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02/06/2004 - 12h45

Justiça decreta prisão de três acusados na Operação Vampiro

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da Folha Online

A Justiça Federal de Brasília decretou no final da noite de ontem a prisão preventiva dos empresários Lourenço Rommel Peixoto, Jaisler Jabour de Alvarenga e Laerte Corrêa Júnior, acusados de envolvimento em fraudes de licitações de hemoderivados no Ministério da Saúde.

Peixoto e Jabour já estavam em prisão temporária, cujo prazo de dez dias se esgotou às 0h desta quarta-feira e permanecerão presos. Corrêa tinha sido libertado no último sábado, junto com outras dez pessoas acusadas de envolvimento nas fraudes, uma vez que a Justiça Federal havia negado a transformação da prisão temporária em preventiva.

Dos 17 supostos integrantes do esquema que tiveram prisão decretada, apenas os Peixoto e Jabour permanecem presos. Corrêa deve voltar para a carceragem ainda hoje. Outros três presos já tinham sido liberados logo após prestarem depoimento porque colaboraram com a polícia.

Entre eles estava o ex-coordenador-geral de Recursos Logísticos do Ministério da Saúde, Luiz Cláudio Gomes da Silva, nomeado pelo ministro Humberto Costa em agosto de 2003.

Na última sexta-feira (28), a Polícia Federal informou que já apreendeu um total de nove lanchas, 20 imóveis, R$ 1,5 milhão em dinheiro e diversos carros e jóias nas operações de busca da chamada Operação Vampiro.

Operação Vampiro

O Ministério Público Federal desde 1998 investiga denúncias sobre irregularidades em licitações do Ministério da Saúde, inclusive na compra de hemoderivados (derivados de sangue para uso de hemofílicos).

Em março de 2003, a empresa Baxter Expor Corporation levantou a suspeita de violação dos envelopes contendo as propostas de preços de quatro licitações para a compra de hemoderivados.

A suspeita foi apresentada ao Ministério Público Federal, ao ministro da Saúde, Humberto Costa, e ao Tribunal de Contas da União. Desde então, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal passaram, por meio de interceptações telefônicas, a investigar a denúncia.

Após 14 meses apurando o caso, no último dia 19, por meio de uma operação denominada Vampiro, foi desencadeada a apreensão de documentos em vários locais e a prisão de suspeitos de envolvimento. Eles são acusados de tráfico de influência, favorecimento de licitações e corrupção passiva.

Foram expedidos 17 mandados de prisão no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, sendo nove contra funcionários do Ministério da Saúde.

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