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01/06/2004 - 17h32

PF prende empresário que tentou subornar presidente da CPI da Pirataria

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da Folha Online

A Polícia Federal prendeu no início da tarde desta terça-feira o empresário chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong e seu advogado, Pedro Lindolfo, por corrupção ativa, tráfico de influência, formação de quadrilha e impedimento de funcionamento da CPI da Pirataria, em razão de terem oferecido US$ 1,5 milhão ao presidente da comissão, deputado Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP), para que o nome do empresário fosse excluído do relatório da CPI, que deve ser apresentado nesta quinta.

De acordo com Medeiros, há cerca de um mês e meio,através de várias ligações telefônicas, o comerciante vinha oferecendo a quantia a ele. Desde então, as conversas foram monitoradas pela Polícia Federal e um encontro entre o advogado de Chong e Medeiros, para a entrega da primeira parcela, --de US$ 75 mil--, foi combinado para às 14h de hoje, no escritório de Medeiros, localizado no bairro do Paraíso (centro de SP).

No momento em que o advogado de Lao entregava a quantia ao deputado, a PF o prendeu. Chong foi preso cerca de uma hora depois, em um estacionamento da Avenida Prestes Maia, quando se dirigia ao Campo de Marte (zona norte de SP). De acordo com Medeiros, ele estava em fuga para o Paraguai.

Ainda de acordo com acerto mantido entre Medeiros e o empresário, o deputado receberia ainda R$ 30 mil mensais para interferir na nomeação do chefe do DEIC, Delegacia Especializada de Investigação Criminal, da Polícia Civil de São Paulo.

O deputado disse que informou à Justiça Federal sobre as propostas do comerciante, motivo pelo qual ele e seu advogado tiveram decretadas as suas prisões preventivas pela Sexta Vara de Justiça Federal de São Paulo, na manhã de hoje.

Chong é proprietário de três shoppings na região da rua 25 de Março, conhecida pelo comércio popular, no centro de São Paulo. De acordo com levantamentos feitos pela CPI e pela polícia, ele é apontado como uma espécie de líder de uma suposta organização criminosa, pois aparenta sinais de riqueza bastante elevados.

Além disso, escutas telefônicas levantaram a suspeita de que Chong possui uma vasta rede de proteção dentro dos sistemas policial e fiscal, que vem lhe permitindo continuar imune à atuação do Estado. Os deputados também suspeitam que os negócios de Chong estejam ligados aos policiais e juízes envolvidos na operação Anaconda. Chong teria, inclusive, dado presentes ao delegado José Augusto Belini e ao juiz federal João Carlos da Rocha Matos.
 

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