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03/06/2004
-
21h30
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
Uma empresa estreante no cadastro de fornecedores do produto venceu o pregão eletrônico de hoje da Secretaria da Saúde do Paraná para compra de 5.000 frascos de imunoglobulina anti fator RH. A Pro Diet Farmacêutica Ltda., do Paraná, vai fornecer o hemoderivado por R$ 444,3 mil, 1,27% inferior ao preço máximo estipulado, de R$ 450 mil.
Das empresas envolvidas nas investigações de formação de cartel de hemoderivados pela Operação Vampiro, da Polícia Federal, apenas a Aventis entrou diretamente na disputa --que pode ser acompanhado online, por qualquer cidadão, no site www.licitacoes-e.com.br, do Banco do Brasil. Ela perdeu o negócio por uma diferença de R$ 5 (chegou a oferecer o medicamento por R$ 444.305).
O presidente da comissão de licitação, Caetano da Rocha, disse que não há como saber se a maioria dos fornecedores investigados como "a máfia do sangue" ficou longe do pregão. Mas ele disse acreditar que o governo do Paraná "pagou preços que refletem o real cobrado no mercado". Ele afirmou que o preço unitário ficou cerca de R$ 2 acima do pago em licitação de um ano atrás.
A Pro Diet entrou no leilão oferecendo o hemoderivado do laboratório Kamada, de Israel, distribuído pela Panamerican no Brasil. Marcelo Pupkin Pitta, um dos lobistas investigados e presos (mas já solto) preventivamente como articuladores do cartel, trabalha para a Panamerican e é suspeito de ter ditado preços de licitações no Paraná, no ano passado.
Do leilão participaram mais duas "novatas" no fornecimento desse tipo de medicamento: a Hospfar, do DF, e a Prospital, de SC. A primeira disputou com produtos da Aventis e apresentou R$ 611.750 na proposta; a segunda pediu R$ 600 mil para fornecer medicamento da Immuno. Uma sexta empresa, a Alminhana, do RS, foi desclassificada por não apresentar registro no Ministério da Saúde. Ela também tentou disputar com produtos da Immuno. A Immuno também é suspeita de integrar o cartel.
Rocha disse que a Secretaria da Saúde ainda fará novo pregão neste ano. Vai pagar, no máximo, R$ 180 mil para aumentar a cota de imunoglobulina em mais 2.000 frascos e evitar o desabastecimento nos hospitais. Segundo ele, foi essa a compra que teve a licitação cancelada no mês passado por recurso da Panamerican.
A imunoglobulina contém os anticorpos necessários para neutralizar a sensibilização do sangue da mãe que dá à luz um bebê do sexo masculino com sangue fator RH positivo, quando ela tem sangue fator RH negativo.
Empresa estreante vence pregão eletrônico da Secretaria da Saúde do PR
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da Agência Folha, em Curitiba
Uma empresa estreante no cadastro de fornecedores do produto venceu o pregão eletrônico de hoje da Secretaria da Saúde do Paraná para compra de 5.000 frascos de imunoglobulina anti fator RH. A Pro Diet Farmacêutica Ltda., do Paraná, vai fornecer o hemoderivado por R$ 444,3 mil, 1,27% inferior ao preço máximo estipulado, de R$ 450 mil.
Das empresas envolvidas nas investigações de formação de cartel de hemoderivados pela Operação Vampiro, da Polícia Federal, apenas a Aventis entrou diretamente na disputa --que pode ser acompanhado online, por qualquer cidadão, no site www.licitacoes-e.com.br, do Banco do Brasil. Ela perdeu o negócio por uma diferença de R$ 5 (chegou a oferecer o medicamento por R$ 444.305).
O presidente da comissão de licitação, Caetano da Rocha, disse que não há como saber se a maioria dos fornecedores investigados como "a máfia do sangue" ficou longe do pregão. Mas ele disse acreditar que o governo do Paraná "pagou preços que refletem o real cobrado no mercado". Ele afirmou que o preço unitário ficou cerca de R$ 2 acima do pago em licitação de um ano atrás.
A Pro Diet entrou no leilão oferecendo o hemoderivado do laboratório Kamada, de Israel, distribuído pela Panamerican no Brasil. Marcelo Pupkin Pitta, um dos lobistas investigados e presos (mas já solto) preventivamente como articuladores do cartel, trabalha para a Panamerican e é suspeito de ter ditado preços de licitações no Paraná, no ano passado.
Do leilão participaram mais duas "novatas" no fornecimento desse tipo de medicamento: a Hospfar, do DF, e a Prospital, de SC. A primeira disputou com produtos da Aventis e apresentou R$ 611.750 na proposta; a segunda pediu R$ 600 mil para fornecer medicamento da Immuno. Uma sexta empresa, a Alminhana, do RS, foi desclassificada por não apresentar registro no Ministério da Saúde. Ela também tentou disputar com produtos da Immuno. A Immuno também é suspeita de integrar o cartel.
Rocha disse que a Secretaria da Saúde ainda fará novo pregão neste ano. Vai pagar, no máximo, R$ 180 mil para aumentar a cota de imunoglobulina em mais 2.000 frascos e evitar o desabastecimento nos hospitais. Segundo ele, foi essa a compra que teve a licitação cancelada no mês passado por recurso da Panamerican.
A imunoglobulina contém os anticorpos necessários para neutralizar a sensibilização do sangue da mãe que dá à luz um bebê do sexo masculino com sangue fator RH positivo, quando ela tem sangue fator RH negativo.
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