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20/06/2004
-
19h19
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Com a presença de seis ministros do governo Lula na convenção que oficializou a candidatura à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, a cúpula nacional do PT fez hoje o mais veemente posicionamento em relação às eleições municipais. Tendo como alvo principal o PSDB, os petistas pregaram a "derrota da coalizão de oposição" para fortalecer o governo Lula.
O ministro José Dirceu (Casa Civil) disse que o governo precisa ter apoio amplo na sociedade para governar e enfrentar os desafios econômicos e sociais.
"Para isso é preciso ter maioria na sociedade. É preciso vencer as eleições de 2004. Não vamos atrás de resultados médios. Temos que derrotar a coalizão de oposição que está nos enfrentando. Eles não gostam quando nós falamos com clareza e quando nós delimitamos os campos", afirmou.
E nominou os adversários: "Depois do primeiro ano, começa a oposição de centro-esquerda, capitaneada pelo PSDB --porque é disso que se trata também--, por setores importantes da mídia brasileira, por setores, inclusive empresariais, articulados, inclusive com forças políticas internacionais".
Dirceu disse que, apesar de as forças políticas terem se reorganizado após 2002 e o PT ampliado suas alianças, os "objetivos e a disputa são os mesmos". "O PT precisa olhar para as eleições de 2004 porque elas são a continuidade da disputa política dos últimos 23 anos, não vamos nos iludir."
Se havia dúvidas se era interesse do partido federalizar ou não as campanhas, a convenção de ontem na capital mineira mostrou que os petistas não fazem distinção entre as eleições municipais e a gestão do governo federal. Parece haver unanimidade na cúpula governista e partidária de que a batalha que se avizinha é um prolongamento da disputa de 2002.
Até o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPS-CE), que disse que o ato mais parecia "reunião do ministério do que convenção", defendeu com vigor a gestão Lula, afirmando que a militância petista e as dos partidos aliados, como o seu, "não podem ficar acuadas, na defesa".
O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), em um discurso inflamado, disse que o PT tem que ir para a ofensiva.
"Em um ano e meio, o presidente Lula superou a crise econômica herdada de oito anos de neoliberalismo predatório. (...) Temos um acervo que nos permite não apenas fazer defesa, mas disputar na ofensiva. Nenhum governo anterior ao nosso, sobretudo o neoliberal, fez tanto em tão pouco tempo, apesar da situação desastrosa que o governo Lula herdou". E concluiu: "Então, interessa a nós nacionalizar as eleições. Aliás, as oposições já não falam tanto em nacionalizar, porque os resultados começam a aparecer, cada vez mais".
Também discursaram os ministros mineiros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef (PT-RS), que foram na mesma toada.
Dirceu, o último ministro a falar, citou o discurso de todos eles para emendar: "Temos muitos desafios, temos muitas dívidas. O povo vai nos criticar e vai nos cobrar com direitos, mas não eles. Eles não têm autoridade, e nós não devemos aceitar".
Ele fez apenas uma ressalva em relação ao PSDB, quando disse que há setores no partido dos tucanos que são "progressistas" --"e tem gente daqui de Belo Horizonte, do PSDB, que vai apoiar o Pimentel, tenho certeza".
Salvador
Em Salvador, durante convenção do PT que oficializou a candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino à prefeitura do município baiano, o ministro Jaques Wagner (Desenvolvimento Econômico e Social) também defendeu a nacionalização. "Vai ser bom para mostrar em que condições o governo Lula recebeu o país das mãos de FHC, repleto de dívidas, e o que está fazendo para reverter esta situação."
Colaborou Manuela Martinez, da Agência Folha, em Salvador
PT prega "derrota da coalizão de oposição" para fortalecer Lula
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Com a presença de seis ministros do governo Lula na convenção que oficializou a candidatura à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, a cúpula nacional do PT fez hoje o mais veemente posicionamento em relação às eleições municipais. Tendo como alvo principal o PSDB, os petistas pregaram a "derrota da coalizão de oposição" para fortalecer o governo Lula.
O ministro José Dirceu (Casa Civil) disse que o governo precisa ter apoio amplo na sociedade para governar e enfrentar os desafios econômicos e sociais.
"Para isso é preciso ter maioria na sociedade. É preciso vencer as eleições de 2004. Não vamos atrás de resultados médios. Temos que derrotar a coalizão de oposição que está nos enfrentando. Eles não gostam quando nós falamos com clareza e quando nós delimitamos os campos", afirmou.
E nominou os adversários: "Depois do primeiro ano, começa a oposição de centro-esquerda, capitaneada pelo PSDB --porque é disso que se trata também--, por setores importantes da mídia brasileira, por setores, inclusive empresariais, articulados, inclusive com forças políticas internacionais".
Dirceu disse que, apesar de as forças políticas terem se reorganizado após 2002 e o PT ampliado suas alianças, os "objetivos e a disputa são os mesmos". "O PT precisa olhar para as eleições de 2004 porque elas são a continuidade da disputa política dos últimos 23 anos, não vamos nos iludir."
Se havia dúvidas se era interesse do partido federalizar ou não as campanhas, a convenção de ontem na capital mineira mostrou que os petistas não fazem distinção entre as eleições municipais e a gestão do governo federal. Parece haver unanimidade na cúpula governista e partidária de que a batalha que se avizinha é um prolongamento da disputa de 2002.
Até o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPS-CE), que disse que o ato mais parecia "reunião do ministério do que convenção", defendeu com vigor a gestão Lula, afirmando que a militância petista e as dos partidos aliados, como o seu, "não podem ficar acuadas, na defesa".
O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), em um discurso inflamado, disse que o PT tem que ir para a ofensiva.
"Em um ano e meio, o presidente Lula superou a crise econômica herdada de oito anos de neoliberalismo predatório. (...) Temos um acervo que nos permite não apenas fazer defesa, mas disputar na ofensiva. Nenhum governo anterior ao nosso, sobretudo o neoliberal, fez tanto em tão pouco tempo, apesar da situação desastrosa que o governo Lula herdou". E concluiu: "Então, interessa a nós nacionalizar as eleições. Aliás, as oposições já não falam tanto em nacionalizar, porque os resultados começam a aparecer, cada vez mais".
Também discursaram os ministros mineiros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef (PT-RS), que foram na mesma toada.
Dirceu, o último ministro a falar, citou o discurso de todos eles para emendar: "Temos muitos desafios, temos muitas dívidas. O povo vai nos criticar e vai nos cobrar com direitos, mas não eles. Eles não têm autoridade, e nós não devemos aceitar".
Ele fez apenas uma ressalva em relação ao PSDB, quando disse que há setores no partido dos tucanos que são "progressistas" --"e tem gente daqui de Belo Horizonte, do PSDB, que vai apoiar o Pimentel, tenho certeza".
Salvador
Em Salvador, durante convenção do PT que oficializou a candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino à prefeitura do município baiano, o ministro Jaques Wagner (Desenvolvimento Econômico e Social) também defendeu a nacionalização. "Vai ser bom para mostrar em que condições o governo Lula recebeu o país das mãos de FHC, repleto de dívidas, e o que está fazendo para reverter esta situação."
Colaborou Manuela Martinez, da Agência Folha, em Salvador
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