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13/09/2004
-
09h07
FLÁVIA MARREIRO
da Folha de S.Paulo
A três domingos da eleição, a prefeita Marta Suplicy é quem tem o eleitorado mais fiel: 77% dos que declaram voto na petista não cogitam mudar de idéia. Em segundo lugar no quesito, vem José Serra (PSDB), com 68%.
Os dois candidatos aumentaram seu percentual de enraizamento de voto. Serra cresceu nove pontos percentuais em 15 dias. Marta cresceu oito. Paulo Maluf (PP) ostenta índice alto de enraizamento: 67%, mas foi o único a não ter crescimento da taxa.
Os resultados são do Datafolha, baseados em pesquisa realizada na última sexta-feira. Podem ser considerados mais um subproduto do isolamento dos primeiros colocados em relação aos demais --a chamada polarização. Na intenção de voto da pesquisa, Serra tem 37%, Marta, 33%, Maluf, 12%, e Luiza Erundina (PSB), 4%.
Os dois candidatos em queda, Maluf e Erundina, têm os maiores índices de eleitores não-convictos. 44% dos que escolhem Erundina cogitam mudar de voto. Entre que dizem votar em Maluf, 33% podem mudar. Serra tem 30% no quesito. Marta, 23%.
Segundo voto
No eleitorado total, 69% dizem estar seguros da escolha, contra 29% que não descartam mudar. Nesse universo de não-convictos, Serra é apontado por 29% como segunda opção. Marta, por 23%.
Entre quem anuncia voto na prefeita, mas não está totalmente decidido, 55% dizem que optarão por Serra se resolverem mudar.
Entre os não-convictos malufistas, 56% escolheriam o tucano, que também seria a segunda opção para 35% dos que não estão certos em votar em Erundina.
O cruzamento entre enraizamento e destino do voto não-convicto permite enxergar um outro movimento de campanha: os ataques recentes de Erundina e Maluf a Serra. Na campanha do PSB, o objetivo é, primeiro, tentar estancar a ida de seus eleitores para Serra e, depois, roubar os próprios não-convictos do tucano.
Marta tem mais chances de capitalizar o voto dos eleitores inseguros na escolha de Serra: 42% deles votariam na prefeita. Só 9% dos malufistas na situação optariam por ela, contra 32% dos eleitores de Erundina.
A margem de erro da pesquisa, registrada no TRE sob o número 003900104-SPPE, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistados 1.725 eleitores de São Paulo.
Horário gratuito
O horário eleitoral tucano na TV é ótimo/bom para 73% dos que declaram ter visto o programa (54%) --o mais bem avaliado entre os candidatos.
Entre as mulheres, o índice chega a 76%, contra 69% dos homens.
A fórmula usada --exibição do governador Geraldo Alckmin e mulheres, ora gestantes, ora mães e avós agradecendo ao ex-ministro Serra por "feitos" na saúde-- tem funcionado. A avaliação positiva do programa do candidato tucano subiu: em 26 de agosto, a taxa ótimo/bom era 69%. A crítica mais pesada à gestão e a Marta, com "câmera escondida" nos hospitais, ficou para o programa dos candidatos a vereador do PSDB e para o horário no rádio.
Segundo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, é esperado que os movimentos da intenção de voto e da rejeição ao candidato acompanhem e contaminem os resultados da avaliação de TV --daí ser um fator considerado na subida do tucano.
Já o programa de Marta, em 15 dias, oscilou para baixo dois pontos: tinha 64% de avaliação boa/ótima e agora tem 62% --foi assistido por 55%. Entre as mulheres, o índice de ótimo/bom é 59%, contra 66% entre os homens.
Depois de explorar os 21 CEUs (Centro Educacional Unificado) construídos e a política de transportes, Marta passou às propostas: apoiou-se na saúde, área mais criticada pelos adversários. Apresentou o CEU-Saúde, mas teve de enfrentar críticas no horário eleitoral, principalmente de Serra.
