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15/10/2004
-
09h33
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O publicitário Duda Mendonça disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "vai entrar de cabeça" na campanha de Marta Suplicy (PT) no segundo turno.
Ele afirmou que a relação entre o presidente e a prefeita de São Paulo "nunca foi tão boa". Segundo Duda, a Folha "inventou mais uma crise" na campanha de Marta ao publicar ontem reportagem segundo a qual ministros de Lula o aconselharam a se distanciar da prefeita, que enfrenta dura disputa contra o tucano José Serra.
Os dois principais conselhos, dados anteontem em reunião da cúpula do governo, foram não gravar depoimento para o segundo turno e não nomear Marta ministra em caso de derrota dela.
Um auxiliar direto de Lula disse ontem à Folha que o presidente não seguira um dos conselhos já anteontem, ao gravar, em Brasília, num cenário que evita mostrar imagens palacianas, um novo depoimento para o horário eleitoral.
Os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), com boa imagem na classe média alta, também aparecerão na propaganda de Marta para tentar virar votos de Serra.
Bater ou não bater?
O programa petista no segundo turno será menos ou mais duro em relação ao rival após a avaliação do impacto no eleitorado de uma semana do horário eleitoral, que começa hoje. Serra está 12 pontos à frente de Marta, segundo a última pesquisa Datafolha.
Se o PT conseguir mudar no prazo de uma semana um total de votos que dê esperanças fundamentadas de vitória, a tendência será mais agressividade. Se sentir dificuldade para virar, a campanha será menos agressiva, para melhorar a imagem de Marta e acumular cacife para o futuro.
Dizendo-se "feliz como nunca" e "confiante" na vitória da prefeita, Duda declarou ainda que "a crise da grana também já acabou, porque já recebi tudo". Referia-se a reportagem da Folha publicada na semana passada mostrando que houve um conflito entre ele e o PT devido a atrasos no pagamento de gastos de campanha.
Duda acha fundamental a participação do presidente na campanha. "Ele é um dos pilares", disse. Obras federais em São Paulo terão destaque no horário eleitoral.
Segundo interlocutor de Lula, é cedo para saber se ele seguirá o segundo conselho, o de não nomear Marta ministra em caso de derrota. Há prós e contras. Ministros temem que os conflitos com o PSDB sejam trazidos mais fortemente para o governo com a nomeação. Em contrapartida, o presidente se sente grato pela ajuda da prefeita na eleição de 2002.
Apesar de gostar de Marta e de ter gravado novo depoimento, Lula tem reparos à forma como foi conduzida a campanha dela. Em conversas reservadas, tem dito que a prefeita foi "cabeça dura" ao rejeitar a aliança com o PMDB e não prejudicou apenas a si.
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O publicitário Duda Mendonça disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "vai entrar de cabeça" na campanha de Marta Suplicy (PT) no segundo turno.
Ele afirmou que a relação entre o presidente e a prefeita de São Paulo "nunca foi tão boa". Segundo Duda, a Folha "inventou mais uma crise" na campanha de Marta ao publicar ontem reportagem segundo a qual ministros de Lula o aconselharam a se distanciar da prefeita, que enfrenta dura disputa contra o tucano José Serra.
Os dois principais conselhos, dados anteontem em reunião da cúpula do governo, foram não gravar depoimento para o segundo turno e não nomear Marta ministra em caso de derrota dela.
Um auxiliar direto de Lula disse ontem à Folha que o presidente não seguira um dos conselhos já anteontem, ao gravar, em Brasília, num cenário que evita mostrar imagens palacianas, um novo depoimento para o horário eleitoral.
Os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), com boa imagem na classe média alta, também aparecerão na propaganda de Marta para tentar virar votos de Serra.
Bater ou não bater?
O programa petista no segundo turno será menos ou mais duro em relação ao rival após a avaliação do impacto no eleitorado de uma semana do horário eleitoral, que começa hoje. Serra está 12 pontos à frente de Marta, segundo a última pesquisa Datafolha.
Se o PT conseguir mudar no prazo de uma semana um total de votos que dê esperanças fundamentadas de vitória, a tendência será mais agressividade. Se sentir dificuldade para virar, a campanha será menos agressiva, para melhorar a imagem de Marta e acumular cacife para o futuro.
Dizendo-se "feliz como nunca" e "confiante" na vitória da prefeita, Duda declarou ainda que "a crise da grana também já acabou, porque já recebi tudo". Referia-se a reportagem da Folha publicada na semana passada mostrando que houve um conflito entre ele e o PT devido a atrasos no pagamento de gastos de campanha.
Duda acha fundamental a participação do presidente na campanha. "Ele é um dos pilares", disse. Obras federais em São Paulo terão destaque no horário eleitoral.
Segundo interlocutor de Lula, é cedo para saber se ele seguirá o segundo conselho, o de não nomear Marta ministra em caso de derrota. Há prós e contras. Ministros temem que os conflitos com o PSDB sejam trazidos mais fortemente para o governo com a nomeação. Em contrapartida, o presidente se sente grato pela ajuda da prefeita na eleição de 2002.
Apesar de gostar de Marta e de ter gravado novo depoimento, Lula tem reparos à forma como foi conduzida a campanha dela. Em conversas reservadas, tem dito que a prefeita foi "cabeça dura" ao rejeitar a aliança com o PMDB e não prejudicou apenas a si.
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