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20/10/2004 - 12h02

Brasil permite inspeção "parcial" de urânio, diz "NYT"

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O jornal norte-americano "The New York Times" destaca em sua edição de hoje que o Brasil permitiu inspeção apenas "parcial" pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) na usina de enriquecimento de urânio em Resende --cerca de 160 quilômetros a noroeste do Rio de Janeiro.

O "NYT" lembrou a resistência que o governo brasileiro vinha apresentando em dar acesso às instalações da usina, insistindo em que o Brasil é uma "potência regional não-agressora", o que deveria lhe conferir um tratamento "digno e diferenciado", na forma de um "relaxamento das regras internacionais".

A agência, por sua vez, disse que concessões no caso brasileiro estabeleceriam um "precedente perigoso que poderia ser explorado por países como o Irã e a Coréia do Norte", diz a reportagem do diário norte-americano, assinada pelo correspondente Larry Rohter.

O repórter ficou conhecido no Brasil pela reportagem sobre o suposto hábito de beber do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O que mudou agora é a postura de tentar encontrar uma solução que ao mesmo tempo garanta a preservação de nossa tecnologia e permita à agência certificar que não há desvio de material dentro da fábrica", disse Odair Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear do Brasil, citado pelo "NYT".

O diário americano diz que os especialistas nucleares descartam a noção de uma retomada por parte do Brasil do programa de armas nucleares, "abandonado há quase duas décadas", mas preocupa a intenção do país de exportar urânio.

Segundo especialistas ouvidos pelo "New York Times", os estoques disponíveis no mercado estão altos e "se perguntam por que o Brasil simplesmente não continua comprando no exterior o que precisa".

O jornal lembrou ainda a visita do secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, há duas semanas. Powell discutiu na ocasião o impasse nuclear com as autoridades brasileiras e descartou a idéia de que o Brasil esteja buscando desenvolver armas nucleares. O secretário, no entanto, pediu maior cooperação com os esforços internacionais de inspeção.

Com agências internacionais

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