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06/07/2004 - 20h53

Brant vê "monopólio político" em BH e diz ser única alternativa a Lula

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

"Se eu não fosse candidato, o governo Lula ganharia a eleição em Belo Horizonte sem disputá-la." Assim o deputado federal Roberto Brant (PFL) se apresentou no primeiro debate com os três principais candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, realizado na noite de ontem pela TV Bandeirantes, denunciando ainda o "monopólio político" na cidade.

O pefelista, mesmo não tendo feito críticas à gestão Lula, disse que sua candidatura foi colocada para se contrapor à do prefeito Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição, e a do deputado estadual João Leite (PSB), pelo fato de os partidos que eles representam apoiarem o governo federal no Congresso e há 12 anos dividirem o poder municipal.

Essa colocação causou tentativas de explicações pouco convincentes para o eleitor mais atento. Pimentel quis separar o PSB do PT nesses 12 anos de gestão, tentando passar a idéia de que os petistas não são responsáveis pelos atos do PSB, até 2001 representado pelo ex-prefeito Célio de Castro --aliado dos petistas.

Em 1996, Castro sucedeu o hoje ministro Patrus Ananias (PT), de quem era o vice. O PT o apoiou no segundo turno e foi determinante na composição do novo governo, tomando o espaço do PMDB. Em 2000, ele se reelegeu com Pimentel na vice. No ano seguinte, logo após se filiar ao PT, Castro sofreu um derrame e se afastou da política.

"Estamos de fato há 12 anos com um projeto democrático-popular, mas o PT governou com Patrus nos primeiros quatro anos, depois foi o PSB do ex-prefeito Célio", disse Pimentel, que despreza os 17 meses como prefeito interino: "Na verdade, assumi em abril do ano passado".

Já Leite afirmou: "Quando ingressei no PSB, a prefeitura era administrada pelo PT. O Célio de Castro era do PT. Não posso muito dizer sobre esse tempo".

De fato, o PSB de Leite não é o PSB de Castro, até porque eles se enfrentaram em 2000 --Leite era do PSDB. Mas boa parte do PSB ainda integra a prefeitura, a ponto de a direção estadual ameaçar esses filiados de expulsão caso não deixem a gestão petista.

No debate, Leite se agarrou ao governo Aécio Neves (PSDB-MG), tentando fixar sua candidatura à imagem do governador, cujo partido coligou-se ao PSB.

O petista, por sua vez, expôs a sua boa convivência com Aécio e a "ajuda" que tem dado ao governador na "interlocução com o presidente Lula" --por isso Aécio vai evitar se expor.

O fato o de PSDB de Aécio apoiar Leite, cujo partido apóia Lula, levou Brant a dizer que sua aliança com PDT e Prona era a única "autêntica e coerente".

"Se o PSDB, que tem sido nosso companheiro [de oposição no Congresso] tivesse tido aqui uma candidatura própria, eu examinaria inclusive apoiá-lo. Agora, eu não posso deixar uma massa imensa de belo-horizontinos sem representação em uma eleição dessa importância", disse.

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