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08/06/2004
-
06h46
EDUARDO SCOLESE
ANDRÉA MICHAEL,
da Folha de S. Paulo, em Brasília
A sala na qual funciona o arquivo geral de documentos do Ministério da Saúde, em Brasília, foi arrombada na última sexta-feira. O local invadido concentra os mais importantes documentos sobre as licitações da pasta, foco da Operação Vampiro, da Polícia Federal, que investiga a atuação de uma quadrilha que fraudava compras do ministério.
Somente ontem a informação chegou ao conhecimento do ministro Humberto Costa (Saúde), por meio da chefia de segurança. A Polícia Federal, que está investigando o caso, ainda não sabe ao certo o que foi levado do arquivo.
Diante da notícia, Costa pediu que a segurança no local fosse reforçada e que a auditoria interna instaurada por ele para apurar todos os contratos de licitação da pasta também investigasse o arrombamento.
No arquivo, que fica no subsolo de um prédio anexo à sede do ministério, estão todos os documentos das áreas técnica, financeira e administrativa da pasta, entre os quais a papelada de todos os processos de licitação da pasta.
Desde que a Operação Vampiro veio à tona, 25 funcionários do ministério foram exonerados. Dez deles foram afastados da pasta de forma "preventiva". A maioria dos acusados atuava na comissão de licitação do ministério. Eles, segundo a investigação da PF, recebiam comissões de lobistas e empresários do ramo de medicamentos.
Segurança
Segundo o ministério, um segurança do prédio anexo identificou o arrombamento da sala do arquivo por volta das 20h30 da última sexta-feira.
Algumas gavetas estavam abertas, todas as luzes estavam acesas e fichas cadastrais (usadas para a localização de documentos) estavam pelo chão. Durante toda a sexta-feira ocorreu uma festa junina no estacionamento do ministério (a cerca de 50 metros do local do arrombamento). Participaram da festa funcionários da Saúde e da Previdência.
De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, assim que notaram o arrombamento, por volta das 20h30, os seguranças do local comunicaram o fato à Polícia Civil do Distrito Federal e à Polícia Federal. A PF só entrou no caso ontem.
O local, a pedido da PF, permaneceu lacrado e sob vigília reforçada durante todo o final de semana. Não há arquivos eletrônicos na sala, apenas milhares de documentos em papel -guardados em antigos arquivos de ferro, movidos à manivela.
Todos os documentos do arquivo do ministério em Brasília estão na sala que foi arrombada. O restante fica espalhado pelas representações da pasta nos Estados. Não há informações a respeito da existência de cópias esses documentos.
Perícia
Durante toda a tarde de ontem, policiais federais realizaram um trabalho de perícia no local. Nenhuma informação a respeito foi divulgada. O ministério apenas informou que não possui informações sobre documentos que possam ter sido furtados ou danificados.
"A partir desse levantamento [da Polícia Federal], auditorias especiais da comissão de auditoria do ministério, da CGU (Controladoria Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União) poderão ser solicitadas", informou o ministério, no final da tarde de ontem, por meio de nota oficial.
Segundo a pasta, o efetivo da segurança do ministério trabalhou normalmente na última sexta-feira. O local abre de segunda a sexta para consultas internas. Por determinação da assessoria jurídica da pasta, a sala permanecerá fechada nos próximos dias. Não há prazo para a conclusão das investigações.
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ANDRÉA MICHAEL,
da Folha de S. Paulo, em Brasília
A sala na qual funciona o arquivo geral de documentos do Ministério da Saúde, em Brasília, foi arrombada na última sexta-feira. O local invadido concentra os mais importantes documentos sobre as licitações da pasta, foco da Operação Vampiro, da Polícia Federal, que investiga a atuação de uma quadrilha que fraudava compras do ministério.
Somente ontem a informação chegou ao conhecimento do ministro Humberto Costa (Saúde), por meio da chefia de segurança. A Polícia Federal, que está investigando o caso, ainda não sabe ao certo o que foi levado do arquivo.
Diante da notícia, Costa pediu que a segurança no local fosse reforçada e que a auditoria interna instaurada por ele para apurar todos os contratos de licitação da pasta também investigasse o arrombamento.
No arquivo, que fica no subsolo de um prédio anexo à sede do ministério, estão todos os documentos das áreas técnica, financeira e administrativa da pasta, entre os quais a papelada de todos os processos de licitação da pasta.
Desde que a Operação Vampiro veio à tona, 25 funcionários do ministério foram exonerados. Dez deles foram afastados da pasta de forma "preventiva". A maioria dos acusados atuava na comissão de licitação do ministério. Eles, segundo a investigação da PF, recebiam comissões de lobistas e empresários do ramo de medicamentos.
Segurança
Segundo o ministério, um segurança do prédio anexo identificou o arrombamento da sala do arquivo por volta das 20h30 da última sexta-feira.
Algumas gavetas estavam abertas, todas as luzes estavam acesas e fichas cadastrais (usadas para a localização de documentos) estavam pelo chão. Durante toda a sexta-feira ocorreu uma festa junina no estacionamento do ministério (a cerca de 50 metros do local do arrombamento). Participaram da festa funcionários da Saúde e da Previdência.
De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, assim que notaram o arrombamento, por volta das 20h30, os seguranças do local comunicaram o fato à Polícia Civil do Distrito Federal e à Polícia Federal. A PF só entrou no caso ontem.
O local, a pedido da PF, permaneceu lacrado e sob vigília reforçada durante todo o final de semana. Não há arquivos eletrônicos na sala, apenas milhares de documentos em papel -guardados em antigos arquivos de ferro, movidos à manivela.
Todos os documentos do arquivo do ministério em Brasília estão na sala que foi arrombada. O restante fica espalhado pelas representações da pasta nos Estados. Não há informações a respeito da existência de cópias esses documentos.
Perícia
Durante toda a tarde de ontem, policiais federais realizaram um trabalho de perícia no local. Nenhuma informação a respeito foi divulgada. O ministério apenas informou que não possui informações sobre documentos que possam ter sido furtados ou danificados.
"A partir desse levantamento [da Polícia Federal], auditorias especiais da comissão de auditoria do ministério, da CGU (Controladoria Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União) poderão ser solicitadas", informou o ministério, no final da tarde de ontem, por meio de nota oficial.
Segundo a pasta, o efetivo da segurança do ministério trabalhou normalmente na última sexta-feira. O local abre de segunda a sexta para consultas internas. Por determinação da assessoria jurídica da pasta, a sala permanecerá fechada nos próximos dias. Não há prazo para a conclusão das investigações.
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