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03/10/2004
-
23h40
da Folha Online
O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), disse hoje, logo após ser informado da vitória no primeiro turno, que as estratégias adotadas para conquistar o que ele considera o seu quarto mandato na cidade --já havia sido prefeito duas vezes e emplacou Luiz Paulo Conde como sucessor em outra-- foi defender o voto útil e contrário à candidatura de Conde (PMDB).
Maia demorou para conceder a entrevista e atendeu os jornalistas com os olhos ainda vermelhos. Justificando-se, ele afirmou que precisou "tomar banho para enxugar as lágrimas".
Segundo o prefeito reeleito, a participação no debate da TV Globo na última quinta-feira foi "definitiva" para conquistar os votos dos indecisos. Durante o debate, o candidato do PFL apresentou documentos sobre o suposto enriquecimento súbito de Conde.
De acordo com Maia, a estratégia consistiu em fazer com que a candidatura Crivella crescesse para que Conde, com quem disputa eleitores de mesmo perfil de eleitores, se enfraquecesse.
2006
Sobre uma análise nacional de sua vitória, Maia disse que ainda vai esperar o resultado da eleição em São Paulo para então verificar o êxito da aliança entre PSDB e PFL nas duas maiores cidades do país.
Ele descartou abandonar o mandato de prefeito antes de seu término para concorrer a outro cargo antes de 2006, quando acontecem eleições para governador do Rio de Janeiro e presidente da República.
"Com os elementos que tenho hoje, acho que essa possibilidade não existe."
Próximos passos
Maia disse ainda que pretende pedir uma audiência com o ministro Humberto Costa (Saúde) para tentar melhorar os hospitais do Rio de Janeiro. A saúde pública foi considerada pelo próprio prefeito o ponto fraco de sua campanha.
Quanto à manutenção do secretário da Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, Maia afirmou que deseja sua continuidade no cargo no próximo mandato.
O prefeito também destacou a necessidade de intensificar o programa de reconversão da economia do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a cidade. Maia chama de "reconversão" a reversão desse processo.
Ele ainda admitiu que pretende utilizar projetos de adversários no seu próximo mandato. Como já havia mencionado, pretende implantar no Rio de Janeiro o bilhete único --em que o passageiro paga apenas uma passagem e pode tomar diversos ônibus em um certo período de tempo. Segundo ele, a integração metrô-ônibus na cidade --já realizada-- é o primeiro passo nesse sentido.
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Cesar Maia chora e atribui vitória por um triz a voto útil
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O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), disse hoje, logo após ser informado da vitória no primeiro turno, que as estratégias adotadas para conquistar o que ele considera o seu quarto mandato na cidade --já havia sido prefeito duas vezes e emplacou Luiz Paulo Conde como sucessor em outra-- foi defender o voto útil e contrário à candidatura de Conde (PMDB).
Maia demorou para conceder a entrevista e atendeu os jornalistas com os olhos ainda vermelhos. Justificando-se, ele afirmou que precisou "tomar banho para enxugar as lágrimas".
Segundo o prefeito reeleito, a participação no debate da TV Globo na última quinta-feira foi "definitiva" para conquistar os votos dos indecisos. Durante o debate, o candidato do PFL apresentou documentos sobre o suposto enriquecimento súbito de Conde.
De acordo com Maia, a estratégia consistiu em fazer com que a candidatura Crivella crescesse para que Conde, com quem disputa eleitores de mesmo perfil de eleitores, se enfraquecesse.
2006
Sobre uma análise nacional de sua vitória, Maia disse que ainda vai esperar o resultado da eleição em São Paulo para então verificar o êxito da aliança entre PSDB e PFL nas duas maiores cidades do país.
Ele descartou abandonar o mandato de prefeito antes de seu término para concorrer a outro cargo antes de 2006, quando acontecem eleições para governador do Rio de Janeiro e presidente da República.
"Com os elementos que tenho hoje, acho que essa possibilidade não existe."
Próximos passos
Maia disse ainda que pretende pedir uma audiência com o ministro Humberto Costa (Saúde) para tentar melhorar os hospitais do Rio de Janeiro. A saúde pública foi considerada pelo próprio prefeito o ponto fraco de sua campanha.
Quanto à manutenção do secretário da Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, Maia afirmou que deseja sua continuidade no cargo no próximo mandato.
O prefeito também destacou a necessidade de intensificar o programa de reconversão da economia do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a cidade. Maia chama de "reconversão" a reversão desse processo.
Ele ainda admitiu que pretende utilizar projetos de adversários no seu próximo mandato. Como já havia mencionado, pretende implantar no Rio de Janeiro o bilhete único --em que o passageiro paga apenas uma passagem e pode tomar diversos ônibus em um certo período de tempo. Segundo ele, a integração metrô-ônibus na cidade --já realizada-- é o primeiro passo nesse sentido.
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