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03/08/2004
-
08h31
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Palácio do Planalto considera "fato consumado" a saída hoje do ministro Álvaro Ribeiro da Costa do cargo de advogado-geral da União. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará com Ribeiro da Costa --demissionário pela segunda vez.
O próprio advogado-geral tem dito em conversas reservadas que está decidido a sair do cargo por conflitos insuperáveis com a Casa Civil do ministro José Dirceu.
Na semana passada, Ribeiro da Costa procurou Lula e pediu demissão. O presidente pediu que pensasse bem e marcou um encontro para a semana seguinte.
Era a segunda vez que Ribeiro da Costa pedia demissão. A primeira vez foi no caso "Larry Rohter", episódio no qual o correspondente do jornal "New York Times" escreveu reportagem sobre suposto abuso do presidente Lula no consumo de bebidas alcoólicas.
Na época, Lula bancou a decisão de não renovar o visto de trabalho de Rohter, o que equivalia a uma espécie de expulsão. A AGU (Advocacia Geral da União) foi acusada de não ter orientado corretamente o presidente.
Ribeiro da Costa se sentiu fritado pela acusação, que foi feita nos bastidores .
Apesar de o presidente ter pedido ao advogado-geral que pensasse melhor, ele mesmo não tem esperança de segurá-lo nem se esforçará mais para fazê-lo. Não há clima, dizem auxiliares do presidente, para a permanência dele no Palácio do Planalto.
Sem filiação partidária e fora do jogo político, ele tem sido "firme", segundo aliados, e "intransigente", de acordo com adversários, na defesa de suas posições nos debates internos do governo.
O comportamento de Ribeiro da Costa gerou forte desgaste com Dirceu e membros da Casa Civil que gostariam de uma atuação mais política na área jurídica.
Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, José Antonio Toffoli é cotado para substituir Ribeiro da Costa. Segundo interlocutores do presidente, o advogado Fernando Neves também está sendo cotado.
Especial
Veja o que já foi publicado sobre Álvaro Ribeiro da Costa
Saída de advogado-geral da União é "fato consumado" para Planalto
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Palácio do Planalto considera "fato consumado" a saída hoje do ministro Álvaro Ribeiro da Costa do cargo de advogado-geral da União. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará com Ribeiro da Costa --demissionário pela segunda vez.
O próprio advogado-geral tem dito em conversas reservadas que está decidido a sair do cargo por conflitos insuperáveis com a Casa Civil do ministro José Dirceu.
Na semana passada, Ribeiro da Costa procurou Lula e pediu demissão. O presidente pediu que pensasse bem e marcou um encontro para a semana seguinte.
Era a segunda vez que Ribeiro da Costa pedia demissão. A primeira vez foi no caso "Larry Rohter", episódio no qual o correspondente do jornal "New York Times" escreveu reportagem sobre suposto abuso do presidente Lula no consumo de bebidas alcoólicas.
Na época, Lula bancou a decisão de não renovar o visto de trabalho de Rohter, o que equivalia a uma espécie de expulsão. A AGU (Advocacia Geral da União) foi acusada de não ter orientado corretamente o presidente.
Ribeiro da Costa se sentiu fritado pela acusação, que foi feita nos bastidores .
Apesar de o presidente ter pedido ao advogado-geral que pensasse melhor, ele mesmo não tem esperança de segurá-lo nem se esforçará mais para fazê-lo. Não há clima, dizem auxiliares do presidente, para a permanência dele no Palácio do Planalto.
Sem filiação partidária e fora do jogo político, ele tem sido "firme", segundo aliados, e "intransigente", de acordo com adversários, na defesa de suas posições nos debates internos do governo.
O comportamento de Ribeiro da Costa gerou forte desgaste com Dirceu e membros da Casa Civil que gostariam de uma atuação mais política na área jurídica.
Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, José Antonio Toffoli é cotado para substituir Ribeiro da Costa. Segundo interlocutores do presidente, o advogado Fernando Neves também está sendo cotado.
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