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18/10/2004 - 12h36

"Serra não pode sentar na cadeira de prefeito antes", diz Marta

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da Folha Online

A prefeita licenciada de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que tenta a reeleição, disse hoje que seu adversário político José Serra (PSDB) não deve "sentar na cadeira de prefeito antes". Serra aparece com 12 pontos de vantagem na frente de Marta nas pesquisas de intenção de voto.

"O outro candidato não pode sentar na cadeira de prefeito antes. Que ele lembre o que aconteceu com Fernando Henrique Cardoso, quando foi candidato a prefeito, que sentou na cadeira e, depois, o Jânio Quadros ganhou e foi lá desinfetar a cadeira", disse Marta, em entrevista à rádio CBN.

Marta disse estar animada e confiante de que reverterá o quadro e vencerá as eleições.

"Uma campanha só se pode saber quem vai ganhar na hora que se abre as urnas. Doze pontos [de diferença] não é muito. Estou muito animada, por isso me licenciei, para poder fazer campanha de manhã, de tarde e à noite", disse.

"Estamos com uma diferença pequena, absolutamente reversível. Podemos ganhar e vamos ganhar nas urnas."

Campanha

Marta defendeu uma campanha agressiva para este segundo turno. Disse ser necessário mostrar para os eleitores que o tucano era ministro do Planejamento na época do 'apagão' e do 'desemprego', e que o candidato a vice, Gilberto Kassab, foi secretário do Planejamento no primeiro ano do governo do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000).

Uma das armas do PT na campanha contra Serra tem sido destacar Kassab. O partido enfatiza que, caso o vice assuma a prefeitura, 'é a turma do Pitta de volta'.

Questionada se agora prefere fazer uma campanha mais agressiva do que demostrar suas ações na administração, Marta defendeu fazer os dois. 'Você tem que fazer as duas coisas. Se Serra foi ministro do Planejamento durante o apagão e na época do desemprego, é claro que a população tem que ser informada sobre isso. Sobre o vice, é muito importante, porque quando governa, governa em parceria com o vice', disse.

Marta, que recebeu o apoio do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB) --o 'gerentão' da administração Pitta--, alegou existir diferença entre receber apoio de pessoas ligadas a Pitta e ter um candidato a vice que integrou a equipe do ex-prefeito.

Ela negou sentir constrangimento em receber apoio de Maluf, Faria de Sá e do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que integrou a tropa de choque do ex-presidente Fernando Collor de Melo.

'Posso ter apoio de vários partidos, e tenho, muitos que nunca trabalharam conosco. Ao mesmo tempo não tenho nenhuma dessas pessoas como meu vice, nenhuma dessas pessoas participando do meu governo, e nem pretendo', disse.

Governo federal

Marta também voltou a afirmar que ter um bom relacionamento com o governo federal facilita a administração e a liberação de recursos para a cidade. No entanto, a candidata afirmou não saber como será o tratamento dado pelo presidente Luz Inácio Lula da Silva em uma eventual vitória de Serra.

"O presidente Lula tem total sintonia. Até com o CEU-Saúde-, que é minha grande proposta, tem total sintonia, o dinheiro virá. Agora, o Serra, depende dos projetos que ele apresentar. Por enquanto, aliás, não vi nenhum projeto apresentado para a saúde. Os hospitais do Estado estão em péssimas condições."

A candidata voltou a reconhecer que a saúde está ruim na cidade, mas que dará um "salto" no setor. "Eu não nego, a saúde está ruim, reestruturei tudo e ainda falta reestruturar. O outro critica, os dele estão pior ainda, mas finge que está ótimo", disse.

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