Serra diz estar "saturado" das perguntas pelo Twitter sobre candidatura

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou nesta quarta-feira estar "saturado" das perguntas pelo Twitter (microblog) sobre sua possível candidatura à Presidência em 2010.

"Eu estava saturado das perguntas dentro do Twitter. Estou cansado de ser perguntado, é apenas isso. Mas eu não quero que isso iniba vocês de perguntarem da mesma maneira que eu não vou responder", disse Serra.

Segundo ele, "ainda é cedo" para falar sobre o assunto. Em seu Twitter, Serra disse que se sente cansado de ter que evitar o assunto. O governador ainda brincou dizendo que, se tomar alguma decisão sobre o assunto, pode revelar o resultado no microblog.

"Estou cansado de NÃO responder à pergunta sobre a Presidência... É cedo. Talvez responda primeiro no Twitter. Quem sabe...", disse.

Serra tem demonstrado publicamente seu descontentamento com a pressão de aliados para que o PSDB apresente seu candidato ao Palácio do Planalto.

A indefinição de Serra tem incomodado também o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), outro presidenciável tucano. Aécio cobra uma breve definição para evitar que a pré-campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ganhe mais musculatura, depois da pré-aliança fechada com o PMDB.

Aécio disse ainda que o PSDB deve escolher até janeiro quem será seu candidato a presidente. Serra defende que a decisão ocorra somente em março.

Depois de enfrentar cobranças do DEM para definir o nome do candidato que vai disputar a Presidência da República em 2010, o PSDB também vem sofrendo nos bastidores pressão de legendas governistas favoráveis à aliança com os tucanos na corrida ao Palácio do Planalto.

O grupo do PMDB favorável à candidatura de Serra espera que o PSDB defina o nome do seu candidato para tentar reverter a decisão da cúpula peemedebista de apoiar a ministra.

A Folha Online apurou que, nos bastidores, peemedebistas contrários à aliança nacional com o PT vêm mantendo conversas com os tucanos para cobrar uma definição de candidatura. A ala serrista do PMDB avalia que, com a demora, o grupo favorável a Dilma ganha força dentro da legenda para fazer a aliança com o PT decolar.