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03/06/2004 - 06h28

Na esteira de escândalos, PT ganha ouvidor

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Na esteira dos casos Waldomiro e Operação Vampiro, que atingiram a gestão Lula, o PT vai criar a figura do ouvidor partidário, a fim de captar denúncias de irregularidades e reclamações envolvendo administrações petistas.

O cargo, a ser anunciado nos próximos dias, será ocupado por Flávio Koutzii, 61, deputado estadual no Rio Grande do Sul. Ex-preso político, Koutzii foi chefe da Casa Civil no governo Olívio Dutra (1999 a 2002). Na ocasião, o PT sofreu uma oposição forte e precisou se defender de acusações, em uma CPI, de que o partido e o governo do Estado mantinham ligações com o jogo do bicho.

Com a Ouvidoria, o PT atende a uma previsão do seu estatuto e tenta preservar o que os seus dirigentes chamam de "capital ético" do partido, patrimônio político que os diferenciaria dos demais.

Procurado ontem pela Agência Folha, Koutzii, que estava em Brasília, não quis dar entrevistas. A Agência Folha apurou que ele respondeu positivamente ao convite, feito há algumas semanas.

Nos anos 70, Koutzii esteve preso na Argentina, onde sofreu tortura. Ele integra a tendência petista Esquerda Democrática, que existe no Estado. Uma das bandeiras defendidas pela corrente, considerada, no espectro ideológico petista, à esquerda, é a de que as questões partidárias sejam discutidas deixando de lado problemas de disputas internas. A Agência Folha apurou que Koutzii foi indicado em razão dessa característica e do fato de manter certa independência no PT.

Em 94, Koutzii foi destacado pelo atual ministro Tarso Genro (Educação) para ser uma espécie de conselheiro informal de sua filha, a atual deputada federal Luciana Genro. Na época, ele fora eleita para a Assembléia do RS.

Luciana foi expulsa do PT por integrar o grupo de parlamentares que discordou e se rebelou contra projetos do governo Lula .

Conferência eleitoral

Amanhã o presidente do PT, José Genoino, estará em Porto Alegre para participar de conferência sobre as eleições. Além de Genoino, devem participar os ministros José Dirceu (Casa Civil), Olívio Dutra (Cidades), Tarso Genro (Educação) e Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário).
 

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