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11/08/2004
-
13h43
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI mista do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), e o relator, deputado José Mentor (PT-SP), participaram hoje de um almoço promovido pelo vice-líder do governo no Senado Ney Suassuna (PMDB-PB).
O objetivo do encontro foi tentar "acalmar os ânimos" entre Paes de Barros e Mentor, que nos últimos dias trocaram acusações mútuas sobre a responsabilidade do vazamento de informações sigilosas em posse da comissão.
Além de Mentor e Paes de Barros, participaram do encontro os líderes partidários, tanto da oposição como da base aliada. Aliados e oposição querem que na reunião da CPI desta tarde, o discurso do presidente e do relator esteja afinado.
Queima de arquivo
Sobre a proposta de incineração dos documentos em poder da CPI do Banestado, Antero Paes de Barros disse defender a criação de uma subcomissão, dentro da própria CPI, para definir o que pode ou não ser descartado. "De qualquer forma o dano já foi feito. Fica difícil devolver a virgindade a alguém", disse o senador, referindo-se ao vazamento de informações.
O tucano voltou a criticar a atuação da relatoria da comissão, que na sua opinião pediu a quebra de sigilo de varias pessoas, bem com o envio de vários documentos que não eram pertinentes ao objeto em investigação na CPI.
"Temos que ter duas preocupações agora. A primeira, que nenhum culpado saia impune, depois de toda esta confusão. A segunda, que nenhum inocente tenha seu nome manchado pela CPI", disse Antero.
Sigilos
A CPI pediu em bloco a quebra de sigilos telefônicos, fiscais e bancários de pessoas físicas e jurídicas, prática condenada pela jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal) e pela própria assessoria jurídica da comissão. Os requerimentos devem ser apresentados um a um.
Em dezembro do ano passado, pelo menos 29 banqueiros e executivos do mercado financeiro tiveram seu sigilo fiscal quebrado sem a apresentação de indícios de irregularidades que justificassem o acesso a dados reservados.
O estopim para a mobilização do Congresso foi o vazamento de informações sigilosas contra os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, atribuídos pelo governo à comissão.
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Mentor e Antero tentam afinar discurso em reunião com líderes
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI mista do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), e o relator, deputado José Mentor (PT-SP), participaram hoje de um almoço promovido pelo vice-líder do governo no Senado Ney Suassuna (PMDB-PB).
O objetivo do encontro foi tentar "acalmar os ânimos" entre Paes de Barros e Mentor, que nos últimos dias trocaram acusações mútuas sobre a responsabilidade do vazamento de informações sigilosas em posse da comissão.
Além de Mentor e Paes de Barros, participaram do encontro os líderes partidários, tanto da oposição como da base aliada. Aliados e oposição querem que na reunião da CPI desta tarde, o discurso do presidente e do relator esteja afinado.
Queima de arquivo
Sobre a proposta de incineração dos documentos em poder da CPI do Banestado, Antero Paes de Barros disse defender a criação de uma subcomissão, dentro da própria CPI, para definir o que pode ou não ser descartado. "De qualquer forma o dano já foi feito. Fica difícil devolver a virgindade a alguém", disse o senador, referindo-se ao vazamento de informações.
O tucano voltou a criticar a atuação da relatoria da comissão, que na sua opinião pediu a quebra de sigilo de varias pessoas, bem com o envio de vários documentos que não eram pertinentes ao objeto em investigação na CPI.
"Temos que ter duas preocupações agora. A primeira, que nenhum culpado saia impune, depois de toda esta confusão. A segunda, que nenhum inocente tenha seu nome manchado pela CPI", disse Antero.
Sigilos
A CPI pediu em bloco a quebra de sigilos telefônicos, fiscais e bancários de pessoas físicas e jurídicas, prática condenada pela jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal) e pela própria assessoria jurídica da comissão. Os requerimentos devem ser apresentados um a um.
Em dezembro do ano passado, pelo menos 29 banqueiros e executivos do mercado financeiro tiveram seu sigilo fiscal quebrado sem a apresentação de indícios de irregularidades que justificassem o acesso a dados reservados.
O estopim para a mobilização do Congresso foi o vazamento de informações sigilosas contra os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, atribuídos pelo governo à comissão.
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