Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/08/2004 - 00h13

Debate "antecipa" 2º turno, mas restringe duelo entre Marta e Serra

Publicidade

da Folha Online

O debate exibido na noite desta segunda-feira pela TV Record entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, o segundo encontro desde o início da campanha eleitoral, evidenciou a polarização da disputa entre Marta Suplicy (PT) e José Serra (PSDB). O clima, ao contrário da edição anterior, foi tenso.

Com fraco desempenho nas pesquisas de intenção de voto, os demais candidatos usaram seus minutos para atacar a petista e o tucano. Os dois encabeçam a última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado, Marta, com 34%, e Serra, 30%.

O embate direto entre Marta e Serra, no entanto, só ocorreu uma vez, no segundo bloco --total de cinco--, quando a petista o questionou sobre educação. Marta citou as "escolas de lata" do governo estadual. Serra contra-atacou afirmando que ela usava a imagem do governador Geraldo Alckmin (PSDB) quando lhe convém.

"Eu não construí nenhuma escola de lata. Aliás, eu herdei todinhas do Pitta [Celso, que a precedeu no cargo], e estão todas no processo de desativação. Agora, o Estado, que é governado pelo PSDB há 12 anos, construiu 215 escolas de latão, que são tão ruins quanto as de latinha", disse Marta.

"É interessante ver a candidata Marta: em um dia ela elogia o Alckmin, esperando colher votos; no outro dia, ela critica quando acha que isso é bom para um debate", afirmou Serra.

Na tréplica, assim como fizera no programa de TV, ela elogiou Alckmin. "Quanto ao governador Alckmin, eu me dou muito bem com ele e tem sido um excelente parceiro desde o primeiro dia."

Final

Ao final do debate, Marta reclamou dos ataques: "Eu gostaria de ter ouvido mais propostas, mas eu sendo prefeita, é natural que as pessoas se preocupem mais em atacar".

O tucano encerrou sua participação dizendo que nas ruas, tem encontrado pessoas "cujo olhar, aperto de mão, mostram que existe esperança" e que se sente "impulsionado [a disputar a eleição], muito mais que em qualquer época da minha vida".

Maluf

Afônico, o terceiro colocado na sondagem Datafolha, Paulo Maluf (PP), com 16%, fez sucessivas críticas à "maquiagem" das campanhas do PT e do PSDB.

"Veja, Paulinho, a incoerência, a maquiagem. Exatamente o que não fizeram no governo, Serra não fez na Saúde como ministro, e Marta não fez na Saúde como prefeita, eles vêm no programa maquiados agora prometer para os próximos quatro anos", disse, em resposta ao candidato do PDT, Paulinho.

Maluf ainda queixou-se das regras do debate, que o impediam de escolher Serra e Marta para perguntar --um candidato não podia ser questionado duas vezes no mesmo bloco. "Eu gostaria de perguntar para o Serra, ou pra Marta, mas pelo sorteio estou aqui no fim, portanto tenho poucas opções. Eu vou perguntar ao Paulinho."

Erundina

Com 6% das intenções de voto de acordo com o Datafolha, Luiza Erundina (PSB) explorou a carga tributária da cidade e os dois adversários que despontam na corrida eleitoral.

"Tem de usar a política tributária como indutora de crescimento e desenvolvimento econômico para gerar emprego, trabalho e renda. E é bom que o telespectador perceba que os candidatos que hoje disputam e acham até que serão os únicos que vão polarizar essa disputa são os responsáveis por essa política econômica [que gera desemprego]."

Também reclamou, várias vezes, "de campanhas milionárias" do PT e do PSDB. "Campanhas milionárias, bilionárias, e não é uma só campanha, não. No mínimo duas campanhas estão extrapolando, a meu ver, os limites da ética na política."

Leia mais
  • CEU Saúde e Educação são temas de debate entre candidatos
  • Mercadante critica afirmação de Alckmin sobre a disputa eleitoral em SP

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Marta Suplicy
  • Veja o especial de eleições
  • Veja as últimas pesquisas no site Datafolha
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página