíso fiscal no canal da Mancha, onde estão bloqueados pela Justiça.
Os documentos demonstram que somente em uma única data a conta recebeu US$ 200 milhões em depósitos. Em 31 de março de 1995, por exemplo, também de uma única vez, foram movimentados US$ 117 milhões. Na ocasião, a conta tinha um saldo de US$ 154 milhões. Outros US$ 37 milhões também foram retirados, e o extrato do Citibank naquela data deu como resultado final um saldo de US$ 10 mil.
Na edição de 10 de junho de 2001, a Folha revelou que as autoridades de Jersey haviam bloqueado cerca de US$ 200 milhões em contas que tinham como titulares ou detentores de direitos o ex-prefeito, sua mulher, seu filho Flávio, e sua nora Jacqueline.
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