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04/06/2004 - 12h40

Justiça determina quebra de sigilo bancário dos Maluf

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da Folha Online

A Justiça de São Paulo determinou nesta sexta-feira a quebra dos sigilos bancários do ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1997), seus familiares e supostas empresas ligadas a ele. O pedido havia sido requisitado pelo Ministério Público Estadual na última segunda-feira.

O pedido de quebra de sigilo atinge Maluf, a mulher dele, dona Sylvia, os filhos Flávio, Lígia, Lina e Otávio, a nora Jacquelline, o genro Maurílio Curi e diversas empresas estrangeiras (offshores) que, segundo a Promotoria, pertencem ao ex-prefeito.

O pedido foi estimulado, segundo a Promotoria, pelos documentos bancários enviados pela Suíça. De acordo com esses papéis, a família Maluf movimentou de forma ilegal milhões de dólares no exterior. Os valores, que segundo a Suíça ultrapassam os US$ 200 milhões, foram transferidos para o paraíso fiscal da ilha de Jersey.

A concessão da Justiça foi motivada pelas denúncias do ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo (1999-2000) Armando Mellão, filmado e preso numa suposta tentativa de extorsão, que acusou Maluf de ser o receptor da maior parte do dinheiro desviado de obras públicas.

A construção da avenida Água Espraiada e do túnel Ayrton Senna, segundo Mellão, teriam rendido ao grupo de Maluf cerca de US$ 1,5 milhão em propina.

Mellão, solto há três semanas, foi ouvido no dia 25 pelos promotores Sílvio Marques e Sérgio Sobrane, que investigam a movimentação no exterior de milhões de dólares atribuídos a Maluf.

Outro lado

Ontem, o assessor de Paulo Maluf, Adílson Laranjeira, disse que Mellão é um "ex-preso", tem a mesma credibilidade "do conteúdo de uma latrina" e que o promotor Sílvio Marques, ao ouvi-los, "chafurda no mesmo chiqueiro".

Em visita à zona sul da cidade nesta sexta-feira, Maluf disse que as acusações são motivadas pelo seu bom desempenho nas pesquisas para a sucessão municipal em São Paulo. Ele é pré-candidato pelo PP e tem 20% das intenção de voto, segundo o Datafolha --Serra tem 26%, e Marta, 20%.

Com a Folha de S.Paulo

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