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08/07/2004
-
21h10
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), cometeu um ato falho nesta quinta-feira ao afirmar que o ano foi "encerrado" bem neste semestre. A frase saiu após ele ser questionado por jornalistas se as eleições municipais de 3 de outubro atrapalharão os trabalhos no segundo semestre.
"Foi um trabalho muito bom, um grande trabalho. Encerramos o ano bem e vamos continuar dessa maneira, tentando ajudar o Brasil através do trabalho do Congresso. Isso é um ato falho, porque a gente pensa sempre que o problema da eleição vai parar um pouco, mas eu acredito que, em relação ao Senado, nós não vamos parar. Você não quer que eu, com 74 anos, não tenha um ato falho de transformar o semestre em um ano", disse Sarney, arrancando risos dos jornalistas.
Sarney (PMDB-AP) avaliou positivamente o desempenho do Legislativo no primeiro semestre deste ano, apesar das divergências com a Câmara dos Deputados. Ele convocou a imprensa para declarar que foi feito um "grande trabalho" e que o atrito com a Câmara faz parte de um "parlamento bicameral".
Ele citou como exemplos do "bom trabalho" a aprovação da reforma do Judiciário, do aumento da distribuição da Cofins, da fixação da data do plebiscito do desarmamento, da Lei de Falências, do Código Tributário, da Bolsa Atleta, projetos de interesses das mulheres, e programas para portadores de deficiência física e de disponibilização de medicamentos.
Conflito com a Câmara
Sobre os atritos com a Câmara, Sarney afirmou que, apesar das divergências, no final tudo acaba bem. Esse é o melhor exemplo, na opinião dele, do "bom" funcionamento do sistema bicameral.
"Uma Casa funciona de uma maneira e a outra de outra, e no fim as coisas se harmonizam no melhor interesse da sociedade. Por exemplo, a PEC paralela [da Previdência] foi votada hoje, então esse assunto já foi resolvido. No caso do salário mínimo, a Câmara votou de uma maneira, o Senado fixou a sua posição e, evidentemente esse é o jogo bicameral", declarou.
O peemedebista rechaçou a idéia defendida por alguns deputados, de extinguir o Senado, um reflexo da crise de poder envolvendo as duas Casas.
Segundo Sarney, não é a primeira vez que surge essa idéia de acabar com o Senado, mas a instituição é tão "necessária e tão boa", que tem atravessado incólume "esses tempos todos". Para ele, desde quando o Senado foi criado, se pensou também que ele era desnecessário.
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Sarney diz que o ano foi "encerrado" bem neste semestre
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O presidente do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), cometeu um ato falho nesta quinta-feira ao afirmar que o ano foi "encerrado" bem neste semestre. A frase saiu após ele ser questionado por jornalistas se as eleições municipais de 3 de outubro atrapalharão os trabalhos no segundo semestre.
"Foi um trabalho muito bom, um grande trabalho. Encerramos o ano bem e vamos continuar dessa maneira, tentando ajudar o Brasil através do trabalho do Congresso. Isso é um ato falho, porque a gente pensa sempre que o problema da eleição vai parar um pouco, mas eu acredito que, em relação ao Senado, nós não vamos parar. Você não quer que eu, com 74 anos, não tenha um ato falho de transformar o semestre em um ano", disse Sarney, arrancando risos dos jornalistas.
Sarney (PMDB-AP) avaliou positivamente o desempenho do Legislativo no primeiro semestre deste ano, apesar das divergências com a Câmara dos Deputados. Ele convocou a imprensa para declarar que foi feito um "grande trabalho" e que o atrito com a Câmara faz parte de um "parlamento bicameral".
Ele citou como exemplos do "bom trabalho" a aprovação da reforma do Judiciário, do aumento da distribuição da Cofins, da fixação da data do plebiscito do desarmamento, da Lei de Falências, do Código Tributário, da Bolsa Atleta, projetos de interesses das mulheres, e programas para portadores de deficiência física e de disponibilização de medicamentos.
Conflito com a Câmara
Sobre os atritos com a Câmara, Sarney afirmou que, apesar das divergências, no final tudo acaba bem. Esse é o melhor exemplo, na opinião dele, do "bom" funcionamento do sistema bicameral.
"Uma Casa funciona de uma maneira e a outra de outra, e no fim as coisas se harmonizam no melhor interesse da sociedade. Por exemplo, a PEC paralela [da Previdência] foi votada hoje, então esse assunto já foi resolvido. No caso do salário mínimo, a Câmara votou de uma maneira, o Senado fixou a sua posição e, evidentemente esse é o jogo bicameral", declarou.
O peemedebista rechaçou a idéia defendida por alguns deputados, de extinguir o Senado, um reflexo da crise de poder envolvendo as duas Casas.
Segundo Sarney, não é a primeira vez que surge essa idéia de acabar com o Senado, mas a instituição é tão "necessária e tão boa", que tem atravessado incólume "esses tempos todos". Para ele, desde quando o Senado foi criado, se pensou também que ele era desnecessário.
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