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25/08/2004
-
22h26
JOSÉ MASCHIO
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Londrina e Curitiba
O delegado da Polícia Federal em São Paulo Carlos Fernando Braga teve hoje sua prisão preventiva decretada pela 2ª Vara Criminal Federal de Curitiba, especializada em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. A preventiva foi decretada atendendo pedido dos procuradores da República da força-tarefa CC5, que desencadearam a Operação Farol da Colina.
Braga é suspeito de violação funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Através de gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça Federal, a força-tarefa concluiu que foi Braga quem alertou o doleiro Antônio Oliveira Claramunt sobre a operação. O delegado estava preso temporariamente desde o dia 14.
Claramunt, que seria preso no dia 17, foi preso no dia 16 --um dias antes da operação-- depois que a força-tarefa soube que ele se preparava para fugir de São Paulo. Em um telefonema, grampeado pela força-tarefa, Claramunt disse que iria sair de São Paulo e que havia sido avisado da operação "por um amigo". O amigo seria Braga.
O procurador Vladimir Aras, da força-tarefa CC5 do Banestado --que organizou a operação da Polícia Federal em sete Estados e que resultou na prisão de 64 doleiros--, confirmou que Braga é suspeito de ter feito um telefonema a Toninho da Barcelona no sábado, 14, avisando da operação. "Há um envolvimento dele com os fatos", disse o procurador. Segundo Aras, o telefonema do delegado Braga não foi o único feito a doleiros de São Paulo na véspera da operação.
"Vazou geral", afirmou o procurador. Reginaldo Chaves Peres, outro doleiro de São Paulo, e foragido, ligou no dia 16 para um funcionário de Toninho da Barcelona, "alertando sobre a operação", disse Aras.
"Tanta gente sabia, até os doleiros." O procurador diz não haver nada contra o superintendente da PF em São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, que deixou o cargo. "Só sabemos que Braga era assessor de Baltazar."
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Justiça Federal decreta preventiva de delegado da PF
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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Londrina e Curitiba
O delegado da Polícia Federal em São Paulo Carlos Fernando Braga teve hoje sua prisão preventiva decretada pela 2ª Vara Criminal Federal de Curitiba, especializada em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. A preventiva foi decretada atendendo pedido dos procuradores da República da força-tarefa CC5, que desencadearam a Operação Farol da Colina.
Braga é suspeito de violação funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Através de gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça Federal, a força-tarefa concluiu que foi Braga quem alertou o doleiro Antônio Oliveira Claramunt sobre a operação. O delegado estava preso temporariamente desde o dia 14.
Claramunt, que seria preso no dia 17, foi preso no dia 16 --um dias antes da operação-- depois que a força-tarefa soube que ele se preparava para fugir de São Paulo. Em um telefonema, grampeado pela força-tarefa, Claramunt disse que iria sair de São Paulo e que havia sido avisado da operação "por um amigo". O amigo seria Braga.
O procurador Vladimir Aras, da força-tarefa CC5 do Banestado --que organizou a operação da Polícia Federal em sete Estados e que resultou na prisão de 64 doleiros--, confirmou que Braga é suspeito de ter feito um telefonema a Toninho da Barcelona no sábado, 14, avisando da operação. "Há um envolvimento dele com os fatos", disse o procurador. Segundo Aras, o telefonema do delegado Braga não foi o único feito a doleiros de São Paulo na véspera da operação.
"Vazou geral", afirmou o procurador. Reginaldo Chaves Peres, outro doleiro de São Paulo, e foragido, ligou no dia 16 para um funcionário de Toninho da Barcelona, "alertando sobre a operação", disse Aras.
"Tanta gente sabia, até os doleiros." O procurador diz não haver nada contra o superintendente da PF em São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, que deixou o cargo. "Só sabemos que Braga era assessor de Baltazar."
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