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28/09/2004
-
12h49
MILENA BUOSI
da Folha Online
O candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, afirmou nesta terça-feira que a prefeita Marta Suplicy (PT) "pouco fez" na cidade e que ela continua sendo sua adversária política. Maluf também deu nota 6 para a administração petista e nota 8,5 para sua gestão (1993-1996).
O candidato disse que "discorda muito" da administração de Marta, mas que aprova alguns projetos, como o Bilhete Único e o Passa-Rápido. Já os túneis Cidade Jardim e Rebouças seriam feitos "de outro jeito" por Maluf.
"O resto ela [Marta] pouco fez. Ela põe na TV que está aumentando a avenida Jacu-Pêssego, não está. A obra está parada. Ela não fez nada em relação à avenida Roberto Marinho. A ponte que ela deixou lá está só com os tapumes. Ela deveria ter feito muito mais. Vai ter que juntar muita gente, muitos prefeitos para fazer o que eu fiz sozinho", disse, em entrevista à rádio Bandeirantes.
As críticas à administração petista serviram mais para dar uma "satisfação" aos eleitores de Maluf --que criticam o candidato porque ele teria feito um acordo com o PT-- do que para tentar "derrubar" a gestão petista na cidade.
O PP e o PT teriam firmado um pacto de não-agressão a Marta --principalmente nos programas de rádio e TV. Em troca, Maluf seria beneficiado dentro dos limites legais na CPI do Banestado, que apura envio de recursos para o exterior.
Para tentar justificar que não apóia Marta, Maluf tentou mostrar que, se existe algum candidato que mudou de lado, foi Serra.
"Na campanha de 2000 eu fui para o segundo turno com a Marta. Portanto, adversários naquela ocasião e continuamos adversários", disse.
"Quem era companheiro de palanque da Marta era o Serra. O Alckmin [governador Geraldo Alckmin, governador de São Paulo] não foi para o segundo turno. Quem ficou com elogios a Marta era o Serra. O Serra é que mudou. Hoje ele ataca o PT, atacou o Lula, a Marta. Eu não mudei. Eu não estou no palanque de ninguém."
Governo federal
O candidato, no entanto, defendeu a prefeita ao dizer que o governo federal, quando administrado pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, não liberou verbas para a cidade de São Paulo nos dois primeiros meses de governo de Marta.
O PT alega que algumas obras foram entregues em ano eleitoral porque conseguiram a liberação de recursos federais apenas no governo Lula.
"Ela [Marta] tem razão. O BNDES segurou dinheiro comigo, com o Pitta e nos dois primeiros anos de governo dela", disse Maluf.
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Maluf afirma que Marta "pouco fez" e dá nota 6 para administração
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O candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, afirmou nesta terça-feira que a prefeita Marta Suplicy (PT) "pouco fez" na cidade e que ela continua sendo sua adversária política. Maluf também deu nota 6 para a administração petista e nota 8,5 para sua gestão (1993-1996).
O candidato disse que "discorda muito" da administração de Marta, mas que aprova alguns projetos, como o Bilhete Único e o Passa-Rápido. Já os túneis Cidade Jardim e Rebouças seriam feitos "de outro jeito" por Maluf.
"O resto ela [Marta] pouco fez. Ela põe na TV que está aumentando a avenida Jacu-Pêssego, não está. A obra está parada. Ela não fez nada em relação à avenida Roberto Marinho. A ponte que ela deixou lá está só com os tapumes. Ela deveria ter feito muito mais. Vai ter que juntar muita gente, muitos prefeitos para fazer o que eu fiz sozinho", disse, em entrevista à rádio Bandeirantes.
As críticas à administração petista serviram mais para dar uma "satisfação" aos eleitores de Maluf --que criticam o candidato porque ele teria feito um acordo com o PT-- do que para tentar "derrubar" a gestão petista na cidade.
O PP e o PT teriam firmado um pacto de não-agressão a Marta --principalmente nos programas de rádio e TV. Em troca, Maluf seria beneficiado dentro dos limites legais na CPI do Banestado, que apura envio de recursos para o exterior.
Para tentar justificar que não apóia Marta, Maluf tentou mostrar que, se existe algum candidato que mudou de lado, foi Serra.
"Na campanha de 2000 eu fui para o segundo turno com a Marta. Portanto, adversários naquela ocasião e continuamos adversários", disse.
"Quem era companheiro de palanque da Marta era o Serra. O Alckmin [governador Geraldo Alckmin, governador de São Paulo] não foi para o segundo turno. Quem ficou com elogios a Marta era o Serra. O Serra é que mudou. Hoje ele ataca o PT, atacou o Lula, a Marta. Eu não mudei. Eu não estou no palanque de ninguém."
Governo federal
O candidato, no entanto, defendeu a prefeita ao dizer que o governo federal, quando administrado pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, não liberou verbas para a cidade de São Paulo nos dois primeiros meses de governo de Marta.
O PT alega que algumas obras foram entregues em ano eleitoral porque conseguiram a liberação de recursos federais apenas no governo Lula.
"Ela [Marta] tem razão. O BNDES segurou dinheiro comigo, com o Pitta e nos dois primeiros anos de governo dela", disse Maluf.
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