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04/09/2004
-
09h32
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
O PT contratou um time de estrelas para promoção de shows nas principais cidades do país. Para atrair o maior número possível de eleitores aos comícios dos candidatos do partido, o repertório é variado, do sertanejo de Zezé Di Camargo & Luciano, Leonardo e Rio Negro e Solimões ao clássico do pianista Arthur Moreira Lima. O grupo KLB e a cantora Wanessa Camargo também são atrações do PT.
Os gastos com os cerca de 40 shows já agendados ultrapassam R$ 2 milhões em cachê. Mas, como a disposição do partido é de realizar, pelo menos, 150 apresentações ao longo da campanha, as despesas com espetáculos, no mínimo, triplicarão.
O cachê pago varia de acordo com o artista. O maior, segundo a direção do PT, é de Zezé Di Camargo & Luciano: R$ 75 mil. Como a dupla fechou, por enquanto, 12 apresentações no país, sendo a última delas no dia 10, as despesas já somam R$ 900 mil.
O cantor Leonardo é contratado a R$ 60 mil. Até agora, foram sete os shows do cantor. Dos contratados, o pianista Arthur Moreira Lima é que recebe o menor cachê, de R$ 15 mil.
Organizador do calendário de espetáculos, o secretário nacional de Mobilização do PT, Francisco Campos, conta que o partido já atraiu 400 mil pessoas graças a 25 grandes shows em todo o país.
A estratégia, diz Campos, é a organização de "shows populares para atrair grande número de eleitores". As cidades são escaladas conforme a "estratégia nacional do partido", que elegeu 125 cidades como prioritárias.
A contratação dos cantores num pacote baixou o preço por cada um dos eventos.
Zezé e Luciano
A agenda não é exclusivamente destinada a candidatos petistas. Zezé Di Camargo & Luciano foram, por exemplo, estrelas de um show em Uberaba, onde o candidato do governo é o ex-ministro Anderson Adauto (PL). Na semana que vem, a dupla estará em Fortaleza, em apoio ao candidato Inácio Arruda (PC do B).
Sem divulgar o valor do contrato, nem o número de espetáculos acertado, o empresário de Zezé Di Camargo & Luciano, Romel Marques, diz que a dupla cobrou do PT de acordo com o mercado e explicou que, como exigem o transporte de equipamentos e staff em duas carretas e dois ônibus, essas viagens acabam custando mais do que os shows nos grandes centros.
Por isso, uma das recomendações ao PT foi de que a o roteiro levasse em conta a distância entre as cidades."O preço varia de acordo com a localização dos shows", disse.
Com um caminhão adaptado, o pianista Arthur Moreira Lima não sofre com esse problema. Seu caminho se transforma num palco. Procurado pela Folha, ele não quis falar sobre o contrato. "Não tenho tempo para tocar nesse assunto. Nada a declarar."
Segundo a assessoria do PT, essa contratação tem custo zero para o partido, já que os shows são pagos por cada candidato. Um dos candidatos petistas agraciados com um dos shows afirma que os custos ficaram por conta da nacional do PT.
Ontem, o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, chegou a comemorar um show de Wanessa Camargo como uma contribuição do partido. Depois, sua assessoria telefonou à Folha explicando que o candidato cometera um equívoco.
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PT fecha megapacote de shows eleitorais
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da Folha de S.Paulo
O PT contratou um time de estrelas para promoção de shows nas principais cidades do país. Para atrair o maior número possível de eleitores aos comícios dos candidatos do partido, o repertório é variado, do sertanejo de Zezé Di Camargo & Luciano, Leonardo e Rio Negro e Solimões ao clássico do pianista Arthur Moreira Lima. O grupo KLB e a cantora Wanessa Camargo também são atrações do PT.
Os gastos com os cerca de 40 shows já agendados ultrapassam R$ 2 milhões em cachê. Mas, como a disposição do partido é de realizar, pelo menos, 150 apresentações ao longo da campanha, as despesas com espetáculos, no mínimo, triplicarão.
O cachê pago varia de acordo com o artista. O maior, segundo a direção do PT, é de Zezé Di Camargo & Luciano: R$ 75 mil. Como a dupla fechou, por enquanto, 12 apresentações no país, sendo a última delas no dia 10, as despesas já somam R$ 900 mil.
O cantor Leonardo é contratado a R$ 60 mil. Até agora, foram sete os shows do cantor. Dos contratados, o pianista Arthur Moreira Lima é que recebe o menor cachê, de R$ 15 mil.
Organizador do calendário de espetáculos, o secretário nacional de Mobilização do PT, Francisco Campos, conta que o partido já atraiu 400 mil pessoas graças a 25 grandes shows em todo o país.
A estratégia, diz Campos, é a organização de "shows populares para atrair grande número de eleitores". As cidades são escaladas conforme a "estratégia nacional do partido", que elegeu 125 cidades como prioritárias.
A contratação dos cantores num pacote baixou o preço por cada um dos eventos.
Zezé e Luciano
A agenda não é exclusivamente destinada a candidatos petistas. Zezé Di Camargo & Luciano foram, por exemplo, estrelas de um show em Uberaba, onde o candidato do governo é o ex-ministro Anderson Adauto (PL). Na semana que vem, a dupla estará em Fortaleza, em apoio ao candidato Inácio Arruda (PC do B).
Sem divulgar o valor do contrato, nem o número de espetáculos acertado, o empresário de Zezé Di Camargo & Luciano, Romel Marques, diz que a dupla cobrou do PT de acordo com o mercado e explicou que, como exigem o transporte de equipamentos e staff em duas carretas e dois ônibus, essas viagens acabam custando mais do que os shows nos grandes centros.
Por isso, uma das recomendações ao PT foi de que a o roteiro levasse em conta a distância entre as cidades."O preço varia de acordo com a localização dos shows", disse.
Com um caminhão adaptado, o pianista Arthur Moreira Lima não sofre com esse problema. Seu caminho se transforma num palco. Procurado pela Folha, ele não quis falar sobre o contrato. "Não tenho tempo para tocar nesse assunto. Nada a declarar."
Segundo a assessoria do PT, essa contratação tem custo zero para o partido, já que os shows são pagos por cada candidato. Um dos candidatos petistas agraciados com um dos shows afirma que os custos ficaram por conta da nacional do PT.
Ontem, o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, chegou a comemorar um show de Wanessa Camargo como uma contribuição do partido. Depois, sua assessoria telefonou à Folha explicando que o candidato cometera um equívoco.
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