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24/08/2004
-
21h15
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
Os procuradores que coordenaram a Operação Farol da Colina pediram hoje à Justiça Federal a prisão preventiva do delegado da Polícia Federal em São Paulo Carlos Fernando Braga. O delegado está preso desde sábado sob acusação de ter vazado a informação da operação para o doleiro de São Paulo Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. A prisão foi temporária --com duração de cinco dias-- e venceria hoje. Uma ordem de preventiva pode estender a detenção do delegado por até 81 dias.
O procurador Vladimir Aras, da força-tarefa CC5 do Banestado --que organizou a operação da Polícia Federal em sete Estados e que resultou na prisão de 64 doleiros na terça-feira retrasada-- , confirmou ontem que Braga é suspeito de ter feito um telefonema a Toninho da Barcelona no sábado, 14, avisando da operação.
"Há um envolvimento dele com os fatos", disse o procurador. Segundo Aras, o telefonema do delegado Braga não foi o único feito a doleiros de São Paulo na véspera da operação.
"Vazou geral", afirmou o procurador. Reginaldo Chaves Peres, outro doleiro de São Paulo, e foragido, ligou no dia 16 para um funcionário de Toninho da Barcelona, "alertando sobre a operação e mandando ele fugir", disse Aras. "Tanta gente sabia, até os doleiros."
O procurador diz não haver nada contra o superintendente da PF em São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, que colocou o cargo à disposição ontem. "Só sabemos que Braga era assessor de Baltazar", disse.
A força-tarefa que investiga evasão de divisas para paraísos fiscais e lavagem de dinheiro fazia escuta com ordem judicial nos telefones de Toninho da Barcelona desde março deste ano, segundo o procurador. Durante o período, conseguiu prorrogar o tempo do grampo legal até a realização da megaoperação em sete Estados.
O pedido de prisão preventiva do delegado foi baseado na suspeita de violação de sigilo funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Até o fechamento desta edição, o juiz da vara de Curitiba especializada em lavagem de dinheiro, Sérgio Fernando Moro, não tinha anunciado sua decisão.
Especial
Veja o que já foi publicado sobre o caso Banestado
Procuradores pedem prisão preventiva de delegado que vazou informação
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da Agência Folha, em Curitiba
Os procuradores que coordenaram a Operação Farol da Colina pediram hoje à Justiça Federal a prisão preventiva do delegado da Polícia Federal em São Paulo Carlos Fernando Braga. O delegado está preso desde sábado sob acusação de ter vazado a informação da operação para o doleiro de São Paulo Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. A prisão foi temporária --com duração de cinco dias-- e venceria hoje. Uma ordem de preventiva pode estender a detenção do delegado por até 81 dias.
O procurador Vladimir Aras, da força-tarefa CC5 do Banestado --que organizou a operação da Polícia Federal em sete Estados e que resultou na prisão de 64 doleiros na terça-feira retrasada-- , confirmou ontem que Braga é suspeito de ter feito um telefonema a Toninho da Barcelona no sábado, 14, avisando da operação.
"Há um envolvimento dele com os fatos", disse o procurador. Segundo Aras, o telefonema do delegado Braga não foi o único feito a doleiros de São Paulo na véspera da operação.
"Vazou geral", afirmou o procurador. Reginaldo Chaves Peres, outro doleiro de São Paulo, e foragido, ligou no dia 16 para um funcionário de Toninho da Barcelona, "alertando sobre a operação e mandando ele fugir", disse Aras. "Tanta gente sabia, até os doleiros."
O procurador diz não haver nada contra o superintendente da PF em São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, que colocou o cargo à disposição ontem. "Só sabemos que Braga era assessor de Baltazar", disse.
A força-tarefa que investiga evasão de divisas para paraísos fiscais e lavagem de dinheiro fazia escuta com ordem judicial nos telefones de Toninho da Barcelona desde março deste ano, segundo o procurador. Durante o período, conseguiu prorrogar o tempo do grampo legal até a realização da megaoperação em sete Estados.
O pedido de prisão preventiva do delegado foi baseado na suspeita de violação de sigilo funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Até o fechamento desta edição, o juiz da vara de Curitiba especializada em lavagem de dinheiro, Sérgio Fernando Moro, não tinha anunciado sua decisão.
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