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27/06/2004
-
05h05
PLÍNIO FRAGA
da Folha de S.Paulo, no Rio
A pedido da direção nacional do PT, o publicitário Duda Mendonça elaborou um manual com conselhos de marketing para os candidatos do partido nas eleições municipais deste ano.
"Em campanha política, quem bate perde", escreveu Duda, afirmando que "pesquisas qualitativas e a experiência de muitas campanhas" comprovam a tese.
O texto, em distribuição para mais de 5.000 candidatos a prefeito do PT e milhares de postulantes às Câmaras de Vereadores, traz dicas de como devem se comportar até em momentos de crise.
"Mantenha-se calmo, mesmo diante das situações imprevistas e desagradáveis. Os eleitores aceitam as reações humanas normais. O que não aceitam é a frieza e a arrogância", analisa o publicitário.
Os ataques a adversários devem ser utilizados com parcimônia, na opinião de Duda. "As críticas e as denúncias devem ser feitas em tom sério, com provas, sem se exaltar, sem agredir, sem sensacionalismo nem frases de efeito e sem ataques pessoais."
Responsável pela política de comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o publicitário colocou a defesa do governo federal no manual do candidato: "As campanhas do PT deverão ter uma face nacionalmente unificadora, que é a defesa intransigente do nosso governo. Apoiar e defender o governo Lula, bem como estar informado sobre suas realizações, é fundamental para a vitória nas eleições de 2004".
Cuidado
Duda recomenda cuidado. "Uma expressão errada, uma palavra de menos, ou de mais, uma frase fora de contexto, e você acaba na TV, no rádio ou no jornal se defendendo, tentando explicar o que na verdade quis dizer."
O publicitário diz como descobrir prioridades: "Eleger, a partir de pesquisas, os temas e conceitos prioritários a serem tratados pela comunicação da campanha".
O cuidado com a imagem é um dos tópicos. "Um cabelo desarrumado, óculos espalhafatosos, um gestual exagerado vão desviar a atenção das pessoas do que você está dizendo", alerta Duda.
O marqueteiro afirma que os candidatos não podem se limitar a fazer denúncias. "O eleitor não quer só diagnósticos. Não quer saber se o sistema de saúde, o transporte e o sistema educativo estão em crise. Quer saber como vai conseguir, por exemplo, construir ou equipar um hospital onde não haja fila desde as 5h."
Duda já acertou que comandará o marketing da candidatura à reeleição de Marta Suplicy em São Paulo. Também o de João Paulo em Recife, e o de Ângelo Vanhoni em Curitiba. O publicitário discute ainda fazer as campanhas de Pedro Wilson em Goiânia e de Fernando Pimentel em BH.
Em São Paulo, a cúpula petista comemorou um acontecimento recente, já utilizado em favor de de Marta Suplicy. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, visitou e elogiou o CEU (Centro Educacional Unificado), principal bandeira do marketing da prefeita.
A declaração de Annan foi gravada e exibida em propagandas do partido. Criticado pelos pré-candidatos José Serra (PSDB) e Luiza Erundina (PSB), o CEU sempre é citado por Duda como exemplo de obra.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A pedido da direção nacional do PT, o publicitário Duda Mendonça elaborou um manual com conselhos de marketing para os candidatos do partido nas eleições municipais deste ano.
"Em campanha política, quem bate perde", escreveu Duda, afirmando que "pesquisas qualitativas e a experiência de muitas campanhas" comprovam a tese.
O texto, em distribuição para mais de 5.000 candidatos a prefeito do PT e milhares de postulantes às Câmaras de Vereadores, traz dicas de como devem se comportar até em momentos de crise.
"Mantenha-se calmo, mesmo diante das situações imprevistas e desagradáveis. Os eleitores aceitam as reações humanas normais. O que não aceitam é a frieza e a arrogância", analisa o publicitário.
Os ataques a adversários devem ser utilizados com parcimônia, na opinião de Duda. "As críticas e as denúncias devem ser feitas em tom sério, com provas, sem se exaltar, sem agredir, sem sensacionalismo nem frases de efeito e sem ataques pessoais."
Responsável pela política de comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o publicitário colocou a defesa do governo federal no manual do candidato: "As campanhas do PT deverão ter uma face nacionalmente unificadora, que é a defesa intransigente do nosso governo. Apoiar e defender o governo Lula, bem como estar informado sobre suas realizações, é fundamental para a vitória nas eleições de 2004".
Cuidado
Duda recomenda cuidado. "Uma expressão errada, uma palavra de menos, ou de mais, uma frase fora de contexto, e você acaba na TV, no rádio ou no jornal se defendendo, tentando explicar o que na verdade quis dizer."
O publicitário diz como descobrir prioridades: "Eleger, a partir de pesquisas, os temas e conceitos prioritários a serem tratados pela comunicação da campanha".
O cuidado com a imagem é um dos tópicos. "Um cabelo desarrumado, óculos espalhafatosos, um gestual exagerado vão desviar a atenção das pessoas do que você está dizendo", alerta Duda.
O marqueteiro afirma que os candidatos não podem se limitar a fazer denúncias. "O eleitor não quer só diagnósticos. Não quer saber se o sistema de saúde, o transporte e o sistema educativo estão em crise. Quer saber como vai conseguir, por exemplo, construir ou equipar um hospital onde não haja fila desde as 5h."
Duda já acertou que comandará o marketing da candidatura à reeleição de Marta Suplicy em São Paulo. Também o de João Paulo em Recife, e o de Ângelo Vanhoni em Curitiba. O publicitário discute ainda fazer as campanhas de Pedro Wilson em Goiânia e de Fernando Pimentel em BH.
Em São Paulo, a cúpula petista comemorou um acontecimento recente, já utilizado em favor de de Marta Suplicy. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, visitou e elogiou o CEU (Centro Educacional Unificado), principal bandeira do marketing da prefeita.
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