Publicidade
Publicidade
22/07/2004
-
08h26
da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha de S.Paulo
O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, delegado Francisco Baltazar da Silva, afirmou que é lícita a origem dos reais que usou para comprar dólares de Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona.
Segundo Baltazar, uma indenização por danos morais decorrente de ação judicial que moveu contra a revista "Veja" explica a compra dos dólares. Mas essa não foi a única fonte do dinheiro usado. Outras seriam, por exemplo, seu próprio salário ou a venda de um imóvel.
O delegado reafirmou que declarou ao Imposto de Renda o valor da indenização. Não revelou, no entanto, em que ano informou o fato ao fisco. "Isso é particular, meu, não interessa a ninguém. Não estou respondendo a processo nenhum", disse. Conforme "mandado de levantamento judicial" ao qual a reportagem da Folha teve acesso, Baltazar recebeu da editora responsável pela revista "Veja" R$ 604,86 mil em março de 1998.
Localizada por telefone em sua casa, em São Paulo, no início da noite de ontem, Isaura Almeida Dias Aiosa, que é mulher do delegado federal aposentado Paulo Miyoshi, afirmou não ter "nada para falar a respeito" de transações com o doleiro Toninho da Barcelona. Ela disse também que seu marido não estava em casa.
O subprocurador-geral da República Henrique Fagundes Filho admitiu que conhece e "gosta muito" de Barcelona. Mas negou que tenha comprado dólares. Afirmou que apenas descontou cheques de sua mãe e de sua tia, em valores que nunca ultrapassaram R$ 7.000 por operação.
O juiz federal Aroldo Washington disse que não conhece o doleiro. O magistrado afirmou que comprou cerca de US$ 10 mil para viagens que costuma fazer à Itália. Declarou a quantia ao Imposto de Renda e disse que o documento está à disposição da PF, para confirmar sua explicação. Afirmou ainda que jamais atuou em um processo que tivesse relação com Barcelona.
O juiz declarou que apenas procurou a casa de câmbio porque é vizinho dela --mora na mesma avenida São Luís, no centro de São Paulo.
Washington afirmou que a casa de câmbio, na época das aquisições, tinha autorização do Banco Central para a atividade. Disse que, por causa disso, não tinha motivos para suspeitar de problemas com a empresa.
O agente Jonson Lara Júnior não autoriza a divulgação de seu telefone pessoal para contato pelo serviço de informações. A Folha entregou à assessoria de comunicação da PF paulista, na última sexta-feira, pedido por escrito para ouvir oito policiais federais referidos na investigação sobre Barcelona, incluindo os agentes Lara Júnior e Ricardo Branco e os delegados Paulo Miyoshi e Mauro Abdo, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
O chefe da comunicação da PF paulista, Wagner Castilho, procurado ontem por telefone, não foi localizado nem ligou de volta em resposta ao recado.
Leia mais
Doleiro movimenta US$ 2,6 mi com policiais
Especial
Veja o que já foi publicado sobre Toninho da Barcelona
Superintendente em SP diz que sua compra foi lícita
Publicidade
da Folha de S.Paulo
O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, delegado Francisco Baltazar da Silva, afirmou que é lícita a origem dos reais que usou para comprar dólares de Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona.
Segundo Baltazar, uma indenização por danos morais decorrente de ação judicial que moveu contra a revista "Veja" explica a compra dos dólares. Mas essa não foi a única fonte do dinheiro usado. Outras seriam, por exemplo, seu próprio salário ou a venda de um imóvel.
O delegado reafirmou que declarou ao Imposto de Renda o valor da indenização. Não revelou, no entanto, em que ano informou o fato ao fisco. "Isso é particular, meu, não interessa a ninguém. Não estou respondendo a processo nenhum", disse. Conforme "mandado de levantamento judicial" ao qual a reportagem da Folha teve acesso, Baltazar recebeu da editora responsável pela revista "Veja" R$ 604,86 mil em março de 1998.
Localizada por telefone em sua casa, em São Paulo, no início da noite de ontem, Isaura Almeida Dias Aiosa, que é mulher do delegado federal aposentado Paulo Miyoshi, afirmou não ter "nada para falar a respeito" de transações com o doleiro Toninho da Barcelona. Ela disse também que seu marido não estava em casa.
O subprocurador-geral da República Henrique Fagundes Filho admitiu que conhece e "gosta muito" de Barcelona. Mas negou que tenha comprado dólares. Afirmou que apenas descontou cheques de sua mãe e de sua tia, em valores que nunca ultrapassaram R$ 7.000 por operação.
O juiz federal Aroldo Washington disse que não conhece o doleiro. O magistrado afirmou que comprou cerca de US$ 10 mil para viagens que costuma fazer à Itália. Declarou a quantia ao Imposto de Renda e disse que o documento está à disposição da PF, para confirmar sua explicação. Afirmou ainda que jamais atuou em um processo que tivesse relação com Barcelona.
O juiz declarou que apenas procurou a casa de câmbio porque é vizinho dela --mora na mesma avenida São Luís, no centro de São Paulo.
Washington afirmou que a casa de câmbio, na época das aquisições, tinha autorização do Banco Central para a atividade. Disse que, por causa disso, não tinha motivos para suspeitar de problemas com a empresa.
O agente Jonson Lara Júnior não autoriza a divulgação de seu telefone pessoal para contato pelo serviço de informações. A Folha entregou à assessoria de comunicação da PF paulista, na última sexta-feira, pedido por escrito para ouvir oito policiais federais referidos na investigação sobre Barcelona, incluindo os agentes Lara Júnior e Ricardo Branco e os delegados Paulo Miyoshi e Mauro Abdo, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
O chefe da comunicação da PF paulista, Wagner Castilho, procurado ontem por telefone, não foi localizado nem ligou de volta em resposta ao recado.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice