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01/10/2004
-
00h33
JANAÍNA LAGE
da Folha Online, no Rio
A dois dias das eleições municipais, os ex-parceiros políticos Cesar Maia (PFL) e Luiz Paulo Conde (PMDB) trocaram agressões durante o debate da noite desta quinta-feira no Rio de Janeiro.
O pivô da discussão foi a possível manutenção do secretário da Saúde do Rio, Ronaldo Cezar Coelho, caso Cesar Maia seja reeleito. A Saúde é apontada pelos adversários do atual prefeito como o ponto fraco de sua gestão.
Conde afirmou que a manutenção de um banqueiro no cargo só poderia ser explicada pelo suposto papel de financiador da campanha de candidatura do prefeito. Maia pediu direito de resposta e afirmou que nunca havia jogado na cara de Conde o apoio das empresas do ramo imobiliário ao ex-prefeito.
Conde foi eleito em 1996 como sucessor da primeira gestão de Cesar Maia. Nesta eleição, o candidato conta com o apoio da governadora do Estado, Rosinha Matheus (PMDB), e do ex-governador Anthony Garotinho, desafetos de Maia.
O prefeito apresentou um documento, supostamente do Ministério Público, com acusações de enriquecimento contra Conde. De acordo com Maia, Conde teria duas empresas em 1990, que apresentaram súbito crescimento dos lucros até atingir a marca de R$ 6,237 milhões.
Aos gritos, Conde chamou maia de "mentiroso" e "hipócrita" e afirmou que o documento havia sido forjado.
A discussão chegou a tal ponto que, após sucessivas concessões de direito de resposta, a candidata do PC do B, Jandira Fegali, reclamou de ser obrigada a presenciar um debate paralelo.
Após intervalo, os candidatos pediram desculpas à população. Maia afirmou ter sido agredido, e Conde disse que era "humano" e "quente".
Apoios
O candidato do PT, Jorge Bittar, arcou com as inúmeras reclamações dos adversários sobre a gestão Lula.
Fegali questionou a capacidade de Bittar para administrar a cidade, com apoio do candidato ao aumento do superávit primário, a taxação dos inativos e a política de juros altos.
Bittar apresentou suas propostas, mas afirmou que a maior parte da população do Rio nem sabe o que é superávit primário.
Sobre as críticas de Maia ao partido, Bittar afirmou que é de "causar estranheza" o prefeito apoiar candidatos do PT em Niterói e em Nova Iguaçu se existem tantos pontos de discordância.
A estratégia do atual prefeito, de fazer chacota dos adversários com apelidos como baleia encalhada para Conde e rabanete --vermelho por fora, branco por dentro, para Fegali, foi lembrado pelos adversários.
Segundo Fegali, as críticas ao seu cabelo encaracolado, representariam o preconceito do prefeito com a miscigenação do povo brasileiro.
O segundo colocado nas pesquisas, o bispo Marcelo Crivella (PL), negou as acusações de misturar política e religião. "Eu deixo que as pessoas me vejam com o bem ou o mal que têm seus corações".
Segundo Crivella, sua luta é contra a escravidão do povo brasileiro com a "política econômica desastrada" do governo Lula.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Luiz Paulo Conde
Leia o que já foi publicado sobre César Maia
Leia o que já foi publicado sobre as eleições no Rio de Janeiro
Ex-aliados, César Maia e Conde trocam ofensas durante debate no Rio
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da Folha Online, no Rio
A dois dias das eleições municipais, os ex-parceiros políticos Cesar Maia (PFL) e Luiz Paulo Conde (PMDB) trocaram agressões durante o debate da noite desta quinta-feira no Rio de Janeiro.
O pivô da discussão foi a possível manutenção do secretário da Saúde do Rio, Ronaldo Cezar Coelho, caso Cesar Maia seja reeleito. A Saúde é apontada pelos adversários do atual prefeito como o ponto fraco de sua gestão.
Conde afirmou que a manutenção de um banqueiro no cargo só poderia ser explicada pelo suposto papel de financiador da campanha de candidatura do prefeito. Maia pediu direito de resposta e afirmou que nunca havia jogado na cara de Conde o apoio das empresas do ramo imobiliário ao ex-prefeito.
Conde foi eleito em 1996 como sucessor da primeira gestão de Cesar Maia. Nesta eleição, o candidato conta com o apoio da governadora do Estado, Rosinha Matheus (PMDB), e do ex-governador Anthony Garotinho, desafetos de Maia.
O prefeito apresentou um documento, supostamente do Ministério Público, com acusações de enriquecimento contra Conde. De acordo com Maia, Conde teria duas empresas em 1990, que apresentaram súbito crescimento dos lucros até atingir a marca de R$ 6,237 milhões.
Aos gritos, Conde chamou maia de "mentiroso" e "hipócrita" e afirmou que o documento havia sido forjado.
A discussão chegou a tal ponto que, após sucessivas concessões de direito de resposta, a candidata do PC do B, Jandira Fegali, reclamou de ser obrigada a presenciar um debate paralelo.
Após intervalo, os candidatos pediram desculpas à população. Maia afirmou ter sido agredido, e Conde disse que era "humano" e "quente".
Apoios
O candidato do PT, Jorge Bittar, arcou com as inúmeras reclamações dos adversários sobre a gestão Lula.
Fegali questionou a capacidade de Bittar para administrar a cidade, com apoio do candidato ao aumento do superávit primário, a taxação dos inativos e a política de juros altos.
Bittar apresentou suas propostas, mas afirmou que a maior parte da população do Rio nem sabe o que é superávit primário.
Sobre as críticas de Maia ao partido, Bittar afirmou que é de "causar estranheza" o prefeito apoiar candidatos do PT em Niterói e em Nova Iguaçu se existem tantos pontos de discordância.
A estratégia do atual prefeito, de fazer chacota dos adversários com apelidos como baleia encalhada para Conde e rabanete --vermelho por fora, branco por dentro, para Fegali, foi lembrado pelos adversários.
Segundo Fegali, as críticas ao seu cabelo encaracolado, representariam o preconceito do prefeito com a miscigenação do povo brasileiro.
O segundo colocado nas pesquisas, o bispo Marcelo Crivella (PL), negou as acusações de misturar política e religião. "Eu deixo que as pessoas me vejam com o bem ou o mal que têm seus corações".
Segundo Crivella, sua luta é contra a escravidão do povo brasileiro com a "política econômica desastrada" do governo Lula.
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