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22/07/2004 - 17h19

Arthur Virgílio insinua "casamento" entre Maluf e Marta nas eleições de SP

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online

Em caminhada com o candidato tucano a prefeito de São Paulo, José Serra, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse nesta quinta-feira estranhar o que chamou de "casamento" entre os candidatos Paulo Maluf (PP) e Marta Suplicy (PT) nas eleições paulistanas deste ano.

"Eu vejo a dificuldade que eles têm de emprestar votos para que a gente ouça o Maluf na CPI do Banestado. Isso é mais do que esquisito para mim. Não dá filho esse casamento do PT com o Maluf. Isso aí é um casamento, graças a Deus, estéril. Imagina se sai filho disso aí."

Aberta em junho de 2003, com base em investigação da Polícia Federal, a CPI do Banestado apura as responsabilidades sobre evasão de divisas do Brasil destinadas a paraísos fiscais --o montante soma US$ 30 bilhões, movimentados entre 96 e 97.

Virgílio disse ainda acreditar em uma "pax armada" entre Maluf e Marta e que a candidatura do ex-prefeito parece uma "candidatura auxiliar" a de Marta.

"Eles vão se degladiar porque eles sabem que o Serra vai para o segundo turno e que apenas um deles vai. Então essa "pax" entre eles é uma "pax armada". Eles vão brigar em algum momento. Mas, por enquanto, tenho percebido que, quando o Maluf faz alguma crítica a Marta, é algo do tipo 'bater sem doer', como se fosse uma candidatura auxiliar"

Críticas

O senador ainda atacou ambos os candidatos, ao dizer, em relação a Maluf, que "está tudo caminhando na direção de que ele é o dono da assinatura [em documentos remetidos ao Brasil pela Justiça suíça]. Quanto a Marta, ele afirmou que ela está baixando o nível da eleição e "falando coisas que a gente não escreve".

A assinatura a que ele se refere é a presente em uma carta redigida em inglês e destinada ao banco UBS de Zurique, em 16 de dezembro de 1996, na qual supostamente Maluf doa o saldo de uma conta bancária na Suíça aos seus quatro filhos.

A assessoria de Maluf informou que "não há nenhuma aliança entre Paulo Maluf e Marta Suplicy" e que o senador Arthur Virgílio é "desinformado", uma vez que a Justiça suíça arquivou as investigações que estavam sendo feitas sobre o candidato naquele país, a pedido de promotores públicos de São Paulo, por completa falta de provas ou evidências".

O coordenador da campanha petista e presidente do diretório municipal do partido, Ítalo Cardoso, respondeu às críticas e afirmou que "não há acordo nenhum com Maluf".

"É curioso ele dizer essas coisas, logo ele que, há menos de duas semanas, manobrou em plenário para livrar o vice-governador do Amazonas, Omar Aziz (PFL), acusado de explorar menores sexualmente, de um indiciamento na CPI da Prostituição Infantil. Ademais, o senador tucano é mestre em prejudicar o povo paulistano, como na vez em que atrasou no Senado a votação que liberaria um empréstimo do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] para revitalizar o Centro da cidade."

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