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23/09/2004
-
16h11
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
Numa operação batizada de "Caça-Vampiro", cerca de 150 militantes do PT tentaram impedir hoje o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, de fazer campanha no bairro de Vila São José (zona sul). O confronto gerou tumulto, troca de empurrões e terminou no 101º Distrito Policial (Jardim das Embuias).
O incidente começou por volta das 13h30, na praça José Boener Roschel, onde há um comitê do candidato à reeleição na Câmara Municipal Arselino Tatto (PT). Quando o tucano chegou à praça, veio a ordem do presidente zonal do PT em Capela do Socorro, Glauco Piai, para "ir em cima".
Militantes do PT cercaram Serra, sob coro de "vampiro" e "sanguessuga". "Vamos botar o Serra para correr", diziam.
Para Piai, "quando 'vampirinho' entra na região, a turma da Marta não deixa". "Isso é natural. Aqui na Capela do Socorro é o PT que funciona."
Carros de som do PT tocavam o jingle da campanha de reeleição de Marta Suplicy (PT) enquanto Serra cumprimentava comerciantes locais. Por mais de uma vez, o tucano adentrou o grupo de miltantes que o xingavam, o que causou empurra-empurra.
De acordo com o presidente zonal do PT, a "tática" faz parte da Operação Caça-Vampiro, que consiste em afugentar a campanha tucana da região. "A Capela do Socorro só tem dois acessos: a ponte Interlagos e a do Socorro. Todas as vezes em que eles [os tucanos] entram aqui, a gente fica sabendo, porque temos pessoas alocadas em lugares estratégicos. Aqui é um bairro do PT, por isso, tucano aqui não tem vez. Aqui tem a Operação Caça-Vampiro."
Delegacia
Após o confronto, o presidente municipal do PT, deputado Ítalo Cardoso, foi ao 101º DP para lavrar ocorrência. Estava acompanhado de quatro militantes que diziam ter sido agredidas por seguranças de José Serra. A coordenação da campanha do PSDB nega.
"É a quarta vez que ele [Serra] provoca a nossa militância e hoje parece que alguns seguranças agrediram três das moças que estão fazendo a nossa campanha. Estamos alertando a imprensa dessa tentativa que o Serra tem feito de se colocar como vítima de ser agredido", disse Ítalo.
Para ele, "estamos no meio de uma eleição difícil, é normal esse tipo de tensão, esse tipo de acirramento". "Tradicionalmente é uma campanha muito forte, então é comum a ação da nossa militância. O que não é comum é a tentativa do candidato José Serra de ser agredido."
Questionado sobre a "Operação Caça-Vampiro", respondeu: "Você pode dar a interpretação que quiser. O que existe é a orientação de não aceitar nenhum tipo de provocação".
Serra
Serra classificou o ato dos militantes de fascistóide. "Essa é uma ação fascistóide, de calar o adversário pela violência. Eu vivi momentos assim antes de 1964, pelo Comando de Caça aos Comunistas e no Chile, com o Patria e Libertad, de extrema direita. Eles estão seguindo essa trajetória."
O candidato disse ainda que adentrou no grupo para que as ofensas pudessem ser gravadas. "Eles estavam xingando e eu chamei para que gravassem o que estavam dizendo para se responsabilizar. É a tática da intimidação e da brutalidade."
Segundo o presidente municipal do PSDB, deputado Edson Aparecido, um cinegrafista da campanha foi agredido com varas de bandeiras do PT e foi levado para o PS do Grajaú. Segundo ele, será lavrado boletim de ocorrência.
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Briga entre militantes de Serra e Marta termina em delegacia na zona sul
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da Folha Online
Numa operação batizada de "Caça-Vampiro", cerca de 150 militantes do PT tentaram impedir hoje o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, de fazer campanha no bairro de Vila São José (zona sul). O confronto gerou tumulto, troca de empurrões e terminou no 101º Distrito Policial (Jardim das Embuias).
Folha Imagem |
Serra em confusão na zona sul |
O incidente começou por volta das 13h30, na praça José Boener Roschel, onde há um comitê do candidato à reeleição na Câmara Municipal Arselino Tatto (PT). Quando o tucano chegou à praça, veio a ordem do presidente zonal do PT em Capela do Socorro, Glauco Piai, para "ir em cima".
Militantes do PT cercaram Serra, sob coro de "vampiro" e "sanguessuga". "Vamos botar o Serra para correr", diziam.
Para Piai, "quando 'vampirinho' entra na região, a turma da Marta não deixa". "Isso é natural. Aqui na Capela do Socorro é o PT que funciona."
Carros de som do PT tocavam o jingle da campanha de reeleição de Marta Suplicy (PT) enquanto Serra cumprimentava comerciantes locais. Por mais de uma vez, o tucano adentrou o grupo de miltantes que o xingavam, o que causou empurra-empurra.
De acordo com o presidente zonal do PT, a "tática" faz parte da Operação Caça-Vampiro, que consiste em afugentar a campanha tucana da região. "A Capela do Socorro só tem dois acessos: a ponte Interlagos e a do Socorro. Todas as vezes em que eles [os tucanos] entram aqui, a gente fica sabendo, porque temos pessoas alocadas em lugares estratégicos. Aqui é um bairro do PT, por isso, tucano aqui não tem vez. Aqui tem a Operação Caça-Vampiro."
Delegacia
Após o confronto, o presidente municipal do PT, deputado Ítalo Cardoso, foi ao 101º DP para lavrar ocorrência. Estava acompanhado de quatro militantes que diziam ter sido agredidas por seguranças de José Serra. A coordenação da campanha do PSDB nega.
"É a quarta vez que ele [Serra] provoca a nossa militância e hoje parece que alguns seguranças agrediram três das moças que estão fazendo a nossa campanha. Estamos alertando a imprensa dessa tentativa que o Serra tem feito de se colocar como vítima de ser agredido", disse Ítalo.
Para ele, "estamos no meio de uma eleição difícil, é normal esse tipo de tensão, esse tipo de acirramento". "Tradicionalmente é uma campanha muito forte, então é comum a ação da nossa militância. O que não é comum é a tentativa do candidato José Serra de ser agredido."
Questionado sobre a "Operação Caça-Vampiro", respondeu: "Você pode dar a interpretação que quiser. O que existe é a orientação de não aceitar nenhum tipo de provocação".
Serra
Serra classificou o ato dos militantes de fascistóide. "Essa é uma ação fascistóide, de calar o adversário pela violência. Eu vivi momentos assim antes de 1964, pelo Comando de Caça aos Comunistas e no Chile, com o Patria e Libertad, de extrema direita. Eles estão seguindo essa trajetória."
O candidato disse ainda que adentrou no grupo para que as ofensas pudessem ser gravadas. "Eles estavam xingando e eu chamei para que gravassem o que estavam dizendo para se responsabilizar. É a tática da intimidação e da brutalidade."
Segundo o presidente municipal do PSDB, deputado Edson Aparecido, um cinegrafista da campanha foi agredido com varas de bandeiras do PT e foi levado para o PS do Grajaú. Segundo ele, será lavrado boletim de ocorrência.
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