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19/08/2004
-
16h16
KELLY CRISTINA
da Folha Online
Uma visita inesperada do candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, Paulo Maluf, gerou confusão nesta quinta-feira na escola de lata Gonzaga do Nascimento, em Parelheiros, na periferia da zona sul. Apesar de barrado na porta, Maluf, que admitiu não ter pedido autorização para a visita, fez imagens para sua campanha eleitoral no local.
"A intenção era mesmo dar uma incerta. Só queremos ver o estado da escola. Nem o que está melhor nem o que está pior", disse Maluf. Ele estava acompanhado de sua equipe de filmagens, contratada pela produção do seu programa, e de assessores políticos.
Segundo sua assessoria, as imagens podem ser usadas no programa eleitoral gratuito do candidato, exibido às segundas, quartas e sextas.
De acordo com o coordenador de Educação da Subprefeitura de Parelheiros, Paulo César Deloroso, é proibida a entrada de qualquer equipe de filmagem ou fotógrafos nas dependências de uma escola municipal sem a notificação da Secretaria de Educação Municipal.
"Nós não sabíamos da visita. Ela foi inesperada. E de forma alguma a equipe dele poderia filmar a escola sem autorização. A prefeitura responde por qualquer uso de imagem da escola e das crianças. E Paulo Maluf não foi lá para passear e sim para realizar uma atividade política", disse Deloroso.
Confusão
Os portões foram abertos à comitiva de Maluf por um porteiro da escola e um dos assessores do candidato subiu para falar com a direção, enquanto Maluf e o grupo --entre jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e a equipe de produção do programa-- ficaram à espera no pátio de entrada.
Cerca de dez minutos depois, o assessor desceu com a notícia de que a entrada de todos estava proibida por falta de autorização da prefeitura. Outro rapaz que acompanhava a comitiva veio um pouco depois com a "informação" de que a coordenadora da escola, Marta Fernandes, pedia para que apenas Paulo Maluf subisse.
À Folha Online, Marta Fernandes negou, por telefone, que tenha convidado o candidato para entrar na escola . "Os portões da escola foram abertos por engano e ele subiu para falar comigo por iniciativa própria. Maluf também me pediu para entrar e beijar as crianças. Eu disse que não gostaria, mas mesmo assim ele o fez. Eu não poderia fazer uma barreira humana para impedir."
Promessa
As escolas de lata foram construídas em caráter emergencial na gestão Celso Pitta (1997-2000), que foi eleito com a ajuda do padrinho político e então prefeito Paulo Maluf (1993-96).
As unidades são consideradas inadequadas, principalmente, por problemas de acústica --quando chove, é impossível ouvir o que dizem os professores-- e de conforto --a escola é muito fria no inverno e "escaldante" no verão.
Maluf disse que vai substituir as 51 escolas de lata no primeiro ano de seu governo. Acordo entre a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público do Estado prevê a substituição das escolas de lata por unidades de alvenaria até o final de 2005.
"O que nós temos que proibir é que existam escolas de lata e não o registro de sua existência", disse Maluf.
Especial
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Barrado, Maluf "invade" escola de latinha na zona sul
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da Folha Online
Uma visita inesperada do candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, Paulo Maluf, gerou confusão nesta quinta-feira na escola de lata Gonzaga do Nascimento, em Parelheiros, na periferia da zona sul. Apesar de barrado na porta, Maluf, que admitiu não ter pedido autorização para a visita, fez imagens para sua campanha eleitoral no local.
"A intenção era mesmo dar uma incerta. Só queremos ver o estado da escola. Nem o que está melhor nem o que está pior", disse Maluf. Ele estava acompanhado de sua equipe de filmagens, contratada pela produção do seu programa, e de assessores políticos.
Segundo sua assessoria, as imagens podem ser usadas no programa eleitoral gratuito do candidato, exibido às segundas, quartas e sextas.
De acordo com o coordenador de Educação da Subprefeitura de Parelheiros, Paulo César Deloroso, é proibida a entrada de qualquer equipe de filmagem ou fotógrafos nas dependências de uma escola municipal sem a notificação da Secretaria de Educação Municipal.
"Nós não sabíamos da visita. Ela foi inesperada. E de forma alguma a equipe dele poderia filmar a escola sem autorização. A prefeitura responde por qualquer uso de imagem da escola e das crianças. E Paulo Maluf não foi lá para passear e sim para realizar uma atividade política", disse Deloroso.
Confusão
Os portões foram abertos à comitiva de Maluf por um porteiro da escola e um dos assessores do candidato subiu para falar com a direção, enquanto Maluf e o grupo --entre jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e a equipe de produção do programa-- ficaram à espera no pátio de entrada.
Cerca de dez minutos depois, o assessor desceu com a notícia de que a entrada de todos estava proibida por falta de autorização da prefeitura. Outro rapaz que acompanhava a comitiva veio um pouco depois com a "informação" de que a coordenadora da escola, Marta Fernandes, pedia para que apenas Paulo Maluf subisse.
À Folha Online, Marta Fernandes negou, por telefone, que tenha convidado o candidato para entrar na escola . "Os portões da escola foram abertos por engano e ele subiu para falar comigo por iniciativa própria. Maluf também me pediu para entrar e beijar as crianças. Eu disse que não gostaria, mas mesmo assim ele o fez. Eu não poderia fazer uma barreira humana para impedir."
Promessa
As escolas de lata foram construídas em caráter emergencial na gestão Celso Pitta (1997-2000), que foi eleito com a ajuda do padrinho político e então prefeito Paulo Maluf (1993-96).
As unidades são consideradas inadequadas, principalmente, por problemas de acústica --quando chove, é impossível ouvir o que dizem os professores-- e de conforto --a escola é muito fria no inverno e "escaldante" no verão.
Maluf disse que vai substituir as 51 escolas de lata no primeiro ano de seu governo. Acordo entre a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público do Estado prevê a substituição das escolas de lata por unidades de alvenaria até o final de 2005.
"O que nós temos que proibir é que existam escolas de lata e não o registro de sua existência", disse Maluf.
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