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19/10/2004
-
09h48
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
A participação de uma atriz no programa eleitoral do candidato do PFL à Prefeitura de Fortaleza, Moroni Torgan, virou motivo para a troca de agressões entre o pefelista e a candidata do PT, Luizianne Lins, numa guerra sem limites por votos.
A atriz Nádia Cordeiro apareceu na semana passada no programa de Moroni afirmando que não queria que seu filho de sete anos tivesse aula sobre homossexualismo, referindo-se à proposta da petista de criar uma disciplina sobre educação sexual e insinuando que haveria incitação à prática.
Luizianne tentou, na Justiça Eleitoral, tirar a propaganda do ar, mas só conseguiu anteontem, por meio de liminar em segunda instância. No programa na TV, na noite de domingo, denunciou a estratégia do pefelista ao identificar a atriz e dizer que ela não tem filho de sete anos, mas de dois, e que Moroni mentia.
De forma imediata, no programa de ontem à tarde, Moroni deu o contragolpe: colocou a atriz no ar, que, com cara de choro, afirmou que só estava trabalhando e que tinha o direito de representar qualquer personagem. Em tom sentimental, acusou Luizianne de tê-la difamado, e disse que sua fala representava, sim, uma preocupação concreta, por ser mãe.
O próprio Moroni não dormiu na madrugada de ontem para gravar sua participação: "Luizianne, se você quer atacar alguém, ataque a mim, não a uma atriz, que só está fazendo o seu trabalho".
Segundo última pesquisa Datafolha, o pefelista tem 39%, 12 pontos atrás de Luizianne, que tem 51%. No primeiro turno, Moroni teve 26,59%, e a petista, 22,29%.
Em desvantagem nas pesquisas, a principal estratégia do pefelista tem sido atacar. Além da questão sobre educação sexual e homossexualidade, Moroni a critica por considerá-la inexperiente e radical. A falta de apoio do PT à candidata no primeiro turno também tem sido usada por Moroni. No primeiro turno, o PT ficou dividido. Parte da cúpula da sigla abandonou a candidata para apoiar Inácio Arruda (PC do B).
Por outro lado, Luizianne responde a todos os ataques e o critica afirmando que ele não tem plano de governo, que não nasceu em Fortaleza --é gaúcho-- e que nem mora na cidade.
Para demonstrar que agora tem o apoio do próprio partido e do governo federal, a candidata tem levado ao palanque diversos nomes do PT nacional, entre eles os dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PT-DF), que estiveram sábado em Fortaleza. Ela também tem falado da ajuda que terá do governo Lula, caso seja eleita.
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Leia o que já foi publicado sobre Moroni Torgan
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Moroni usa atriz para atacar Luizianne em programa da TV
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da Agência Folha, em Fortaleza
A participação de uma atriz no programa eleitoral do candidato do PFL à Prefeitura de Fortaleza, Moroni Torgan, virou motivo para a troca de agressões entre o pefelista e a candidata do PT, Luizianne Lins, numa guerra sem limites por votos.
A atriz Nádia Cordeiro apareceu na semana passada no programa de Moroni afirmando que não queria que seu filho de sete anos tivesse aula sobre homossexualismo, referindo-se à proposta da petista de criar uma disciplina sobre educação sexual e insinuando que haveria incitação à prática.
Luizianne tentou, na Justiça Eleitoral, tirar a propaganda do ar, mas só conseguiu anteontem, por meio de liminar em segunda instância. No programa na TV, na noite de domingo, denunciou a estratégia do pefelista ao identificar a atriz e dizer que ela não tem filho de sete anos, mas de dois, e que Moroni mentia.
De forma imediata, no programa de ontem à tarde, Moroni deu o contragolpe: colocou a atriz no ar, que, com cara de choro, afirmou que só estava trabalhando e que tinha o direito de representar qualquer personagem. Em tom sentimental, acusou Luizianne de tê-la difamado, e disse que sua fala representava, sim, uma preocupação concreta, por ser mãe.
O próprio Moroni não dormiu na madrugada de ontem para gravar sua participação: "Luizianne, se você quer atacar alguém, ataque a mim, não a uma atriz, que só está fazendo o seu trabalho".
Segundo última pesquisa Datafolha, o pefelista tem 39%, 12 pontos atrás de Luizianne, que tem 51%. No primeiro turno, Moroni teve 26,59%, e a petista, 22,29%.
Em desvantagem nas pesquisas, a principal estratégia do pefelista tem sido atacar. Além da questão sobre educação sexual e homossexualidade, Moroni a critica por considerá-la inexperiente e radical. A falta de apoio do PT à candidata no primeiro turno também tem sido usada por Moroni. No primeiro turno, o PT ficou dividido. Parte da cúpula da sigla abandonou a candidata para apoiar Inácio Arruda (PC do B).
Por outro lado, Luizianne responde a todos os ataques e o critica afirmando que ele não tem plano de governo, que não nasceu em Fortaleza --é gaúcho-- e que nem mora na cidade.
Para demonstrar que agora tem o apoio do próprio partido e do governo federal, a candidata tem levado ao palanque diversos nomes do PT nacional, entre eles os dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PT-DF), que estiveram sábado em Fortaleza. Ela também tem falado da ajuda que terá do governo Lula, caso seja eleita.
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