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16/06/2004 - 06h08

PF acha indícios de que Chong fez doações a campanhas eleitorais

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal encontrou indícios de que o empresário Law Kim Chong, preso no dia 1º de junho, destinava parte de seus lucros para doações ilegais a campanhas políticas, como parte da estratégia de blindagem de seus negócios no país.

Além de políticos, a lista de protetores do empresário chegaria a quase 200 pessoas, entre elas procuradores da República, agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), funcionários da Receita Federal e policiais civis e federais que atuam em São Paulo.

A PF vai abrir um novo inquérito hoje para investigar a rede de proteção ao empresário, considerado um dos maiores contrabandistas em ação no país pelos investigadores. Em buscas, há duas semanas, policiais localizaram extratos e documentos de contas bancárias em nome de Chong em Nova York e Miami (EUA).

Em seu imposto de renda de 2003, Chong declarou receber R$ 126 mil mensais, sendo R$ 6 mil de salário e o restante de pró-labore de sociedades. O empresário está preso por supostamente tentar subornar o presidente da CPI da Pirataria, deputado Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP).

Hoje, a PF encaminha ao Ministério Público Federal o inquérito sobre o episódio. Chong é indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, operação de câmbio não-autorizada e tentativa de obstrução de comissão parlamentar. A denúncia do Ministério Público deve ser feita até a próxima sexta.

O advogado de Chong, Aldo Donametti, não respondeu ontem ao recado deixado pela reportagem em seu telefone celular. No entanto, em outras oportunidades, ele negou que o empresário pratique contrabando.

Investigadores informaram que Chong agia como ramificação de um esquema de máfias orientais --que também funcionaria no Paraguai, nos EUA e na China-- e figurava nas listas de procurados da CIA (agência de inteligência americana) e do FBI (polícia federal dos EUA).

Pedro Corrêa

A Corregedoria da Câmara dos Deputados vai reiniciar as investigações sobre a suspeita de envolvimento do deputado Pedro Corrêa (PE), presidente do PP, com uma quadrilha de contrabando de cigarros. O anúncio foi feito pelo corregedor, deputado Luiz Piauhylino (PTB-PE), que chefiará a comissão de sindicância.

Ontem, Piauhylino recebeu da CPI da Pirataria um CD com gravações de conversas telefônicas e o relatório final da comissão.

A assessoria de Corrêa afirmou que o deputado não comentaria a decisão da montagem da comissão.

Especial
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o empresário Law Kin Chong
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