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05/08/2004 - 08h06

PF reabrirá apuração da morte de Toninho do PT

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IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal vai retomar nas próximas semanas a investigação do assassinato de Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, prefeito de Campinas morto em 2001. O pedido para a reabertura é de sua mulher Roseana Moraes Garcia. Uma comissão da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência deverá acompanhar a apuração do caso, levantando informações com a Polícia Civil de São Paulo, que investigou o crime, e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Antes de tomar posse na Presidência no ano passado, Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se pessoalmente com Garcia. O caso seria reaberto e conduzido pela PF. Desde então, Lula vinha sinalizando o contrário. No dia 15 de julho, Lula recusou-se a receber Garcia em visita a Campinas.

Depois disso, Lula destacou o ministro Nilmário Miranda (Direitos Humanos) para tratar da questão. Ele conversou com Garcia e solicitou que ela encaminhasse formalmente a questão ao CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), de modo a legitimar a reabertura do caso. Segundo a Folha apurou, ultrapassada a questão formal estabelecida por Nilmário, a PF abrirá um inquérito para tratar do assassinato de Toninho do PT.

Garcia também deve encaminhar ao CDDPH um abaixo-assinado com mais de 50 mil assinaturas, obtido pela ONG "Quem Matou Toninho?", via internet.

A viúva de Toninho não concorda com os argumentos da Polícia Civil e do Ministério Público paulistas, segundo os quais a morte teria ocorrido "por acaso". O então prefeito de Campinas foi encontrado morto em seu carro, ao lado de um shopping, na noite do dia 10 de setembro de 2001.

O PT, a OAB e até mesmo o governador Geraldo Alckmin criticaram o trabalho da Polícia Civil nas investigações, cogitando repassar o inquérito para a Polícia Federal, em tese mais independente para conduzir as investigações, mas isso não aconteceu.

Ao assumir uma prefeitura extremamente endividada (70% superior ao Orçamento de 2001, de R$ 764 milhões), Toninho criticou e decidiu rever os contratos de lixo de terceirização da coleta e destinação do lixo (R$ 133 milhões por quatro anos), de segurança patrimonial (R$ 11 milhões por ano) e da merenda escolar (R$ 20,8 milhões anuais).

A Polícia Civil chegou a prender quatro suspeitos e divulgar que três deles haviam confessado o crime. Semanas depois, todos foram soltos devido a contradições surgidas em acareação entre eles.

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