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15/09/2004
-
20h32
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Marabá
Um grupo de 270 sem-terra, ligado à CPT (Comissão Pastoral da Terra), foi expulso por ao menos 17 homens armados da fazenda Gaúcha em Abel Figueiredo, município da região de Marabá (568 km de Belém), segundo relato de trabalhadores rurais. A ação da milícia armada ocorreu no fim de semana.
Ontem à tarde, 36 sem-terra, que estavam entre os expulsos da fazenda, acamparam ao lado da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Marabá.
No local, o grupo se juntou a outros sem-terra que mantêm cerca de cem barracas de lona ao lado do Incra há quatro meses.
"Ficamos reféns. Eles chegaram às 6h de sexta-feira. Tinham armados com revólveres e espingardas. Só às 11h de sábado saímos da fazenda", disse a sem-terra Ana Rodrigues Souza, 51, que estava na fazenda Gaúcha.
A área está na lista de 20 propriedades invadidas por 1.963 sem-terra na região de Marabá, onde a qualquer momento a Polícia Militar pode fazer desocupação por decisão do governo do Pará. A operação nas fazendas, anunciada para ter início hoje, não ocorreu até às 19h.
Segundo a CPT, o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, deve chegar amanhã a Marabá.
O delegado da Polícia Civil Sérgio Máximo disse que os sem-terra expulsos da fazenda não registraram queixa. Ele afirmou que há dez dias apreendeu 12 espingardas com os sem-terra na propriedade.
A reportagem não localizou o dono da fazenda. Ontem ao menos 50 lideranças dos sem-terra se reuniram em Marabá. "Eles resolveram que vão oferecer resistência contra a PM como puderem", afirmou o coordenador da CPT em Marabá, José Batista, 40.
Especial
Veja o que já foi publicado sobre a CPT
Sem-terra são expulsos de fazenda por homens armados no PA
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da Agência Folha, em Marabá
Um grupo de 270 sem-terra, ligado à CPT (Comissão Pastoral da Terra), foi expulso por ao menos 17 homens armados da fazenda Gaúcha em Abel Figueiredo, município da região de Marabá (568 km de Belém), segundo relato de trabalhadores rurais. A ação da milícia armada ocorreu no fim de semana.
Ontem à tarde, 36 sem-terra, que estavam entre os expulsos da fazenda, acamparam ao lado da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Marabá.
No local, o grupo se juntou a outros sem-terra que mantêm cerca de cem barracas de lona ao lado do Incra há quatro meses.
"Ficamos reféns. Eles chegaram às 6h de sexta-feira. Tinham armados com revólveres e espingardas. Só às 11h de sábado saímos da fazenda", disse a sem-terra Ana Rodrigues Souza, 51, que estava na fazenda Gaúcha.
A área está na lista de 20 propriedades invadidas por 1.963 sem-terra na região de Marabá, onde a qualquer momento a Polícia Militar pode fazer desocupação por decisão do governo do Pará. A operação nas fazendas, anunciada para ter início hoje, não ocorreu até às 19h.
Segundo a CPT, o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, deve chegar amanhã a Marabá.
O delegado da Polícia Civil Sérgio Máximo disse que os sem-terra expulsos da fazenda não registraram queixa. Ele afirmou que há dez dias apreendeu 12 espingardas com os sem-terra na propriedade.
A reportagem não localizou o dono da fazenda. Ontem ao menos 50 lideranças dos sem-terra se reuniram em Marabá. "Eles resolveram que vão oferecer resistência contra a PM como puderem", afirmou o coordenador da CPT em Marabá, José Batista, 40.
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