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05/08/2004
-
12h32
ELAINE COTTA
da Folha Online, em Brasília
O líder do governo na Câmara, Prof. Luizinho (PT-SP), disse hoje que o objetivo da oposição ao aumentar a pressão para que os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, compareçam ao Congresso é "criar um clima de crise" no governo "no melhor momento da economia".
Ontem, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou o convite para que Meirelles e Casseb prestem esclarecimento sobre as denúncias de sonegação fiscal, evasão de divisas e má utilização de dinheiro público.
Na terça-feira, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) encaminhou requerimento para que Meirelles seja convidado a comparecer à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
'Não há juridicamente erro nas atitudes [de Meirelles e Casseb]. Eles já explicaram. É inaceitável que queiram desgastar a figura do presidente do Banco Central. Isso é trabalhar com fogo, é colocar o país em risco num momento em que a economia está crescendo', disse o deputado.
Segundo o deputado governista, as atitudes da oposição 'jogam contra o país' e mostram a intenção de se gerar um 'clima de crise' que não existe. 'Não há por que continuar com a insistência de criar clima de crise no melhor momento do país', disse. 'O crescimento da economia incomoda?', perguntou. 'As pessoas precisam ter responsabilidade.'
Retórica
Luizinho apenas reproduziu a retórica que está sendo adotada pelo governo para lidar com as denúncias feitas contra Casseb e Meirelles e às pressões da oposição para que pelo menos Casseb renuncie ao cargo. O presidente do BB também é acusado de ter usado a máquina do banco para promover um evento que visava arrecadar fundos para a construção da nova sede do PT.
Anteontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou a oposição ao afirmar não haver 'intrigas', 'futricas' e 'eleição' que possam impedir o desenvolvimento do país. No dia anterior, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, já havia respondido à oposição afirmando que as denúncias tinham fundo político, visando prejudicar o desempenho do PT nas eleições municipais de outubro deste ano.
Lula e Dirceu citaram em suas declarações dados positivos da economia, como os indicadores de produção, emprego, exportações e renda: 'podemos dizer com razoável dose de consenso: o Brasil entrou na rota do desenvolvimento', disse Lula. Dirceu afirmou que as denúncias ocorreram em razão do 'inconformismo' por parte da oposição diante dos sinais de avanços da economia brasileira.
Abafa
Luizinho também disse que Meirelles e Casseb irão ao Congresso prestar esclarecimento, mas que isso não é nenhuma 'novidade'. 'Eles virão ao Congresso, como já o fizeram outras vezes, e voltarão a vir em outras oportunidades. Não será a primeira, nem a última vez', afirmou o líder do governo.
Ontem, o ministro Aldo Rebelo (Articulação Política) negou que haja um desejo do governo de evitar o comparecimento de ambos ao Senado Federal para prestar esclarecimento sobre as denúncias. 'Não há um desejo ou não desejo do governo. O que há é uma reação do governo a uma tentativa da oposição de usar eleitoralmente esses episódios', disse.
Rebelo negou que o governo esteja preocupado com a vinda apenas de Casseb, não havendo impedimento no comparecimento de Henrique Meirelles.
Segundo ele, todos os esclarecimentos sobre as denúncias feitas contra os presidentes do Banco Central e Banco do Brasil já foram prestados e as denúncias já foram esvaziadas por falta de fundamento.
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Líder do governo diz que oposição "cria clima de crise" com Meirelles
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da Folha Online, em Brasília
O líder do governo na Câmara, Prof. Luizinho (PT-SP), disse hoje que o objetivo da oposição ao aumentar a pressão para que os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, compareçam ao Congresso é "criar um clima de crise" no governo "no melhor momento da economia".
Ontem, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou o convite para que Meirelles e Casseb prestem esclarecimento sobre as denúncias de sonegação fiscal, evasão de divisas e má utilização de dinheiro público.
Na terça-feira, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) encaminhou requerimento para que Meirelles seja convidado a comparecer à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
'Não há juridicamente erro nas atitudes [de Meirelles e Casseb]. Eles já explicaram. É inaceitável que queiram desgastar a figura do presidente do Banco Central. Isso é trabalhar com fogo, é colocar o país em risco num momento em que a economia está crescendo', disse o deputado.
Segundo o deputado governista, as atitudes da oposição 'jogam contra o país' e mostram a intenção de se gerar um 'clima de crise' que não existe. 'Não há por que continuar com a insistência de criar clima de crise no melhor momento do país', disse. 'O crescimento da economia incomoda?', perguntou. 'As pessoas precisam ter responsabilidade.'
Retórica
Luizinho apenas reproduziu a retórica que está sendo adotada pelo governo para lidar com as denúncias feitas contra Casseb e Meirelles e às pressões da oposição para que pelo menos Casseb renuncie ao cargo. O presidente do BB também é acusado de ter usado a máquina do banco para promover um evento que visava arrecadar fundos para a construção da nova sede do PT.
Anteontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou a oposição ao afirmar não haver 'intrigas', 'futricas' e 'eleição' que possam impedir o desenvolvimento do país. No dia anterior, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, já havia respondido à oposição afirmando que as denúncias tinham fundo político, visando prejudicar o desempenho do PT nas eleições municipais de outubro deste ano.
Lula e Dirceu citaram em suas declarações dados positivos da economia, como os indicadores de produção, emprego, exportações e renda: 'podemos dizer com razoável dose de consenso: o Brasil entrou na rota do desenvolvimento', disse Lula. Dirceu afirmou que as denúncias ocorreram em razão do 'inconformismo' por parte da oposição diante dos sinais de avanços da economia brasileira.
Abafa
Luizinho também disse que Meirelles e Casseb irão ao Congresso prestar esclarecimento, mas que isso não é nenhuma 'novidade'. 'Eles virão ao Congresso, como já o fizeram outras vezes, e voltarão a vir em outras oportunidades. Não será a primeira, nem a última vez', afirmou o líder do governo.
Ontem, o ministro Aldo Rebelo (Articulação Política) negou que haja um desejo do governo de evitar o comparecimento de ambos ao Senado Federal para prestar esclarecimento sobre as denúncias. 'Não há um desejo ou não desejo do governo. O que há é uma reação do governo a uma tentativa da oposição de usar eleitoralmente esses episódios', disse.
Rebelo negou que o governo esteja preocupado com a vinda apenas de Casseb, não havendo impedimento no comparecimento de Henrique Meirelles.
Segundo ele, todos os esclarecimentos sobre as denúncias feitas contra os presidentes do Banco Central e Banco do Brasil já foram prestados e as denúncias já foram esvaziadas por falta de fundamento.
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