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14/10/2004
-
09h31
SERGIO TORRES
enviado especial da Folha de S.Paulo a Campos (RJ)
A duas semanas do segundo turno da eleição, fiscais do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) flagraram ontem, em Campos (RJ), um posto clandestino de cadastramento para recebimento do cheque-cidadão, programa da governadora do Rio, Rosinha Matheus (PDMB).
Campos é a cidade natal de Rosinha e de seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho. O casal apóia o candidato do PMDB à prefeitura, Geraldo Pudim, que enfrenta o ex-deputado federal Carlos Alberto Campista (PDT).
O governo Rosinha começou ontem a distribuir na cidade 5.000 cheques-cidadão e a cadastrar novas pessoas no programa.
Para o candidato do PDT, a distribuição dos cheques e a abertura de novo cadastramento caracterizam uso da máquina pública estadual em benefício de Pudim. Ele pediu providências ao TRE. Esta não é a primeira vez que o casal Garotinho distribui cheques-cidadão durante o período eleitoral. A ação, criticada por adversários, ocorreu na Baixada Fluminense.
O cadastro estava sendo feito em uma casa no bairro Parque Leopoldina por uma mulher que se identificou como Sílvia Elizabeth, que disse ser colaboradora da ONG Afrodescendente, a suposta responsável pelo cadastro. Segundo a Secretaria Estadual de Ação Social, a instituição não tem autorização para o trabalho.
Dez eleitores foram flagrados apresentando o título eleitoral em troca da senha que daria direito ao cadastramento realizado na Escola Estadual José do Patrocínio, a 500 metros do endereço.
O cheque-cidadão é um programa do governo estadual destinado a famílias cuja soma da renda mensal de seus integrantes não chega a um terço do salário mínimo. O cheque, de R$ 100, é trocado por mercadorias em supermercados credenciados.
A notícia de que o governo do Estado do Rio estaria a partir de hoje distribuindo 5.000 cheques foi publicada anteontem com destaque no site de Pudim (www.pudim15.can.br).
"Amanhã [ontem] começa a entrega do cheque-cidadão --um projeto do governo do Estado-- em vários bairros de Campos", informa o texto.
Pelo menos 1.200 pessoas estiveram durante todo o dia no Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Wilson Batista, no bairro Guarus. Elas se candidataram a receber o benefício. Tiveram que apresentar título de eleitor, identidade, carteira de saúde das crianças, matrícula escolar e comprovante de residência, entre outros.
Também houve cadastramento no Ciep do Parque Aurora, onde várias pessoas vestiam a camisa de campanha de Pudim, e na Escola José do Patrocínio.
Na Escola Técnico-Agrícola, uma equipe do programa Jovens pela Paz, também do governo Rosinha, aguardava às 11h a chegada de material para dar início ao cadastramento no Cheque-Cidadão.
Pelas ruas de Campos, circulou de manhã um Fusca (placa KQI-1063) que tocava o jingle da campanha de Pudim, pedia o voto para ele e anunciava o cadastro.
A juíza eleitoral Maria Tereza Andrade disse à Folha que os fiscais do TRE circularam pelos locais onde houve o cadastramento para verificar o que estava acontecendo. Ela afirmou que encaminhará o relatório da fiscalização ao Ministério Público, que poderá pedir abertura de inquérito.
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enviado especial da Folha de S.Paulo a Campos (RJ)
A duas semanas do segundo turno da eleição, fiscais do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) flagraram ontem, em Campos (RJ), um posto clandestino de cadastramento para recebimento do cheque-cidadão, programa da governadora do Rio, Rosinha Matheus (PDMB).
Campos é a cidade natal de Rosinha e de seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho. O casal apóia o candidato do PMDB à prefeitura, Geraldo Pudim, que enfrenta o ex-deputado federal Carlos Alberto Campista (PDT).
O governo Rosinha começou ontem a distribuir na cidade 5.000 cheques-cidadão e a cadastrar novas pessoas no programa.
Para o candidato do PDT, a distribuição dos cheques e a abertura de novo cadastramento caracterizam uso da máquina pública estadual em benefício de Pudim. Ele pediu providências ao TRE. Esta não é a primeira vez que o casal Garotinho distribui cheques-cidadão durante o período eleitoral. A ação, criticada por adversários, ocorreu na Baixada Fluminense.
O cadastro estava sendo feito em uma casa no bairro Parque Leopoldina por uma mulher que se identificou como Sílvia Elizabeth, que disse ser colaboradora da ONG Afrodescendente, a suposta responsável pelo cadastro. Segundo a Secretaria Estadual de Ação Social, a instituição não tem autorização para o trabalho.
Dez eleitores foram flagrados apresentando o título eleitoral em troca da senha que daria direito ao cadastramento realizado na Escola Estadual José do Patrocínio, a 500 metros do endereço.
O cheque-cidadão é um programa do governo estadual destinado a famílias cuja soma da renda mensal de seus integrantes não chega a um terço do salário mínimo. O cheque, de R$ 100, é trocado por mercadorias em supermercados credenciados.
A notícia de que o governo do Estado do Rio estaria a partir de hoje distribuindo 5.000 cheques foi publicada anteontem com destaque no site de Pudim (www.pudim15.can.br).
"Amanhã [ontem] começa a entrega do cheque-cidadão --um projeto do governo do Estado-- em vários bairros de Campos", informa o texto.
Pelo menos 1.200 pessoas estiveram durante todo o dia no Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Wilson Batista, no bairro Guarus. Elas se candidataram a receber o benefício. Tiveram que apresentar título de eleitor, identidade, carteira de saúde das crianças, matrícula escolar e comprovante de residência, entre outros.
Também houve cadastramento no Ciep do Parque Aurora, onde várias pessoas vestiam a camisa de campanha de Pudim, e na Escola José do Patrocínio.
Na Escola Técnico-Agrícola, uma equipe do programa Jovens pela Paz, também do governo Rosinha, aguardava às 11h a chegada de material para dar início ao cadastramento no Cheque-Cidadão.
Pelas ruas de Campos, circulou de manhã um Fusca (placa KQI-1063) que tocava o jingle da campanha de Pudim, pedia o voto para ele e anunciava o cadastro.
A juíza eleitoral Maria Tereza Andrade disse à Folha que os fiscais do TRE circularam pelos locais onde houve o cadastramento para verificar o que estava acontecendo. Ela afirmou que encaminhará o relatório da fiscalização ao Ministério Público, que poderá pedir abertura de inquérito.
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