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14/09/2004
-
20h28
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O publicitário Duda Mendonça, que comanda a estratégia de campanha da prefeita de São Paulo e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), disse hoje, em Recife, que o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), "passou do ponto" ao afirmar, em propaganda na TV, que "quem trabalha bem" com ele é o tucano José Serra.
Para o marqueteiro, a declaração de Alckmin influenciou a prefeita a elevar o tom de crítica ao PSDB e a afirmar que a eventual eleição de Serra conduziria o país a uma crise econômica nos próximos dois anos.
"Isso é um discurso que, naturalmente, tenta puxar a sardinha para o lado dela, sobretudo depois de uma coisa que aconteceu, que foi esquisito: o governador dizer que o único parceiro dele é o Serra. Você acha que isso é correto? Ele passou do ponto, naquele momento", declarou.
Ele se referia à propaganda a favor de Serra, veiculada no final do mês passado, na qual Alckmin afirmava: "Quem trabalha bem comigo é o Serra... Com ele na prefeitura e comigo no governo, vamos fazer muito mais".
As críticas de Duda Mendonça ao governador vieram um dia após a prefeita atacar diretamente o PSDB, pela primeira vez. "Em vez de ficar me criticando, o candidato José Serra não teria de explicar por que os estudantes do Estado não têm uniforme e transporte?", disse ela, na televisão.
Até então, a petista vinha chamando o governador de "bom parceiro" para tentar neutralizar o discurso do candidato do PSDB sobre as vantagens de trabalhar em sintonia com o Estado.
Em relação ao texto lido na semana passada por Marta Suplicy, no qual afirmava que uma eventual vitória de Serra significaria uma "crise política" de anos, Duda Mendonça afirmou que não viu uma crítica. "O que ela diz é pensamento dela", afirmou. "Eu entendi a colocação como: o que é melhor para São Paulo, o governador e o prefeito ser de oposição ao presidente ou não?"
Apesar das evidências, o publicitário negou mudanças de rumo na campanha da prefeita e justificou como sendo uma "reação natural" a postura mais crítica de Marta a poucos dias da eleição.
"São 12 candidatos [em São Paulo], e toda noite a prefeita apanha de 11", disse. "Então, tem uma hora que ela vai para a rua e sai chateada. E a assessoria não domina a ponto de dizer: 'não diga isso'. A prefeita é independente para fazer as coisas", declarou. "Em qualquer campanha, se você é atacado, em alguns momentos tem que responder."
Mendonça negou que tenha proposto a gravação de depoimento de apoio ao CEU Saúde pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deu também sua "palavra de honra" que nunca teve problemas de relacionamento com o marido de Marta, Luiz Favre. "Até hoje, zero problema."
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Duda Mendonça diz que Alckmin "passou do ponto"
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da Agência Folha, em Recife
O publicitário Duda Mendonça, que comanda a estratégia de campanha da prefeita de São Paulo e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), disse hoje, em Recife, que o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), "passou do ponto" ao afirmar, em propaganda na TV, que "quem trabalha bem" com ele é o tucano José Serra.
Para o marqueteiro, a declaração de Alckmin influenciou a prefeita a elevar o tom de crítica ao PSDB e a afirmar que a eventual eleição de Serra conduziria o país a uma crise econômica nos próximos dois anos.
"Isso é um discurso que, naturalmente, tenta puxar a sardinha para o lado dela, sobretudo depois de uma coisa que aconteceu, que foi esquisito: o governador dizer que o único parceiro dele é o Serra. Você acha que isso é correto? Ele passou do ponto, naquele momento", declarou.
Ele se referia à propaganda a favor de Serra, veiculada no final do mês passado, na qual Alckmin afirmava: "Quem trabalha bem comigo é o Serra... Com ele na prefeitura e comigo no governo, vamos fazer muito mais".
As críticas de Duda Mendonça ao governador vieram um dia após a prefeita atacar diretamente o PSDB, pela primeira vez. "Em vez de ficar me criticando, o candidato José Serra não teria de explicar por que os estudantes do Estado não têm uniforme e transporte?", disse ela, na televisão.
Até então, a petista vinha chamando o governador de "bom parceiro" para tentar neutralizar o discurso do candidato do PSDB sobre as vantagens de trabalhar em sintonia com o Estado.
Em relação ao texto lido na semana passada por Marta Suplicy, no qual afirmava que uma eventual vitória de Serra significaria uma "crise política" de anos, Duda Mendonça afirmou que não viu uma crítica. "O que ela diz é pensamento dela", afirmou. "Eu entendi a colocação como: o que é melhor para São Paulo, o governador e o prefeito ser de oposição ao presidente ou não?"
Apesar das evidências, o publicitário negou mudanças de rumo na campanha da prefeita e justificou como sendo uma "reação natural" a postura mais crítica de Marta a poucos dias da eleição.
"São 12 candidatos [em São Paulo], e toda noite a prefeita apanha de 11", disse. "Então, tem uma hora que ela vai para a rua e sai chateada. E a assessoria não domina a ponto de dizer: 'não diga isso'. A prefeita é independente para fazer as coisas", declarou. "Em qualquer campanha, se você é atacado, em alguns momentos tem que responder."
Mendonça negou que tenha proposto a gravação de depoimento de apoio ao CEU Saúde pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deu também sua "palavra de honra" que nunca teve problemas de relacionamento com o marido de Marta, Luiz Favre. "Até hoje, zero problema."
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