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06/07/2004
-
21h10
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
Embora negue possuir contas no exterior, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) incluiu na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral de São Paulo cerca de R$ 5,5 milhões que estão depositados em uma conta no nome de sua mulher, Sylvia Maluf, no banco francês Crédit Agricole, um dos mais importantes do país.
Pela declaração, foram depositados na conta R$ 400 mil em 27/03/03, R$ 245.472,00 em 2/04/03, R$ 250 mil em 12/05/03, R$ 250 mil em 09/06/03, R$ 269.773,00, "recebidos por doação do marido" e R$ 4.532.742,94 "recebidos a título de mútuo da Fundação Blackbird", em 15/04/03, no principado de Liechtenstein, com conta na Suíça.
Liechtenstein aparece nos cerca de 20 kg de documentos bancários enviados à Justiça brasileira, em março deste ano, pelo Tribunal Federal da Suíça. Maluf é citado como principal beneficiário da fundação White Gold, aberta no mesmo principado em 1990. Ainda de acordo com os papéis suíços, todo o dinheiro da fundação (US$ 120 milhões) foi transferido da Suíça para a Inglaterra em 1997.
Outro lado
Segundo os advogados dos Maluf, a conta pertence somente a Sylvia Maluf, apesar de serem casados em regime de comunhão universal de bens. Ainda de acordo com os advogados, a Fundação Blackbird foi aberta por Flávio Maluf, filho do candidato, e consta em sua declaração de bens.
Em 2003, Maluf foi detido em Paris e prestou depoimento durante cerca de quatro horas à unidade de inteligência financeira da França para explicar a origem do dinheiro depositado no banco. Ele foi abordado por agentes policiais na agência e só liberado à tarde.
A ordem partiu de um juiz do Tracfin (Traitement du Renseignement et Action contre les Circuits Financiers Clandestins), órgão de repressão à delinquência financeira. A instituição confirmou que ele foi detido para esclarecer o depósito de cerca de US$ 1,46 milhão , efetuado em abril daquele ano no banco Crédit Agricole.
Na ocasião, ele disse que foi à polícia prestar depoimento por "espontânea" vontade e que em nenhum momento foi preso. Segundo ele, a conta estaria em nome de sua mulher, Sylvia Maluf, e que o dinheiro fora obtido na venda de um terreno na rua Vergueiro (zona sul) obtido por herança.
Mais rico
Entre os quatro principais candidatos em São Paulo, Maluf é o mais rico, com patrimônio avaliado em R$ 38.987.379,26, seguido pela candidata do PT, Marta Suplicy, que declarou R$ 5.510.353,37. José Serra (PSDB) declarou R$ 750.455,71, e Luiza Erundina (PSB), R$ 171.688,93.
Quando disputou as eleições para o governo do Estado, em 2002, Maluf havia declarado R$ 74.458.819,12. De acordo com sua assessoria, houve uma correção nos valores, e não redução de patrimônio.
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Maluf declara ter cerca de R$ 5,5 mi em conta no exterior
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da Folha Online
Embora negue possuir contas no exterior, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) incluiu na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral de São Paulo cerca de R$ 5,5 milhões que estão depositados em uma conta no nome de sua mulher, Sylvia Maluf, no banco francês Crédit Agricole, um dos mais importantes do país.
Pela declaração, foram depositados na conta R$ 400 mil em 27/03/03, R$ 245.472,00 em 2/04/03, R$ 250 mil em 12/05/03, R$ 250 mil em 09/06/03, R$ 269.773,00, "recebidos por doação do marido" e R$ 4.532.742,94 "recebidos a título de mútuo da Fundação Blackbird", em 15/04/03, no principado de Liechtenstein, com conta na Suíça.
Liechtenstein aparece nos cerca de 20 kg de documentos bancários enviados à Justiça brasileira, em março deste ano, pelo Tribunal Federal da Suíça. Maluf é citado como principal beneficiário da fundação White Gold, aberta no mesmo principado em 1990. Ainda de acordo com os papéis suíços, todo o dinheiro da fundação (US$ 120 milhões) foi transferido da Suíça para a Inglaterra em 1997.
Outro lado
Segundo os advogados dos Maluf, a conta pertence somente a Sylvia Maluf, apesar de serem casados em regime de comunhão universal de bens. Ainda de acordo com os advogados, a Fundação Blackbird foi aberta por Flávio Maluf, filho do candidato, e consta em sua declaração de bens.
Em 2003, Maluf foi detido em Paris e prestou depoimento durante cerca de quatro horas à unidade de inteligência financeira da França para explicar a origem do dinheiro depositado no banco. Ele foi abordado por agentes policiais na agência e só liberado à tarde.
A ordem partiu de um juiz do Tracfin (Traitement du Renseignement et Action contre les Circuits Financiers Clandestins), órgão de repressão à delinquência financeira. A instituição confirmou que ele foi detido para esclarecer o depósito de cerca de US$ 1,46 milhão , efetuado em abril daquele ano no banco Crédit Agricole.
Na ocasião, ele disse que foi à polícia prestar depoimento por "espontânea" vontade e que em nenhum momento foi preso. Segundo ele, a conta estaria em nome de sua mulher, Sylvia Maluf, e que o dinheiro fora obtido na venda de um terreno na rua Vergueiro (zona sul) obtido por herança.
Mais rico
Entre os quatro principais candidatos em São Paulo, Maluf é o mais rico, com patrimônio avaliado em R$ 38.987.379,26, seguido pela candidata do PT, Marta Suplicy, que declarou R$ 5.510.353,37. José Serra (PSDB) declarou R$ 750.455,71, e Luiza Erundina (PSB), R$ 171.688,93.
Quando disputou as eleições para o governo do Estado, em 2002, Maluf havia declarado R$ 74.458.819,12. De acordo com sua assessoria, houve uma correção nos valores, e não redução de patrimônio.
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