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03/09/2004 - 20h22

Adversários de Pimentel acentuam criticas a "empreguismo" petista

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A vantagem do prefeito Fernando Pimentel (PT) na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte --que sinaliza que a eleição pode ser decidida no primeiro turno, segundo as pesquisas-- fez com que os adversários do petista elevassem o tom das críticas, centradas em dois eixos principais: o suposto "empreguismo" e as deficiências do sistema de ciclos nas escolas municipais.

Mas nada disso altera a campanha "light" do PT, coordenada pelo publicitário Duda Mendonça. Os programas de Pimentel na TV e no rádio não respondem aos ataques e críticas. O prefeito procura mostrar o que vem fazendo e o máximo que se permite é propor algumas correções de rumo, como na educação.

O "empreguismo" é o alvo preferido do deputado estadual João Leite, candidato do PSB, que diz que o Executivo municipal tem "63 secretarias", sem identificá-las. "Vamos enxugar a máquina e acabar com esse cabide de emprego", diz ele nos seus programas no rádio e na TV.

A Prefeitura de Belo Horizonte, na atual gestão, fez um rearranjo e dividiu a administração em 37 secretarias.

A prefeitura, no entanto, afirma que essa estrutura elevou em "menos de 1%" o número de pessoas em cargos comissionados, que é limitado pela lei orgânica do município. Seriam 1.298 cargos preenchidos, 79 a menos do que determina a lei. Alega ainda que 826 comissionados são funcionários concursados.

João Leite tenta crescer batendo nessa questão. Diz, por exemplo, que o "inchaço" tem o propósito de pôr "mais dinheiro no caixa do PT", por conta do "dízimo" que o partido cobra dos seus filiados.

O deputado federal Roberto Brant (PFL) também diz que "a prefeitura virou instrumento de empregos para militantes do PT". Mas é mais realista com os números. "Vou reduzir de 35 para 12 o número de secretarias."

Leite e Brant também criticam muito o sistema de ensino nas escolas públicas municipais, batizado pelo PT-BH de Escola Plural. Apesar da marca, o sistema, que permite que os alunos sejam avaliados ao final de cada ciclo, contemplando a progressão continuada, é o mesmo adotado por várias administrações públicas de Estados e municípios do país, inclusive Minas Gerais.

Recentemente, o presidente Lula classificou como "erro histórico" a adoção dos ciclos nas escolas públicas. Pimentel continua defendendo o modelo, mas, diante das críticas dos rivais, foi à TV dizer que a Escola Plural vai adotar maior rigor na questão da progressão continuada --única ocasião em que respondeu aos comentários dos adversários. Prometeu mudanças no método.

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