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A três domingos da eleição, a prefeita Marta Suplicy é quem tem o eleitorado mais fiel: 77% dos que declaram voto na petista não cogitam mudar de idéia. Em segundo lugar no quesito, vem José Serra (PSDB), com 68%.
Os dois candidatos aumentaram seu percentual de enraizamento de voto. Serra cresceu nove pontos percentuais em 15 dias. Marta cresceu oito. Paulo Maluf (PP) ostenta índice alto de enraizamento: 67%, mas foi o único a não ter crescimento da taxa.
Os resultados são do Datafolha, baseados em pesquisa realizada na última sexta-feira. Podem ser considerados mais um subproduto do isolamento dos primeiros colocados em relação aos demais --a chamada polarização. Na intenção de voto da pesquisa, Serra tem 37%, Marta, 33%, Maluf, 12%, e Luiza Erundina (PSB), 4%.
Os dois candidatos em queda, Maluf e Erundina, têm os maiores índices de eleitores não-convictos. 44% dos que escolhem Erundina cogitam mudar de voto. Entre que dizem votar em Maluf, 33% podem mudar. Serra tem 30% no quesito. Marta, 23%.
Segundo voto
No eleitorado total, 69% dizem estar seguros da escolha, contra 29% que não descartam mudar. Nesse universo de não-convictos, Serra é apontado por 29% como segunda opção. Marta, por 23%.
Entre quem anuncia voto na prefeita, mas não está totalmente decidido, 55% dizem que optarão por Serra se resolverem mudar.
Entre os não-convictos malufistas, 56% escolheriam o tucano, que também seria a segunda opção para 35% dos que não estão certos em votar em Erundina.
O cruzamento entre enraizamento e destino do voto não-convicto permite enxergar um outro movimento de campanha: os ataques recentes de Erundina e Maluf a Serra. Na campanha do PSB, o objetivo é, primeiro, tentar estancar a ida de seus eleitores para Serra e, depois, roubar os próprios não-convictos do tucano.
Marta tem mais chances de capitalizar o voto dos eleitores inseguros na escolha de Serra: 42% deles votariam na prefeita. Só 9% dos malufistas na situação optariam por ela, contra 32% dos eleitores de Erundina.
A margem de erro da pesquisa, registrada no TRE sob o número 003900104-SPPE, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistados 1.725 eleitores de São Paulo.
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O horário eleitoral tucano na TV é ótimo/bom para 73% dos que declaram ter visto o programa (54%) --o mais bem avaliado entre os candidatos.
Entre as mulheres, o índice chega a 76%, contra 69% dos homens.
A fórmula usada --exibição do governador Geraldo Alckmin e mulheres, ora gestantes, ora mães e avós agradecendo ao ex-ministro Serra por "feitos" na saúde-- tem funcionado. A avaliação positiva do programa do candidato tucano subiu: em 26 de agosto, a taxa ótimo/bom era 69%. A crítica mais pesada à gestão e a Marta, com "câmera escondida" nos hospitais, ficou para o programa dos candidatos a vereador do PSDB e para o horário no rádio.
Segundo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, é esperado que os movimentos da intenção de voto e da rejeição ao candidato acompanhem e contaminem os resultados da avaliação de TV --daí ser um fator considerado na subida do tucano.
Já o programa de Marta, em 15 dias, oscilou para baixo dois pontos: tinha 64% de avaliação boa/ótima e agora tem 62% --foi assistido por 55%. Entre as mulheres, o índice de ótimo/bom é 59%, contra 66% entre os homens.
Depois de explorar os 21 CEUs (Centro Educacional Unificado) construídos e a política de transportes, Marta passou às propostas: apoiou-se na saúde, área mais criticada pelos adversários. Apresentou o CEU-Saúde, mas teve de enfrentar críticas no horário eleitoral, principalmente de Serra.
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