Publicidade
Publicidade
08/06/2004
-
07h10
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Um dos principais aliados do Palácio do Planalto, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) atacou ontem o governo Lula na tribuna e disse que o presidente não tem "educação política".
O senador, que ficou incomodado com o fato de não ter sido prestigiado na visita que o presidente fez ontem a Salvador (BA), reclamou da ida do ministro Humberto Costa (Saúde) à cidade. Lula e Costa participaram da inauguração do projeto Farmácia Popular.
"Não era hora de ele [Lula] querer prestigiar o ministro da Saúde, enquanto não apurar o que houve nessa Operação Vampiro. O fato é que quem foi pego na Operação Vampiro foram pessoas da confiança do ministro, do PT. Se eram honestos, o atual governo os contaminou; se eram desonestos, foram trazidos para o governo."
A Operação Vampiro é uma investigação da Polícia Federal sobre esquema de fraudes em licitações da Saúde para a compra de medicamentos. Luiz Cláudio Gomes da Silva, um dos principais suspeitos de envolvimento, era assessor de confiança de Costa.
ACM teria sido avisado em cima da hora, na sexta, pelo cerimonial da Presidência, da visita do presidente à Bahia. O governador Paulo Souto (PFL), que não teria sido informado da viagem com antecedência, compareceu à inauguração de uma Farmácia Popular.
Na avaliação de ACM, o governo tentou capitalizar a visita de Lula para a candidatura de Nelson Pellegrino (PT) à Prefeitura de Salvador. O candidato do PFL é César Borges. "Isso é inacreditável, é falta de educação política. Qualquer presidente, indo a um Estado, até mesmo de seu maior adversário, tem o dever de informar ao governador e ao prefeito da cidade", declarou ACM.
A relação de ACM com o Planalto azedou desde que foi derrubada a emenda que permitiria a reeleição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), seu aliado, e do presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP). O governo não se empenhou na votação para não melindrar o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL).
"Não se podia esperar do presidente da República um gesto de alta educação, porque sua formação não é essa, mas de seus assessores sim", afirmou ACM.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), não quis comentar a fala de ACM.
Leia mais
Manifestantes protestam contra os casos de corrupção e vaiam Lula
Lula nega privilégio partidário em farmácias
ACM diz que Lula não deveria prestigiar Costa
Publicidade
Um dos principais aliados do Palácio do Planalto, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) atacou ontem o governo Lula na tribuna e disse que o presidente não tem "educação política".
O senador, que ficou incomodado com o fato de não ter sido prestigiado na visita que o presidente fez ontem a Salvador (BA), reclamou da ida do ministro Humberto Costa (Saúde) à cidade. Lula e Costa participaram da inauguração do projeto Farmácia Popular.
"Não era hora de ele [Lula] querer prestigiar o ministro da Saúde, enquanto não apurar o que houve nessa Operação Vampiro. O fato é que quem foi pego na Operação Vampiro foram pessoas da confiança do ministro, do PT. Se eram honestos, o atual governo os contaminou; se eram desonestos, foram trazidos para o governo."
A Operação Vampiro é uma investigação da Polícia Federal sobre esquema de fraudes em licitações da Saúde para a compra de medicamentos. Luiz Cláudio Gomes da Silva, um dos principais suspeitos de envolvimento, era assessor de confiança de Costa.
ACM teria sido avisado em cima da hora, na sexta, pelo cerimonial da Presidência, da visita do presidente à Bahia. O governador Paulo Souto (PFL), que não teria sido informado da viagem com antecedência, compareceu à inauguração de uma Farmácia Popular.
Na avaliação de ACM, o governo tentou capitalizar a visita de Lula para a candidatura de Nelson Pellegrino (PT) à Prefeitura de Salvador. O candidato do PFL é César Borges. "Isso é inacreditável, é falta de educação política. Qualquer presidente, indo a um Estado, até mesmo de seu maior adversário, tem o dever de informar ao governador e ao prefeito da cidade", declarou ACM.
A relação de ACM com o Planalto azedou desde que foi derrubada a emenda que permitiria a reeleição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), seu aliado, e do presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP). O governo não se empenhou na votação para não melindrar o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL).
"Não se podia esperar do presidente da República um gesto de alta educação, porque sua formação não é essa, mas de seus assessores sim", afirmou ACM.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), não quis comentar a fala de ACM.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice