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07/07/2004 - 16h11

Dra. Havanir não declara valores de todos os seus bens à Justiça

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online

A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Prona, Dra. Havanir, não forneceu os valores de todos os seus bens na declaração entregue à Justiça Eleitoral. Apesar de dessa informação não ser obrigatória, todos os outros candidatos a apresentaram ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Dra. Havanir, que é deputada estadual, declarou apenas o valor de três imóveis, que, somados, alcançam o valor de R$ 175 mil, e um automóvel, de R$ 28 mil. Os outros patrimônios, em sua maioria contas bancárias e aplicações financeiras, foram informados nominalmente, sem qualquer menção ao valor. Na declaração de bens apresentada à Justiça para que pudesse concorrer às eleições de 2002, não foi apresentada nenhuma valoração de bens.

Em 2000, quando foi eleita vereadora, ao lado dos bens fornecidos à Justiça Eleitoral para o registro da candidatura, constaram os valores, cuja soma foi de R$ 142 mil. Dois anos antes, durante a campanha para a Assembléia, todos os bens dispostos na declaração continham os valores, que, juntos, equivaliam a R$ 116.700,00. Tanto em 2000 quanto em 1998, não foram declaradas aplicações financeiras e contas bancárias.

Entre os quatro principais candidatos em São Paulo, Paulo Maluf (PP) é o que tem mais bens, com patrimônio avaliado em R$ 38.987.379,26, seguido pela candidata do PT, Marta Suplicy, que declarou R$ 5.510.353,37. José Serra (PSDB) declarou R$ 750.455,71, e Luiza Erundina (PSB), R$ 171.688,93.

Segundo a pesquisa do Datafolha publicada no último dia 27, Dra. Havanir tem 1% das intenções de voto. Serra aparece em primeiro, com 30%, seguido por Maluf, com 24%. Marta teve 20% e Erundina, 8%.

Ela aparece com a quarta maior taxa de rejeição entre os candidatos, com 14%, atrás de Maluf (48%), Marta (42%) e Erundina (25%). A pesquisa foi realizada nos dias 24 e 25 de junho.

Outro lado

A candidata pelo Prona disse que não forneceu os valores de todos os bens por se tratar de uma informação particular e que não há problema nenhum com suas contas, que, segundo ela, 'estão abertas'. Afirmou, no entanto, que, caso a Justiça Eleitoral solicite a informação, ela será apresentada.

'Isso é particular. Nós não somos obrigados a fornecer, a não ser que a Justiça Eleitoral peça. Quando eles pedirem eu mando. Sou uma pessoa pública mas faço aquilo que me pedirem. Se o senhor me perguntar 'a senhora tem namorado?' se eu quiser quiser eu digo se eu não quiser eu não digo. É uma coisa particular minha, você entendeu? Não sou obrigada a falar coisa que não se pede.'

A Folha Online solicitou à deputada que enviasse os valores, mas a resposta foi negativa. "Vou primeiro mandar para eles [TRE]. Hierarquicamente, eu mando para eles. Não vou mandar uma informação particular minha para o senhor", disse.

Questionada se não considera um compromisso com o eleitorado declarar o valor do seu patrimônio, a candidata reiterou que trata-se de uma informação particular.

"É um compromisso com meu eleitorado eu dizer minha vida toda se eu estou namorando, se eu casei, se eu não casei, se eu fui na loja no shopping tal? Isso é uma coisa minha. Aquilo que for preciso e que for pra vida pública, que for realmente devido pra pessoa pública, isso eu forneço, não há problema nenhum."

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