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04/10/2004 - 00h51

Serra, 43,5%, e Marta, 35,7%, disputam 2º turno em SP

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da Folha Online

O candidato do PSDB, José Serra, largou na frente na disputa à Prefeitura de São Paulo e, com 98% das urnas apuradas, termina o primeiro turno em primeiro lugar, com 43,58% (2.632.101 votos). Disputará o segundo turno (dia 31) com a atual prefeita, Marta Suplicy (PT), que terminou com 35,78% (2.160.686 votos).

A polarização no segundo turno entre PT e PSDB, já constatada pelo Datafolha, impõe uma dura derrota ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP) que, aos 73 anos, perde força política na cidade. Ele ficou em terceiro lugar, com 11,94% (721 mil votos).

Também ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) ficou na quarta posição, com 3,95% (238.655). Votaram em branco 2,29% (148.288), e nulo, 4,39% (284.176). O índice de abstenção foi de 14,95% (1.137.351).

O crescimento de Serra na reta final fora constatado na última pesquisa Datafolha, feita na véspera da eleição, que o colocava com 37% das intenções de voto, contra 34% de Marta. A margem de erro da pesquisa era de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Clima

A diferença de cerca de oito pontos percentuais, entretanto, surpreendeu os tucanos. "Eu tinha de maneira otimista que se tivesse dois ou três pontos na frente estaria muito bom. Até um empate já seria bom, mas me surpreendeu, acabou sendo maior do que eu esperava", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Lideranças do PT em São Paulo esperavam por uma reação da petista até o final da apuração. A diminuição da vantagem tucana, entretanto, não veio. Com 90% das urnas apuradas, Marta afirmava "que já era uma vitória" estar no segundo turno. "Estou animada. Para quem saiu de 16% [nas pesquisas eleitorais], chegar no segundo turno é uma vitória."

A partir de amanhã, petistas e tucanos iniciarão uma intensa ofensiva aos partidos derrotados no turno inicial, especialmente PMDB e PSB. Nos bastidores, o PT já dá como certo o apoio do PSB. A candidata que concorreu pela coligação PSB-PMDB, entretanto, não confirma. O ex-governador Orestes Quércia, principal líder peemedebista no Estado, idem. Na Câmara Municipal, o PMDB integra a base do governo Marta.

Federalização

Nas palavras do próprio senador Aloizio Mercadante, o segundo turno em São Paulo acirrará o embate entre as forças do governo federal e estadual. "Acho que a cidade terá de analisar se é o governo federal ou se é o estadual o mais importante para São Paulo", disse.

Depois de "escoltarem" os candidatos durante o dia, líderes do PT e do PSDB acompanharam a apuração reunidos. Na casa de Marta, passaram ministros do governo Lula, como José Dirceu (Casa Civil) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça). A agenda da prefeita, aliás, começou com um café da manhã com ministros.

Os dois ministros afirmaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a pedir votos para Marta, como fizera antes do primeiro turno. "Lula já deu sua palavra de apoio para a prefeita Marta Suplicy. Ele dever reiterar esse apoio e terá uma participação mais ativa", disse Thomaz Bastos.

Do outro lado, Serra passou o dia colado no governador Alckmin. Na apuração, viu o principal candidato tucano à Câmara Municipal, o ex-presidente do partido José Aníbal assegurar uma cadeira na Casa com a melhor votação entre os postulantes. Também teve o apoio de secretários do governo estadual e deputados da sigla.

Em entrevista, quando metade das urnas apuradas, Serra diz estar "revigorado". "Até ontem falaram os candidatos, hoje foi o dia do povo", disse. Questionado sobre possíveis alianças, o tucano disse que é "a direção do partido que vai encaminhar esse assunto".

Votação

No Estado de São Paulo, segundo o secretário de Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, a votação foi tranqüila e não houve incidentes graves. Pelo menos quatro pessoas foram detidas nas zonas leste e norte da capital por violarem a Lei Seca, que proíbe o consumo e a comercialização de bebidas alcoólicas em locais públicos.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Estado de São Paulo foi o que mais teve urnas eletrônicas substituídas ao longo do dia. Tiveram de ser trocadas 404 urnas.

Segundo o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) paulista, desembargador Alvaro Lazzarini, foram registrados 11 ocorrências de casos de boca-de-urna, nenhum na capital. No total, 130 ocorrências foram anotadas pela PM.

O TRE-SP cassou registros de candidaturas de 26 prefeitos e dois vereadores no Estado. Desses, cinco foram mantidos pelo TSE e 18 aguardam julgamento.

Especial
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