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14/09/2004
-
10h51
da Folha de S.Paulo
Os tucanos reagiram ontem aos ataques feitos por Luis Favre, marido da prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), e o compararam a Maria Antonieta, rainha francesa. Favre chamou o candidato José Serra (PSDB) de reacionário e enganador.
A contra-ofensiva partiu do deputado federal Walter Feldman, um dos coordenadores da campanha tucana, numa estratégia de poupar Serra dos embates diretos com o PT. A tática será mantida até a reta final do primeiro turno.
Feldman afirmou que falta a Favre o mesmo que faltava à Maria Antonieta: "compreensão do povo e da realidade".
"Maria Antonieta a todo momento fazia manifestações equivocadas. Se equivocava na interpretação da realidade", explicou o deputado, rememorando a mais célebre frase da rainha --"Se eles não têm pão, que comam brioches"--, dita ao povo francês, que passava fome.
A rainha Maria Antonieta, casada com o rei Luis 16, foi tida como um dos estopins da Revolução Francesa de 1789. Ela e o marido foram executados na guilhotina.
"Boa parte da reação negativa do povo com a monarquia se dava justamente por causa de Maria Antonieta. Enquanto o povo passava fome, ela fazia festas e bailes nos palácios", disse Feldman.
Ele explicou que Favre exerce o mesmo papel de Maria Antonieta, que "estava fora do processo político, mas atuava fazendo críticas".
"Favre faz política há 30 anos, e eu desconheço qualquer registro de participação dele em defesa de movimentos populares ou sindicais", acusou Feldman, na tentativa de desqualificar os ataques feitos por ele a Serra.
"Recolher o marido"
Segundo o deputado, as afirmações de Favre são "besteiras e bobagens". O tucano ainda recomendou à prefeita que ela "recolhesse o marido".
Serra afirmou apenas que ataques demostravam "aflição" e tentou evitar o assunto: "Mas nem conheço esse fulano [Favre]. Como sou candidato, não vou fazer psicologia do conhecimento para entender o porquê de eles fazerem isso ou aquilo".
O candidato fez campanha ontem pelas ruas do bairro Parque Edu Chaves (zona norte) e depois discursou em encontro no Sindicatos dos Engenheiros.
Nem Marta nem Favre quiseram comentar os ataques. Em nota oficial do PT, a coordenação de campanha informou que "o PSDB, ao atacar Luis Favre, tenta conduzir a discussão para o campo pessoal e fugir do debate sobre os temas fundamentais".
Em resposta direta às declarações feitas pelo deputado tucano, a nota informa: "o deputado Feldman, hoje porta-voz de ocasião dos tucanos, tem tanta empatia com o povo que é sempre preterido pela cúpula do PSDB em seu desejo de ser candidato a prefeito de São Paulo".
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Tucano compara marido da prefeita a Maria Antonieta
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Os tucanos reagiram ontem aos ataques feitos por Luis Favre, marido da prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), e o compararam a Maria Antonieta, rainha francesa. Favre chamou o candidato José Serra (PSDB) de reacionário e enganador.
A contra-ofensiva partiu do deputado federal Walter Feldman, um dos coordenadores da campanha tucana, numa estratégia de poupar Serra dos embates diretos com o PT. A tática será mantida até a reta final do primeiro turno.
Feldman afirmou que falta a Favre o mesmo que faltava à Maria Antonieta: "compreensão do povo e da realidade".
"Maria Antonieta a todo momento fazia manifestações equivocadas. Se equivocava na interpretação da realidade", explicou o deputado, rememorando a mais célebre frase da rainha --"Se eles não têm pão, que comam brioches"--, dita ao povo francês, que passava fome.
A rainha Maria Antonieta, casada com o rei Luis 16, foi tida como um dos estopins da Revolução Francesa de 1789. Ela e o marido foram executados na guilhotina.
"Boa parte da reação negativa do povo com a monarquia se dava justamente por causa de Maria Antonieta. Enquanto o povo passava fome, ela fazia festas e bailes nos palácios", disse Feldman.
Ele explicou que Favre exerce o mesmo papel de Maria Antonieta, que "estava fora do processo político, mas atuava fazendo críticas".
"Favre faz política há 30 anos, e eu desconheço qualquer registro de participação dele em defesa de movimentos populares ou sindicais", acusou Feldman, na tentativa de desqualificar os ataques feitos por ele a Serra.
"Recolher o marido"
Segundo o deputado, as afirmações de Favre são "besteiras e bobagens". O tucano ainda recomendou à prefeita que ela "recolhesse o marido".
Serra afirmou apenas que ataques demostravam "aflição" e tentou evitar o assunto: "Mas nem conheço esse fulano [Favre]. Como sou candidato, não vou fazer psicologia do conhecimento para entender o porquê de eles fazerem isso ou aquilo".
O candidato fez campanha ontem pelas ruas do bairro Parque Edu Chaves (zona norte) e depois discursou em encontro no Sindicatos dos Engenheiros.
Nem Marta nem Favre quiseram comentar os ataques. Em nota oficial do PT, a coordenação de campanha informou que "o PSDB, ao atacar Luis Favre, tenta conduzir a discussão para o campo pessoal e fugir do debate sobre os temas fundamentais".
Em resposta direta às declarações feitas pelo deputado tucano, a nota informa: "o deputado Feldman, hoje porta-voz de ocasião dos tucanos, tem tanta empatia com o povo que é sempre preterido pela cúpula do PSDB em seu desejo de ser candidato a prefeito de São Paulo".
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