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30/09/2009 - 15h11

Toffoli se emociona durante sabatina ao receber elogios de tucano e advogado do PSDB

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, ficou emocionado nesta quarta-feira durante sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado que vai decidir sobre sua indicação a uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele recebeu elogios públicos do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), à sua indicação e embargou a voz ao dirigir-se ao tucano --depois que Virgílio leu trecho de um e-mail enviado por um dos advogados do PSDB, Tom Villas Boas, com elogios a Toffoli.

"Me emocionei com o depoimento de Vossa Excelência e do Tom Vilas Boas", disse Toffoli. No e-mail, o advogado do PSDB recomendou que Virgílio aprovasse a indicação de Toffoli ao STF ao afirmar que nunca conheceu "pessoa tão correta" quanto o advogado.

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Segundo Virgílio, Toffoli e Villas Boas foram opositores no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições de 2006, quando um advogava para o PT e o outro, para os tucanos.

Em sua intervenção na sabatina, Virgílio fez uma série de elogios a Toffoli e anunciou que votará a favor da sua indicação para o STF. "Não estou diante de alguém inexperiente. O jurista opina, dá parecer, e também constrói o tal saber notório. Não tenho nada a contrapor a essa boa reputação de Vossa Excelência. Apesar de toda adversidade política passada, estou diante de alguém que conhece direito. Darei o voto a Vossa Excelência", afirmou.

Apesar de o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ter feito críticas à indicação de Toffoli por afirmar que o advogado não tem "notável saber jurídico" para chegar ao STF, o líder tucano disse acreditar na competência do ministro para o cargo.

"Eu quero elogiar o presidente Lula. Se tivesse tido a lucidez e a grandeza que teve para indicar nomes para o STF nas agências reguladoras, o Brasil estava melhor no seu futuro", afirmou.

Dias, por outro lado, classificou a indicação de Toffoli como "política" ao considerar que o advogado trabalhou para o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Essa assessoria parlamentar não confere o notório saber jurídico. Não é em demérito a Vossa Excelência, certamente vai se tornar um advogado com notório saber jurídico com o tempo, mas temos que escolher o melhor. O STF não pode ser cabide para premiar aqueles alinhados com o governo federal. É preciso escolher o melhor de todos eles", afirmou.

Em defesa de Toffoli, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que o advogado tem bagagem para chegar ao STF uma vez que títulos acadêmicos, como mestrado e doutorado, não são essenciais para construir o "notório saber jurídico".

"Eu sei que alguns acham que o título de mestrado ou doutorado é o título essencial. É evidente que contribui para a formação pessoal, mas não podemos apequenar", disse o petista.

Polêmica

A indicação de Toffoli causou polêmica no Senado pela sua idade e pelas ligações políticas com o PT.

O advogado-geral tem 41 anos e foi assessor da liderança do PT na Câmara e advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pesa ainda contra o advogado-geral a reprovação em dois concursos para a magistratura, um em 1994 e outro em 1995, além de não ter mestrado nem doutorado.

Na tentativa de diminuir as resistências e ganhar apoio, Toffoli visitou senadores do governo e da oposição. Ele também entregou aos senadores cópias de pareceres que defendeu no STF e foram mantidos pelos ministros.

Outro argumento utilizado foi de que à frente da AGU foi responsável por uma economia de pelo menos R$ 476 bilhões em processo judiciais que questionavam decisões do governo.

Comentários dos leitores
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
Mais uma vez se nota o papel do Estado brasileiro:onerar o povo com maiores impostos e prover os ricos com maiores salários..Ora,gosto de argumentar com fatos,e gostaria de saber em quanto o salário do povo em geral,em sua grande maioria,que é o salário mínimo,está defasado em relação ao que prega a Constituição e o que afirma o IPEA com seus dados alarmantes sobre a altíssima e "injusta" carga tributária brasileira:onde os ricos pagam menos impostos que os pobres.Agora estarão corretos os excelentíssimos ministros da Suprema Corte em exigiram uma correção do salário (em torno de 14%) maior que a própria inflação,enquanto o que prega a própria Constituição sobre a condição do salário mínimo servir à condições básicas que não dão nem pro começo de conversa?Onde está o sentimento de Justiça aí,onde o fosso entre ricos e pobres só aumenta?O roll que o Brasil pretende entrar,de país desenvolvido,está muito distante das atuais condições de mínima "equiparação salarial".Não defendo salários mais baixos para os ministros,mas salários mais justos para os mais pobres,e que pagam mais impostos sobre consumo básico do que os ricos em relação aos seus luxos e sua renda.Como ainda o "efeito cascata",é de se inimaginar o aumento do gasto do poder público com pagamento de pensão e penduricalhos para seus "altos" funcionários e outros que mamam nessa teta gorda..Pra que Lula?Precisamos é do povo gritar e se fazer escutar.Não com violência,ao contrário:com apelação às leis,queremos justiça... sem opinião
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Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Usando Martin Luther King
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Um pais que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. "Meu Brasil, doce terra de liberdade, eu te canto.Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"E se o Brasil é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.E assim ouvirei o sino da liberdade em Brasilia e em todos os rincoes .E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia"
"Livre afinal, livre afinal.
SERA QUE ISSO VAI ACONTECER? SEM UMA GRANDE PARTICIPACAO DA POPULACAO? ACABANDO COM O DOMINIO DE CORONEIS E CARTEIS?
DA PRA PENSAR NISTO? NESTE MOMENTO E PURA UTOPIA.
sem opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
A CNJ dá um bom e didático exemplo para todos.
Quisera, todas as demais instituições publicas ou privadas seguissem seu padrão elevado.
2 opiniões
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