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28/06/2004
-
06h25
da Folha de S.Paulo
Os deputados federais que mais gastaram com combustível foram unânimes em um ponto: para trabalhar nos Estados, rodando pelas cidades, é preciso gastar.
Para os deputados João Herrmann Neto (PPS-SP), Giacobo (PL-PR) e Enio Tatico (PTB-GO), o recurso a que têm direito é pouco. Os três figuram entre os dez que mais gastos tiveram.
Herrmann Neto, que gastou R$ 66.825, disse que os parlamentares trabalham com uma estrutura "ridícula" e que mantém, com as verbas indenizatórias, uma equipe de 22 pessoas.
Giacobo, que teve despesa de R$ 63.692,67, diz que anda, todos os finais de semana, mais de 3.000 km, por 110 cidades do Paraná. "Não acho que é muito [o gasto] e não vou baixar."
Enio Tatico, filho do também deputado Tatico (PTB-DF) --este, campeão no ranking de gastos--, diz que, além dessa verba, precisa usar recursos seus para atender a todos as cidades.
Segundo a assessoria de Tatico, o pai, os gastos são altos porque ele anda com dois seguranças, cada um em um carro. O deputado atingiu R$ 71.653,12.
Dois dos três parlamentares do Acre que aparecem no ranking --João Tota (PL) e Perpétua Almeida (PC do B)-- deram a mesma justificativa: o preço da gasolina no Estado é muito caro. A assessoria de Perpétua disse que, às vezes, a deputada faz viagens em barcos. Tota foi o oitavo que mais gastou, e Perpétua, a que registrou mais despesa em sua sigla.
Segundo o deputado Benedito de Lira (PP-AL), o que mais pediu reembolso em março, o valor --R$ 22.309-- é acumulado dos três primeiros meses do ano.
Francisco Rodrigues (PFL-RR) disse que, além de percorrer o interior do Estado, muitas vezes, usa diesel para embarcações. "Vou visitar populações ribeirinhas." Mesmo argumento de Rodolfo Pereira (PDT-RR).
A assessoria do Pastor Amarildo (PSC-TO), que mais reembolso pediu em abril, disse que o deputado recebe convites de prefeitos e acaba viajando muito.
O deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) afirmou que seu gasto é o primeiro do partido porque faz muitas viagens de avião. Se não houvesse as verbas indenizatórias, ele diz que teria "dificuldade" para trabalhar.
Partilha da mesma opinião Costa Ferreira (PSC-MA). Segundo sua assessoria, a verba ajuda a atender à demanda de trabalho.
Assim como os demais, os deputados Colombo (PT-PR) e Fernando Diniz (PMDB-MG) disseram que a despesa existe pela necessidade de percorrerem seus Estados. O deputado João Fontes (PB), parlamentar sem partido que mais gastou, disse que seu gasto ocorre "estritamente para viagens de atividade parlamentar". Fontes disse ser "rigoroso na aplicação do dinheiro público".
A Folha tentou contato com Marcelo Ortiz (PV-SP), Lavoisier Maia (PSB-RN), Elimar Máximo Damasceno (Prona-SP), Ronivon Santiago (PP-AC), Moraes Souza (PMDB-PI), Francisco Garcia (PP-AM), Vadão Gomes (PP-SP) e Alceste Almeida (PMDB-RR), mas não obteve resposta. A deputada Suely Campos (PP-RR) disse que preferia não comentar os gastos.
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Para os deputados João Herrmann Neto (PPS-SP), Giacobo (PL-PR) e Enio Tatico (PTB-GO), o recurso a que têm direito é pouco. Os três figuram entre os dez que mais gastos tiveram.
Herrmann Neto, que gastou R$ 66.825, disse que os parlamentares trabalham com uma estrutura "ridícula" e que mantém, com as verbas indenizatórias, uma equipe de 22 pessoas.
Giacobo, que teve despesa de R$ 63.692,67, diz que anda, todos os finais de semana, mais de 3.000 km, por 110 cidades do Paraná. "Não acho que é muito [o gasto] e não vou baixar."
Enio Tatico, filho do também deputado Tatico (PTB-DF) --este, campeão no ranking de gastos--, diz que, além dessa verba, precisa usar recursos seus para atender a todos as cidades.
Segundo a assessoria de Tatico, o pai, os gastos são altos porque ele anda com dois seguranças, cada um em um carro. O deputado atingiu R$ 71.653,12.
Dois dos três parlamentares do Acre que aparecem no ranking --João Tota (PL) e Perpétua Almeida (PC do B)-- deram a mesma justificativa: o preço da gasolina no Estado é muito caro. A assessoria de Perpétua disse que, às vezes, a deputada faz viagens em barcos. Tota foi o oitavo que mais gastou, e Perpétua, a que registrou mais despesa em sua sigla.
Segundo o deputado Benedito de Lira (PP-AL), o que mais pediu reembolso em março, o valor --R$ 22.309-- é acumulado dos três primeiros meses do ano.
Francisco Rodrigues (PFL-RR) disse que, além de percorrer o interior do Estado, muitas vezes, usa diesel para embarcações. "Vou visitar populações ribeirinhas." Mesmo argumento de Rodolfo Pereira (PDT-RR).
A assessoria do Pastor Amarildo (PSC-TO), que mais reembolso pediu em abril, disse que o deputado recebe convites de prefeitos e acaba viajando muito.
O deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) afirmou que seu gasto é o primeiro do partido porque faz muitas viagens de avião. Se não houvesse as verbas indenizatórias, ele diz que teria "dificuldade" para trabalhar.
Partilha da mesma opinião Costa Ferreira (PSC-MA). Segundo sua assessoria, a verba ajuda a atender à demanda de trabalho.
Assim como os demais, os deputados Colombo (PT-PR) e Fernando Diniz (PMDB-MG) disseram que a despesa existe pela necessidade de percorrerem seus Estados. O deputado João Fontes (PB), parlamentar sem partido que mais gastou, disse que seu gasto ocorre "estritamente para viagens de atividade parlamentar". Fontes disse ser "rigoroso na aplicação do dinheiro público".
A Folha tentou contato com Marcelo Ortiz (PV-SP), Lavoisier Maia (PSB-RN), Elimar Máximo Damasceno (Prona-SP), Ronivon Santiago (PP-AC), Moraes Souza (PMDB-PI), Francisco Garcia (PP-AM), Vadão Gomes (PP-SP) e Alceste Almeida (PMDB-RR), mas não obteve resposta. A deputada Suely Campos (PP-RR) disse que preferia não comentar os gastos.
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