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26/07/2004
-
17h12
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse nesta segunda-feira, em São Paulo, que, se a diretoria do Banco do Brasil não for demitida, seu partido fará uma notificação ao Ministério Público, na qual pedirá a responsabilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do show que arrecadou fundos para a nova sede do PT.
"O que houve foi uma improbidade administrativa e eu quero repetir: o presidente da República, se não demitir o presidente e a diretoria do Banco do Brasil, ele passa a ser conivente com o crime de responsabilidade."
Neste mês, o BB gastou R$ 70 mil na compra de 70 mesas do show dos cantores Zezé di Camargo e Luciano na churrascaria Porcão, cujo objetivo era angariar fundos para a construção da nova sede do partido.
Bornhausen afirmou que, além de Lula, o ministro Antonio Palocci (Fazenda) também pode se tornar co-responsável no caso. "Quem nomeia o presidente do Banco do Brasil é o presidente da República, por decreto. E quem nomeia a diretoria é o ministro da Fazenda. Então os dois podem se tornar co-responsáveis num crime de responsabilidade, se não demitirem essa diretoria."
O senador disse ainda que o interesse do PFL é, além do ressarcimento dos recursos, a responsabilização dos envolvidos. "Nós estamos preparando uma notificação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas e queremos não só o ressarcimento, mas também a responsabilização daqueles que estão utilizando, de forma ilegal, inapropriada e criminosa, o dinheiro do BB para a construção de uma sede do PT."
O PSDB entrou no, dia 23, com uma representação no Ministério Público Federal pedindo abertura de uma investigação contra o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Segundo o texto, ele teria utilizado o cargo para "auferir vantagem patrimonial" ao PT.
De acordo com o senador, o PFL entrará com uma ação compatível com a do PSDB na próxima semana.
"Exame"
Sobre as denúncias da revista "Isto É", em que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o diretor de política monetária do BC, Luiz Augusto Candiota, são acusados de sonegação, omissão fiscal e evasão de divisas, o presidente do PFL afirmou que o assunto "requer exame".
"É um assunto que requer um exame real: havendo uma informação e ter uma outra informação correta. Eu não faria nenhuma manifestação sem que o departamento jurídico do partido tivesse a consciência do erro ou não. Nós vamos examinar, evidentemente. É uma questão muito mais da Receita [Federal] e anterior ao cargo que ele ocupa hoje. Então é preciso ter o devido cuidado para não se cometer um pré-julgamento."
Bornhausen esteve em São Paulo para uma reunião com integrantes do partido e, de acordo com ele, informou ao candidato a prefeito José Serra (PSDB) que gostaria de fazer, junto com o tucano, a visita ao bairro da Mooca (zona leste).
O candidato a vice na chapa de Serra, deputado Gilberto Kassab (PFL), também estava presente, assim como os senadores Marco Maciel (PFL-PE), e Romeu Tuma (PFL-SP) e o líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA). Bornhausen e Aleluia, no entanto, não acompanharam Serra durante toda a visita ao comércio da rua da Mooca.
Especial
Veja o que já foi publicado sobre o BB e o show para angariar fundos para o PT
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Bornhausen diz que PFL notificará Lula caso diretoria do BB não seja demitida
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da Folha Online
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse nesta segunda-feira, em São Paulo, que, se a diretoria do Banco do Brasil não for demitida, seu partido fará uma notificação ao Ministério Público, na qual pedirá a responsabilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do show que arrecadou fundos para a nova sede do PT.
"O que houve foi uma improbidade administrativa e eu quero repetir: o presidente da República, se não demitir o presidente e a diretoria do Banco do Brasil, ele passa a ser conivente com o crime de responsabilidade."
Neste mês, o BB gastou R$ 70 mil na compra de 70 mesas do show dos cantores Zezé di Camargo e Luciano na churrascaria Porcão, cujo objetivo era angariar fundos para a construção da nova sede do partido.
Bornhausen afirmou que, além de Lula, o ministro Antonio Palocci (Fazenda) também pode se tornar co-responsável no caso. "Quem nomeia o presidente do Banco do Brasil é o presidente da República, por decreto. E quem nomeia a diretoria é o ministro da Fazenda. Então os dois podem se tornar co-responsáveis num crime de responsabilidade, se não demitirem essa diretoria."
O senador disse ainda que o interesse do PFL é, além do ressarcimento dos recursos, a responsabilização dos envolvidos. "Nós estamos preparando uma notificação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas e queremos não só o ressarcimento, mas também a responsabilização daqueles que estão utilizando, de forma ilegal, inapropriada e criminosa, o dinheiro do BB para a construção de uma sede do PT."
O PSDB entrou no, dia 23, com uma representação no Ministério Público Federal pedindo abertura de uma investigação contra o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Segundo o texto, ele teria utilizado o cargo para "auferir vantagem patrimonial" ao PT.
De acordo com o senador, o PFL entrará com uma ação compatível com a do PSDB na próxima semana.
"Exame"
Sobre as denúncias da revista "Isto É", em que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o diretor de política monetária do BC, Luiz Augusto Candiota, são acusados de sonegação, omissão fiscal e evasão de divisas, o presidente do PFL afirmou que o assunto "requer exame".
"É um assunto que requer um exame real: havendo uma informação e ter uma outra informação correta. Eu não faria nenhuma manifestação sem que o departamento jurídico do partido tivesse a consciência do erro ou não. Nós vamos examinar, evidentemente. É uma questão muito mais da Receita [Federal] e anterior ao cargo que ele ocupa hoje. Então é preciso ter o devido cuidado para não se cometer um pré-julgamento."
Bornhausen esteve em São Paulo para uma reunião com integrantes do partido e, de acordo com ele, informou ao candidato a prefeito José Serra (PSDB) que gostaria de fazer, junto com o tucano, a visita ao bairro da Mooca (zona leste).
O candidato a vice na chapa de Serra, deputado Gilberto Kassab (PFL), também estava presente, assim como os senadores Marco Maciel (PFL-PE), e Romeu Tuma (PFL-SP) e o líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA). Bornhausen e Aleluia, no entanto, não acompanharam Serra durante toda a visita ao comércio da rua da Mooca.
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