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08/06/2004 - 22h08

Justiça decreta prisão de filha do "comendador Arcanjo"

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JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

O juiz federal Julier Sebastião da Silva, de Cuiabá (MT), decretou a prisão temporária da estudante de medicina Keli Cristina Ribeiro, filha do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, o "comendador Arcanjo". O mandado de prisão foi expedido em maio, mas só hoje foi divulgado.

Keli Cristina, 26, é investigada pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação a organização criminosa e crime contra o sistema financeiro nacional. A Polícia Federal em Cuiabá considera Keli Cristina foragida, já que ela não foi localizada em território nacional.

O pedido de prisão temporária foi feito pelo procurador da República em Cuiabá Pedro Taques, depois que o Ministério da Justiça foi informado pela Interpol e por autoridades da Costa Rica de que a filha de João Arcanjo Ribeiro tentava fazer aplicações financeiras naquele país.

Os pais de Keli --João Arcanjo Ribeiro e Silvia Chirata-- estão presos em Montevidéu (Uruguai) desde abril do ano passado, sob a acusação de que eles estavam no país com documentos falsos. Em fevereiro, a Corte de Apelação de Montevidéu determinou a extradição de Arcanjo Ribeiro para o Brasil, mas estabeleceu, como condicionante para a extradição, que as acusações contra ele no Brasil fossem encerradas.

Acusado de comandar o crime organizado em Mato Grosso, com ramificações em cinco Estados, Arcanjo sofreu duas condenações no Brasil no ano passado: em julho, foi condenado a sete anos de prisão por porte ilegal de arma; em dezembro, foi condenado a 37 anos de prisão por lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e formação de organização criminosa.

No dia 12 de fevereiro, Keli Cristina foi detida ao desembarcar em Miami em um vôo que havia partido de Buenos Aires. Ela teve seu visto cancelado pela Justiça norte-americana. Impedida de ingressar nos Estados Unidos, Keli teria retornado a Buenos Aires e de lá para Montevidéu, onde estaria hoje.

O advogado Zaid Arbid, que defende a família Ribeiro, não foi localizado ontem para comentar a decretação da prisão de sua cliente. Um funcionário de seu escritório, em Rondonópolis (MT), informou que Arbid estaria em Brasília e sem aparelho de telefone celular para ser contatado. Até hoje não havia sido feito nenhum pedido, na Justiça Federal em Cuiabá, de habeas corpus para Keli Cristina.

O delegado federal Joaquim Mesquita disse que a Polícia Federal "não entraria em detalhes de uma operação que estava sendo mantida em sigilo", ao comentar o trabalho da PF para cumprir a determinação de prisão temporária de Keli Cristina Ribeiro.
 

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