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15/09/2004
-
04h52
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
Uma blitz liderada pelo Ministério Público Estadual anteontem à tarde resultou na apreensão de documentos, notas fiscais, computadores e US$ 7.000 na casa do empresário Rogério Buratti, em Ribeirão Preto, na sede da empreiteira Leão Leão, também em Ribeirão, e na Prefeitura de Sertãozinho, do PSDB.
Buratti foi secretário de Governo do ministro Antonio Palocci (Fazenda) na sua primeira gestão na Prefeitura de Ribeirão (93-96).
A ação tinha como foco contrato para coleta de lixo e varrição de ruas entre a prefeitura e a empreiteira, no valor de R$ 22,5 milhões, durante cinco anos. O contrato foi assinado em 24 de agosto pelo prefeito José Alberto Gimenez (PSDB), candidato à reeleição.
Segundo a Folha apurou, a suspeita é que a concorrência foi uma farsa para entregar o contrato ao grupo Leão Leão. A licitação já havia sido anulada em junho, depois que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) multou Gimenez em R$ 6.000 por irregularidade no edital, que exigia 100% de capacitação técnica da empresa vencedora.
Levado a Ribeirão por Palocci, o empresário foi exonerado do cargo em 1994 após suposto favorecimento de empresas em licitações.
Após sair da prefeitura, ocupou cargos na Leão Leão. Em março, foi afastado da vice-presidência por suspeita de participação no caso Waldomiro Diniz, ex-assessor do ministro José Dirceu flagrado em vídeo de 2002 pedindo propina e doação a campanhas.
Ontem, a Leão Leão apresentou pedido à Justiça para que fossem devolvidos os documentos não relacionados ao contrato investigado, o que foi negado.
Outro lado
A Prefeitura de Sertãozinho e a Leão Leão informaram que não há irregularidades na licitação investigada pelo Ministério Público e que irão colaborar com a Justiça para provar a lisura do processo.
Rogério Buratti foi procurado para comentar o assunto, mas não foi encontrado. Seus advogados não se pronunciaram.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Rogério Buratti
Leia o que já foi publicado sobre o ministro Antonio Palocci
Polícia faz busca na casa de ex-secretário de Palocci
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da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
Uma blitz liderada pelo Ministério Público Estadual anteontem à tarde resultou na apreensão de documentos, notas fiscais, computadores e US$ 7.000 na casa do empresário Rogério Buratti, em Ribeirão Preto, na sede da empreiteira Leão Leão, também em Ribeirão, e na Prefeitura de Sertãozinho, do PSDB.
Buratti foi secretário de Governo do ministro Antonio Palocci (Fazenda) na sua primeira gestão na Prefeitura de Ribeirão (93-96).
A ação tinha como foco contrato para coleta de lixo e varrição de ruas entre a prefeitura e a empreiteira, no valor de R$ 22,5 milhões, durante cinco anos. O contrato foi assinado em 24 de agosto pelo prefeito José Alberto Gimenez (PSDB), candidato à reeleição.
Segundo a Folha apurou, a suspeita é que a concorrência foi uma farsa para entregar o contrato ao grupo Leão Leão. A licitação já havia sido anulada em junho, depois que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) multou Gimenez em R$ 6.000 por irregularidade no edital, que exigia 100% de capacitação técnica da empresa vencedora.
Levado a Ribeirão por Palocci, o empresário foi exonerado do cargo em 1994 após suposto favorecimento de empresas em licitações.
Após sair da prefeitura, ocupou cargos na Leão Leão. Em março, foi afastado da vice-presidência por suspeita de participação no caso Waldomiro Diniz, ex-assessor do ministro José Dirceu flagrado em vídeo de 2002 pedindo propina e doação a campanhas.
Ontem, a Leão Leão apresentou pedido à Justiça para que fossem devolvidos os documentos não relacionados ao contrato investigado, o que foi negado.
Outro lado
A Prefeitura de Sertãozinho e a Leão Leão informaram que não há irregularidades na licitação investigada pelo Ministério Público e que irão colaborar com a Justiça para provar a lisura do processo.
Rogério Buratti foi procurado para comentar o assunto, mas não foi encontrado. Seus advogados não se pronunciaram.
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