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02/07/2004
-
06h55
MURILO FIUZA DE MELO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo
O candidato do PSDB à prefeitura paulistana, José Serra, prevê gastar R$ 15 milhões na campanha, enquanto o do PP, Paulo Maluf, cerca de R$ 5 milhões.
Os dados com a previsão oficial de despesas, a serem entregues ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), foram apurados pela Folha com integrantes do comando das campanhas do PSDB e do PP.
Na última eleição para prefeito, em 2000, o então candidato do PSDB, o hoje governador Geraldo Alckmin, declarou oficialmente ao TRE ter gasto R$ 3,23 milhões na campanha. Maluf, R$ 2,25 milhões. Os dois foram derrotados para Marta Suplicy, que anunciou despesas de R$ 6,6 milhões.
O PT, que tenta reeleger Marta, e o PSB, da deputada Luiza Erundina ainda não anunciaram a previsão de gastos da campanha.
Os partidos têm até 5 de julho para entregar suas estimativas ao TRE. Alterações devem ser comunicadas ao juiz eleitoral ainda na campanha. Se o candidato gastar acima do previsto, suas contas são rejeitadas e fica sujeito a processo por abuso de poder econômico, que pode implicar em multa e perda dos direitos políticos.
"A maior parte da nossa despesa será com programas de TV e pesquisas", afirmou o presidente municipal do PSDB, Edson Aparecido, um dos coordenadores da campanha tucana. O partido entrega hoje a sua estimativa ao TRE. Segundo Aparecido, o PSDB fixou um teto de R$ 300 mil para as despesas de cada um dos seus 70 candidatos a vereador.
Já o coordenador de campanha do PP, Jesse Ribeiro, disse que R$ 5 milhões deverão ser gastos com a candidatura majoritária e outros R$ 5 milhões, repartidos entre os 80 candidatos a vereador. Em entrevista a Mônica Bergamo, o ex-prefeito disse que pretende fazer "uma campanha pobrezinha", gastando aproximadamente R$ 7 milhões.
O fato de Maluf ser investigado por remessa ilegal de milhões de dólares para o exterior pode, segundo sua própria equipe, dificultar a arrecadação de doações. "Esperamos arrecadar ao menos R$ 8 milhões", disse Jesse. A diferença sairia do bolso do candidato.
Pela legislação eleitoral, os partidos só podem começar a pedir doações eleitorais a partir da próxima semana, após o registro e a oficialização das candidaturas, que será feito até o dia 5.
O PL, que apóia a candidatura à reeleição de Marta, estipulou em R$ 500 mil o teto de gasto que cada vereador poderá ter na campanha. A informação é do presidente municipal do partido, vereador Antonio Carlos Rodrigues.
O partido terá uma chapa com 66 nomes. Se todos gastarem o máximo permitido, terão desembolsado R$ 33 milhões.
Na campanha de Marta para a Prefeitura de São Paulo em 2000, o PT reconheceu ter gasto R$ 6,6 milhões, com uma arrecadação de R$ 5,37 milhões e uma dívida deixada de R$ 1,23 milhão.
Maluf, que perdeu no segundo turno para Marta, declarou ter arrecadado e gasto na campanha menos que Alckmin, que não passou do primeiro turno.
Já Erundina, a quinta colocada --ficou atrás também de Romeu Tuma (PFL)-, declarou uma receita de R$ 693 mil.
Em maio deste ano, o PSDB ainda devia R$ 3,4 milhões da campanha presidencial de Serra em 2002, conforme revelou a Folha. Na ocasião, o partido prometeu saldar o débito até o final de 2004.
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Serra prevê gastar o triplo do que Maluf na campanha
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LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo
O candidato do PSDB à prefeitura paulistana, José Serra, prevê gastar R$ 15 milhões na campanha, enquanto o do PP, Paulo Maluf, cerca de R$ 5 milhões.
Os dados com a previsão oficial de despesas, a serem entregues ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), foram apurados pela Folha com integrantes do comando das campanhas do PSDB e do PP.
Na última eleição para prefeito, em 2000, o então candidato do PSDB, o hoje governador Geraldo Alckmin, declarou oficialmente ao TRE ter gasto R$ 3,23 milhões na campanha. Maluf, R$ 2,25 milhões. Os dois foram derrotados para Marta Suplicy, que anunciou despesas de R$ 6,6 milhões.
O PT, que tenta reeleger Marta, e o PSB, da deputada Luiza Erundina ainda não anunciaram a previsão de gastos da campanha.
Os partidos têm até 5 de julho para entregar suas estimativas ao TRE. Alterações devem ser comunicadas ao juiz eleitoral ainda na campanha. Se o candidato gastar acima do previsto, suas contas são rejeitadas e fica sujeito a processo por abuso de poder econômico, que pode implicar em multa e perda dos direitos políticos.
"A maior parte da nossa despesa será com programas de TV e pesquisas", afirmou o presidente municipal do PSDB, Edson Aparecido, um dos coordenadores da campanha tucana. O partido entrega hoje a sua estimativa ao TRE. Segundo Aparecido, o PSDB fixou um teto de R$ 300 mil para as despesas de cada um dos seus 70 candidatos a vereador.
Já o coordenador de campanha do PP, Jesse Ribeiro, disse que R$ 5 milhões deverão ser gastos com a candidatura majoritária e outros R$ 5 milhões, repartidos entre os 80 candidatos a vereador. Em entrevista a Mônica Bergamo, o ex-prefeito disse que pretende fazer "uma campanha pobrezinha", gastando aproximadamente R$ 7 milhões.
O fato de Maluf ser investigado por remessa ilegal de milhões de dólares para o exterior pode, segundo sua própria equipe, dificultar a arrecadação de doações. "Esperamos arrecadar ao menos R$ 8 milhões", disse Jesse. A diferença sairia do bolso do candidato.
Pela legislação eleitoral, os partidos só podem começar a pedir doações eleitorais a partir da próxima semana, após o registro e a oficialização das candidaturas, que será feito até o dia 5.
O PL, que apóia a candidatura à reeleição de Marta, estipulou em R$ 500 mil o teto de gasto que cada vereador poderá ter na campanha. A informação é do presidente municipal do partido, vereador Antonio Carlos Rodrigues.
O partido terá uma chapa com 66 nomes. Se todos gastarem o máximo permitido, terão desembolsado R$ 33 milhões.
Na campanha de Marta para a Prefeitura de São Paulo em 2000, o PT reconheceu ter gasto R$ 6,6 milhões, com uma arrecadação de R$ 5,37 milhões e uma dívida deixada de R$ 1,23 milhão.
Maluf, que perdeu no segundo turno para Marta, declarou ter arrecadado e gasto na campanha menos que Alckmin, que não passou do primeiro turno.
Já Erundina, a quinta colocada --ficou atrás também de Romeu Tuma (PFL)-, declarou uma receita de R$ 693 mil.
Em maio deste ano, o PSDB ainda devia R$ 3,4 milhões da campanha presidencial de Serra em 2002, conforme revelou a Folha. Na ocasião, o partido prometeu saldar o débito até o final de 2004.
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