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19/07/2004 - 06h19

CNBB critica vínculo entre voto e fé

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da Folha de S.Paulo

O vice-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Antônio Celso de Queirós, bispo de Catanduva (SP), condena a busca pelo candidato do voto evangélico diretamente do púlpito das igrejas.

"Fazer um ato religioso em favor de um candidato é misturar demais religião com política. Isso nós condenamos. A Igreja Católica não aprova este tipo de comportamento."

Historicamente, a Igreja Católica não se posiciona a favor ou contra um candidato, mas algumas pastorais, principalmente aquelas ligadas aos movimentos sociais, tendem a apoiar, embora não abertamente, candidatos ligados ao seu trabalho.

Segundo dom Celso, a Igreja Católica não está contra a prefeita Marta Suplicy (PT), candidata à reeleição em SP, pelo fato de ela defender bandeiras polêmicas, como a união civil entre homossexuais. "Um certo amparo legal [para pessoas do mesmo sexo] é até possível estudar. O que não apoiamos é o casamento."

Ele ainda afirma que o papel da igreja, neste caso, é apenas orientar os seus fiéis. "Eles são livres para votar em quem quiserem."

Para a antropóloga Regina Novaes, do Iser (Instituto Superior de Estudos da Religião), a influência do pastor no voto de seus fiéis depende da forma como ele aborda o tema na igreja. "O pastor é uma liderança que tem ascendência sobre os seus fiéis, mas, agora, ele tem que ter um poder de convencimento que não pode soar como imposição, porque senão os seus fiéis vão embora de sua igreja", afirma.

O sociólogo Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo, discorda de Novaes. Para ele, o pastor tem uma certa influência no voto de seus fiéis, mas a sua voz não é fator determinante. "Há outras influências, como o círculo de amigos e a mídia, por exemplo."

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